Decidido na segunda parte
Portugal venceu esta segunda-feira a Suíça por 7-1, num jogo em que controlou por completo, mas em que a falta de eficácia da primeira parte adiou a definição do vencedor.
Em 2016, na caminhada para o título europeu, Portugal vencera a Suíça na fase de grupos e nas meias-finais pelo mesmo resultado de 8-0 e agora, quando, aos sete minutos e meio, João Rodrigues fez o segundo, tudo parecia encaminhar-se para um resultado idêntico.
No entanto, as dificuldades na concretização perante Guillaume Oberson já tinha ficado patentes nos minutos antes. Portugal entrou forte, mas desperdiçou uma grande penalidade (Gonçalo Alves) e um livre directo (Hélder Nunes). O golo inaugural chegaria, por Gonçalo Alves, mas apenas na vantagem numérica em pista, depois do azul a Nino Wyss e de Pascal Kissling, a referência helvética, ter segurado a posse de bola enquanto pôde.
Pouco depois do 2-0, Alejandro Rodríguez pediu um desconto de tempo que teve o condão de quebrar a boa fase lusa e de unir a Suíça numa defesa cerrada e eficiente.
Luís Sénica lançou Rafa em jogo para procurar desequilibrar a sólida defensiva contrária, mas, ao contrário do que torna o queijo famoso, não havia buracos na muralha suíça. Com o passar dos minutos, a selecção das quinas foi apostando mais nos remates de meia distância que, a maioria das vezes, "morriam" na floresta de canelas, ainda antes de importunar Oberson.
A dois minutos e meio do intervalo, Rafa viu o azul e Gian Rettenmund assumiu a marcação do livre directo. Franzino, mas com boa técnica, Gian ganhou o duelo com Ângelo Girão, dono da baliza portuguesa neste encontro, marcando com elevada nota artística. E, sem nada o fazer prever, a diferença no marcador ficava reduzida ao mínimo, chegando-se assim ao intervalo depois de mais uma bola parada (uma grande penalidade) desperdiçada, desta feita por João Rodrigues.
Os suíços regressaram com natural motivação dos balneários, mas Portugal não demorou a sentenciar a partida.
O terceiro golo, tão porfiado na primeira parte, nem dois minutos demorou a surgir na segunda, por Hélder Nunes, e a selecção portuguesa como que suspirou de alívio. Assentou o seu jogo, ganhou confiança e certeza nos passes e, em três minutos, entre os cinco e os oito, apontava três golos, todos por João Rodrigues. O capitão português marcou na sobra de um tiro de meia distância de Gonçalo Alves (4-1), a finalizar um contra-ataque perfeitamente gizado com o "sub" Hélder Nunes (5-1) e a chegar rápido para concluir a passe de Gonçalo Alves (6-1), depois deste ter visto novamente Oberson defender uma grande penalidade.
A eficácia na hora de marcar não queria, definitivamente, nada de bola parada. Aos 10 minutos, Gonçalo Alves voltou a "perder" para Oberson de grande penalidade e, aos 20, seria Rafa a não conseguir bater o gigante helvético, então num livre directo a complementar um azul a Simon Wuffli. Entre as duas bolas paradas, Portugal insistiu muito, chegando a uma fase em que apostou na meia distância de Daniel Oliveira ("Poka"). E a aposta daria mesmo frutos quando Rafa serviu para um remate forte, com o jogador que neste defeso troca o Valongo pelo Porto a estrear-se a marcar pela equipa principal quase 10 anos depois de ter apontado dois golos pelos Sub-20 no Europeu de Hamm.
Ao bater a Suíça, Portugal passa a ser a única equipa do grupo A com duas vitórias, mas a França ainda só realizou um jogo. Os gauleses, última selecção a entrar em prova, venceram esta segunda-feira Andorra por 6-0. Esta terça-feira é dia de descanso para Portugal, que regressará à pista na quarta, para defrontar a Áustria do seleccionador João Nuno Meireles.
Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 7h15