Empate chegou ao cair do pano, sem luvas
Oliveirense e Benfica empataram a quatro bolas, com o derradeiro golo a surgir no último instante do jogo.
Esperava-se uma excelente partida entre Oliveirense (4º) e Benfica (1º) e os protagonistas não defraudaram o muito público presente e a assistir através da televisão.
Os pupilos de Tó Neves vinham de duas derrotas – as duas primeiras - para o campeonato, mas entraram melhor e aos oito minutos já venciam por 2-0, com golos de Carlos López e Pedro Moreira.
O Benfica procurava reagir mas a sólida defensiva da Oliveirense, com Ricardo Barreiros a assumir um papel decisivo, não permitia grandes veleidades. Ainda assim, os encarnados chegaram ao empate antes do intervalo.
Nicolía marcou o primeiro numa altura em que o Benfica acelerava e a Oliveirense era penalizada com sucessivas faltas de equipa. A sete minutos e meio, a equipa de Oliveira de Azeméis chegou à 10ª falta. Nicolía não conseguiu transformar, mas marcaria Adroher, um minuto depois, após azul a Ricardo Barreiros e depois de Casanovas ter perdido uma soberana oportunidade também de livre directo.
Com 2-2 no marcador e muito contestação à equipa de arbitragem pela Oliveirense, a partida estava lançada para uma segunda parte prometedora.
A Oliveirense – com um grupo que não consegue manter a frescura física como o Benfica – aproveitou o descanso para regressar novamente mais forte. E, tal como na primeira parte, mas em nove minutos, a Oliveirense voltou a marcar por duas vezes. Primeiro por Albert Casanovas num golo de belo efeito e depois por Ricardo Barreiros, num remate forte de meia distância.
Mais uma vez, o Benfica tinha a hercúlea tarefa de recuperar dois golos. Mas nunca baixou os braços.
Os minutos iam passando e a Oliveirense controlava a vontade encarnada de chegar ao golo. No entanto, a sete minutos e meio do final, Marc Torra reduziu de grande penalidade para a margem mínima que alimentava a esperança de evitar a derrota.
As equipas somavam faltas e “empataram” a uma falta para o livre directo. Caiu para o lado da Oliveirense, depois de Diogo Rafael cometer a 10ª falta encarnada.
Falava jogar pouco mais de um minuto e João Souto podia pôr um ponto final na questão do vencedor. Não conseguiu bater Trabal e o guarda-redes catalão seria mesmo protagonista no derradeiro minuto.
Já a jogar em pé a meio da sua meia-pista, ajudando a pressionar o adversário, viu uma falta sobre a esquerda a dois segundos do derradeiro apito. “Correu” para o seu banco a gritar por Miguel Rocha e praticamente “obrigou” o jovem encarnado – que já jogou pela Oliveirense – a entrar em rinque, sem tempo de calçar as luvas quando já esperava pelo fim do jogo.
Mesmo sem luvas, Rocha beneficiou do ataque em 5x4, recebeu a bola e, da zona central, rematou rasteiro para o empate a quatro... sobre o apito do final do tempo.
O Benfica evitou a derrota mas não que o Porto, agora segundo, se aproximasse. A Oliveirense também viu os perseguidores aproximarem-se, tendo agora apenas uma vantagem de quatro pontos sobre o quinto, Sporting.
No final do jogo, Tó Neves, muito agastado com a arbitragem, preferiu não falar.
Já Pedro Nunes reconheceu valor ao adversário e congratulou-se pelo empate... melhor que a derrota.
O técnico encarnado aproveitou para deixar recado sobre a onda de contratações que tem assolado o campeonato nacional. O Benfica está contente com os jogadores que tem e aponta a ser campeão... não na próxima, mas já esta época.
Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2016, 3h56