Sem forças para derrubar a coesão francesa

Sem forças para derrubar a coesão francesa

Portugal entrou em falso na 28ª edição da Taça Latina, ao perder com a França por 4-3.

Logo no primeiro minuto, Carlo Di Benedetto fez o primeiro do jogo e da sua conta pessoal. Miguel Vieira empatou aos seis minutos, mas a primeira parte seria definitivamente reclamada pelo mais velho dos irmãos Di Benedetto.

O jovem, mas já icónico, jogador gaulês que alinha no Liceo, respondeu quase de imediato ao golo português com o 2-1, num tiro de meia distância, e faria o 3-1 a sete minutos do intervalo.

Portugal foi mais rápido na circulação da bola, mas faltava-lhe acutilância e força - a atribulada viagem deixou marcas... - para ultrapassar uma musculada selecção francesa.

Miguel Vieira restabeleceu a igualdade depois de um golo madrugador, mas a França fugiu no marcador
Miguel Vieira restabeleceu a igualdade depois de um golo madrugador, mas a França fugiu no marcador

No reatamento, o duelo foi de bola parada. Aos dois minutos e meio, Pedro Freitas defendeu um penalti de Bruno Di Benedetto, para, na resposta em situação semelhante, Gonçalo Nunes fazer melhor e reduzir para 3-2.

A França jogava mais na expectativa e tal ficou ainda mais patente quando ambas as equipas passaram a somar nove faltas. Caiu primeiro a 10ª da França, mas Alvarinho atirou ao poste de Keven Correia. Viveu-se um instante de hesitação mútua: a França estava contente com a vantagem e Portugal evitava cometer a décima.

A falta acabaria por ser inevitável, e para o livre directo foi chamado Carlo Di Benedetto, letal na primeira parte... mas Pedro Freitas esteve melhor e negou-lhe novo golo.

Carlo Di Benedetto assinou um hat-trick e lidera a lista de melhores marcadores.

Portugal deu tudo. Claramente condicionada por uma viagem de quase 30h que só terminou esta sexta-feira que já era de competição, a selecção não teve lucidez suficiente para ludibriar a coesa defensiva contrária. Já nos três minutos finais, Gonçalo Nunes veria o azul, e, no livre directo, Roberto Di Benedetto fez o 4-2, que praticamente "matava" o jogo.

Mas ainda há muito para contar... A 15ª de Portugal deu confusão entre Roberto Di Benedetto e Miguel Vieira, que veriam azul. Mas não deu golo, pois Le Berre tentou o bonito, mas levantou demasiado a bola. E Alvarinho reduziu para 4-3, com exactamente dois minutos para jogar. Dois minutos que seriam bem intensos...

Pedro Freitas enfrentou quatro livres directos e duas grandes penalidades, sendo apenas batido por Roberto Di Benedetto
Pedro Freitas enfrentou quatro livres directos e duas grandes penalidades, sendo apenas batido por Roberto Di Benedetto

Portugal não encontrava soluções e novo golo gaulês parecia eminente. Pedro Freitas parou uma grande penalidade (de Remi Herman) a meio minuto do fim e um livre directo (de Roberto Di Benedetto), na 20ª fala portuguesa. Quando Roberto falhou o livre directo, viu-se cercado por quatro portugueses e cometeu a 15ª falta da selecção de Fabien Savreux. Com quatro segundos no marcador, o capitão Alvarinho assumiu a responsabilidade... mas não conseguiu evitar a derrota lusa.

Espanha a todo o gás

Antes do jogo de Portugal, na partida que abriu esta edição da Taça Latina, a Espanha entrou de forma avassaladora - com o sportinguista Font no cinco - e inaugurou o marcador aos três minutos e meio, na segunda grande penalidade de que dispôs. Roger Acsensi foi bem sucedido onde Carballeira falhara, mas, um minuto volvido sobre o primeiro tento, Carballeira redimiu-se com o 0-2.

A Itália não conseguia libertar-se e Massimo Mariotti foi obrigado a pedir um desconto de tempo, que equilibraria um pouco as coisas. Ou, pelo menos, teve o mérito de quebrar o impressionante ritmo espanhol e os sucessivos momentos de aflição para o guarda-redes Sgaria.

O leão Font assinou um golo e uma excelente exibição na dinâmica global de uma Espanha demolidora.

A pressão alta da Espanha levou-a a incorrer na 10ª falta ainda antes de estarem cumpridos 18 minutos de jogo.

Giulio Cocco, reforço portista para a próxima temporada, não conseguiu transformar em golo o livre directo, tal como não conseguiria Francesco Compagno, mas de grande penalidade. Dando o mote para o (des)acerto de bola para na segunda parte, Acsensi também falhou de grande penalidade...

O jogo, que teve o português José Pinto como um dos árbitros, foi rico em bolas paradas. Cinco para cada lado, em que só Acsensi, no primeiro tento, Cocco, de livre directo, e Font, se bem que num segundo instante, conseguiram marcar. Estes golos de Cocco e Font fizeram o marcador mexer aos 12 e 13 minutos de uma segunda parte em que a Itália mostrou mais qualquer coisa. Mas pouco.

O futuro dragão Giulio Cocco assinou os dois golos de Itália: um de livre directo, outro na sequência de uma grande penalidade.

Logo de seguida, Alabart, em lance individual, e Cocco, na sequência de uma grande penalidade desperdiçada, mudaram o marcador para 2-5. Foram quatro golos em cerca de dois minutos que definiram a partida. A Espanha, sempre mais pressionante, ainda chegou ao sexto, num lance paradigmático. Nil Roca saiu em pressão, roubou a bola na linha do meio-campo e, depois de combinar com Ferran Font, fechou as contas da partida em 2-6 para a liderança da prova ao fim do primeiro dia.

Segue-se "o" dérbi

Este sábado, Portugal e Espanha protagonizam um sempre apetecível dérbi ibérico (18h30 locais), com Portugal a ter necessariamente de vencer para continuar a aspirar ao triunfo final, enquanto a França defronta a Itália (20h30 locais).

Ponto de situação

Resultados

Itália 2-6 Espanha

França 4-3 Portugal

Classificação

1º Espanha, 3 pontos

2º França, 3 pontos

3º Portugal, 0 pontos

4º Itália, 0 pontos

Golos

Carlo Di Benedetto (FRA) - 3

César Carballeira (ESP) - 2

Giulio Cocco (ITA) - 2

Alvarinho (POR) - 1

Ferran Font (ESP) - 1

Gonçalo Nunes (POR) - 1

Ignacio Alabart (ESP) - 1

Miguel Vieira (POR) - 1

Nil Roca (ESP) - 1

Roberto Di Benedetto (FRA) - 1

Roger Acsensi (ESP) - 1

AMGRoller Compozito

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