Águias hexacampeãs

Águias hexacampeãs

Volvidos 153 jogos no Campeonato Nacional desde que foi criada a equipa feminina do Benfica, as águias são hexacampeãs nacionais. É uma história de completo sucesso no Campeonato Nacional, e conheceu esta terça-feira, com a vitória por 4-1 sobre o CACO, mais um capítulo.

Paulo Almeida é o único treinador que a equipa feminina do Benfica conhece desde a sua fundação
Paulo Almeida é o único treinador que a equipa feminina do Benfica conhece desde a sua fundação

Apesar do Hóquei em Patins ter uma história secular no Benfica, só em 2012 foi criada uma equipa feminina. Logo na primeira temporada, apesar de quatro derrotas, as encarnadas - desde sempre com Paulo Almeida ao leme - sagraram-se, campeãs nacionais. A quarta derrota, com o Lobinhos, por 7-2, permanece como a última registada pelas encarnadas para o Nacional... a 23 de Junho de 2013.

Ana Arsénio (na foto) e Maria Vieira são as únicas hexacampeãs pelo Benfica
Ana Arsénio (na foto) e Maria Vieira são as únicas hexacampeãs pelo Benfica

Depois desse primeiro título, o segundo foi manchado "só" por três empates, o terceiro por dois - com uma média de golos marcados superior a nove golos por jogo - e o quarto foi conseguido com um percurso imaculado de 26 vitórias em outros tantos jogos.

No "penta", as encarnadas só tiveram um empate como excepção à regra das vitórias, e o caminho para o "hexa" está alicerçado somente em triunfos. A vitória sobre o CACO foi a 25ª da temporada, faltando ainda disputar três jornadas na edição deste ano da principal prova feminina Nacional. Com poucos registos para bater, esta época as águias estão a superar-se defensivamente, com 0.72 golos consentidos por jogo, sendo que só em 2015/16 a média de golos sofridos tinha ficado abaixo de um golo por jogo (0.96).

Maria Vieira, na equipa desde 2012, tem sido um esteio na melhor época das encarnadas do ponto de vista defensivo
Maria Vieira, na equipa desde 2012, tem sido um esteio na melhor época das encarnadas do ponto de vista defensivo

Para já, num resumo a que a frieza dos números retira algum brilho, o saldo histórico das encarnadas cifra-se em 139 vitórias, 10 empates e quatro derrotas, com 1103 golos marcados (média de 7.2 por jogo) e 181 sofridos (1.2 por jogo).

CACO não facilitou

Depois de uma vitória na primeira volta por 0-10 em Campo de Ourique, e apesar da boa réplica que o CACO dera na primeira fase na Luz, o desfecho mais provável começou cedo a ganhar contornos. Aos dois minutos, Rita Lopes inaugurou o marcador.

Rita Lopes apontou os dois primeiros golos do jogo
Rita Lopes apontou os dois primeiros golos do jogo

Mas o CACO vinha disposto a adiar a festa das encarnadas. A fecharem bem defensivamente, obrigavam as encarnadas a insistir na meia distância, principalmente de Macarena Ramos, sem resultados. Mas a inevitabilidade que tem marcado os últimos anos vingaria. Aos 10 minutos, Rita Lopes bisou e, dois minutos e meio depois, Inês Vieira fez o 3-0.

Sem nunca baixarem os braços, as jogadoras do CACO começaram a levar algum perigo junto da baliza à guarda de Maria Celeste Vieira. A seis minutos do intervalo, a equipa orientada por Hugo Nascimento desperdiçou mesmo um livre directo, não conseguindo também aproveitar os dois minutos de superioridade numérica.

Marlene, melhor marcadora das encarnadas, fez o quarto
Marlene, melhor marcadora das encarnadas, fez o quarto

Na segunda parte, o CACO deu continuidade ao bom final de primeira parte, criando algumas oportunidades. O Benfica, seguro, chegaria ao quarto tento a 14 minutos do final, por Marlene Sousa, pondo ponto final em qualquer discussão que pudesse haver sobre o desfecho da partida.

O CACO ainda logrou - merecidamente - chegar ao golo, pela jovem Sara Fernandes, a bater Sandra Coelho que, entretanto (para os derradeiros 10 minutos), sob um forte aplauso, substituira a titularíssima Maria Viera.

Sara Fernandes assinou o golo do CACO
Sara Fernandes assinou o golo do CACO

Não obstante o hábito de vencerem, as encarnadas festejaram efusivamente mais um título. Na galeria de campeãs - Maria Celeste Vieira, Sandra Coelho, Ana Arsénio, Sandra Abreu, Rita Lopes, Rute Lopes, Andreia Leal, Inês Viera, Marlene Sousa e Macarena Ramos -, merecerão um sublinhado especial os nomes de Ana Arsénio e Maria Vieira, no Benfica desde a formação da equipa feminina em 2012, imagens do "hexa" encarnado.

A história da guarda-redes internacional portuguesa com o Benfica remonta mesmo a mais alguns anos atrás, a 2004, quando participou nos primeiros jogos pelos Infantis B (hoje, Escolares), com apenas sete anos. Na altura, era avançada...

AMGRoller Compozito

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