Eficácia italiana devastou portugueses
Foto de capa: Federação de Patinagem de PortugalA Itália venceu Portugal por 2-6 e adiantou-se na corrida a um lugar na final.
Esperava-se equilíbrio entre Portugal e Itália e as duas selecções não desiludiram, em jogo jogador e no marcador… na primeira parte.
Entraram melhor os transalpinos que viram um ligeiro ascendente inicial ser coroado aos nove minutos, com Davide Nadini num remate forte, cruzado, a surpreender Alejandro Edo, para o primeiro golo sofrido por Portugal neste Europeu.
Portugal não reagiu de imediato, mas foi crescendo com o passar dos minutos. Criou várias oportunidades, mas faltou a estrelinha que algumas vezes houve no jogo com Inglaterra. E eficácia, dado que nem Tomás Pereira, nem Hugo Santos lograram aproveitar as grandes penalidades de que dispuseram, permitindo a defesa a Stefano Zampoli, a assumir-se como figura maior da primeira parte.
Hugo Santos, Pol Manrubia e "Checco" Compagno repartem a liderança na lista de melhores marcadores, com oito golos em três partidas.
A selecção portuguesa entrava na etapa complementar apostada em dar continuidade ao ascendente do da segunda metade dos primeiros 25 minutos, mas a ambição de Nuno Ferrão foi duplamente traída logo nos minutos iniciais.
Aos dois minutos, Davide Nadini, em novo remate forte e cruzado, desta feita sobre a esquerda, bisou. E, um minuto volvido, na sobra de uma meia-distância de Peter Ehimi, Francesco Compagno surgiu solto para fazer o terceiro.
Portugal não baixava os braços, mas, se já tinha uma tarefa hercúlea pela frente, ainda mais complicada ficou aos oito minutos. Com duas faltas seguidas, a selecção das quinas chegou à décima de equipa, e, no correspondente livre directo, “Checco” Compagno não perdoou, fazendo um 0-4 muito penalizador e corolário de uma eficiência extrema de Itália nesta segunda parte.
O ânimo luso começava a esvair-se, e ficaria completamente por terra quando Matteo Galimberi fez o 0-5.
A pesada desvantagem tirava foco aos portugueses e os ataques eram inconsequentes. A sete minutos do apito final, Tomás Pereira voltou a não conseguir bater, de grande penalidade, Zampoli, que, mesmo sem o protagonismo da primeira parte, mantinha as suas redes invioladas. Até que, Hugo Santos, fez o tento português.
A selecção portuguesa ganhou outra alma e procurou outro resultado, mas com mais coração que discernimento. E, totalmente balanceada no ataque, acabaria por sofrer o 1-6, à entrada do minuto final, por Peter Ehimi. António Trabulo ainda fez o 2-6, mas a derrota - numa espécie de desforra da final do Europeu de 2016 - era já inevitável.
Portugal fica obrigado a vencer a Espanha. O resultado entre espanhóis e italianos, esta quinta, ditará por quantos Portugal tem de ganhar...
Com este resultado, a liderança desta primeira fase é agora repartida apenas entre Itália e Espanha, que somam nove pontos, contra seis de Portugal.
Frente a Inglaterra, a Espanha cumpriu, e venceu por 14-1, já com 9-1 ao intervalo. Destaque para a mão cheia de Pol Manrubia – que lhe valeu a subida ao topo da lista de melhores marcadores - e o hat-trick de Pol Molas.
No outro jogo do dia, a Alemanha conquistou os primeiros pontos neste Europeu ao vencer a Suíça por 4-6.
Esta quinta-feira, a Itália defronta a Espanha, ficando os portugueses a torcer por pontos transalpinos para depender apenas de uma "simples" vitória no jogo de sexta-feira, frente à Espanha. Senão, tem de fazer contas aos golos. Mas, ainda antes disso, Portugal tem de cumprir frente à Suíça.
Quarta-feira, 19 de Setembro de 2018, 22h36