Porto vence Supertaça

Porto vence Supertaça

O Porto conquistou a 22ª Supertaça do seu historial ao vencer o Sporting por 1-4. Hélder Nunes, por duas vezes, Rafa e Gonçalo Alves assinaram os golos dos dragões, enquanto Ferran Font fez o golo dos leões.

Porto e Sporting encontraram-se na Mealhada para, pela terceira vez na história, discutirem a Supertaça, que homenageia António Livramento desde 1999.

António Livramento foi jogador e treinador dos leões e era treinador dos dragões quando faleceu em 1999.

O Sporting apresentou-se como recém-coroado vencedor da Elite Cup, enquanto o Porto vinha de uma derrota na final da Taça Continental, frente ao Barcelona, mas desejoso de repetir uma exibição que mereceu rasgados elogios... do treinador blaugrana.

Rafa apontou o único tento da primeira parte
Rafa apontou o único tento da primeira parte

E os dragões entraram mais fortes, desde cedo a tomar conta da partida, num estilo que foi apanágio na pretérita temporada. Reinaldo Garcia deixou logo no primeiro minuto um sério aviso, com um remate ao poste, mas seria preciso esperar até aos oito minutos para testemunhar o tento inaugural, com Rafa, solto na área, a finalizar de primeira para o 0-1.

Mesmo em desvantagem, o Sporting parecia confortável com a sua postura mais expectante, não deixando a equipa liderada por Guillem Cabestany traduzir em mais golos o seu volume de jogo ofensivo.

Quando o Porto baixou o ritmo, foram raros os momentos de intencionalidade ofensiva de parte a parte
Quando o Porto baixou o ritmo, foram raros os momentos de intencionalidade ofensiva de parte a parte

Decorrida meia parte, o Porto introduziu as primeiras alterações no cinco e baixou o ritmo. Como os leões também arriscavam pouco no ataque, o jogo seria muito “mastigado” até ao descanso, ficando o registo de faltas – oito para cada lado – como o mais interessante para assinalar para lá do tento solitário de Rafa.

A segunda parte teve outra intensidade, outra emoção.

Em menos de dois minutos, caíam as décimas faltas. Primeiro a do Porto, e Ferran Font não perdoou, restabelecendo a igualdade. Logo de seguida, a do Sporting, e Hélder Nunes não marcou…

Faltas marcaram segunda parte
Faltas marcaram segunda parte

O livre directo defendido por Ângelo Girão seria apenas o primeiro de seis (!) que o guarda-redes internacional português parou, não claudicando neste capítulo específico.

No entanto, a maior iniciativa ofensiva dos azuis-e-brancos seria recompensada. Aos seis minutos, Hélder Nunes, que instantes antes tinha atirado ao poste, finalizou uma boa jogada de entendimento para nova vantagem da sua equipa. E não mais o Porto largou a liderança da partida.

Hélder Nunes e Gonçalo Alves (por duas vezes), Giulio Cocco e Poka tentaram, mas não conseguiram desfeitear Girão de livre directo
Hélder Nunes e Gonçalo Alves (por duas vezes), Giulio Cocco e Poka tentaram, mas não conseguiram desfeitear Girão de livre directo

Cocco falharia o livre directo da 15ª falta leonina, com Girão a ganhar no remate e nas sucessivas recargas, e Gonçalo Alves também não faria melhor depois de azul a Henrique Magalhães. O Sporting só cederia ao acosso dos dragões em inferioridade numérica e de grande penalidade, com Gonçalo Alves – a par de Poka, um dos jogadores que já vestiu a camisola verde-e-branca – a ampliar para 1-3.

Pouco depois caía a 15ª falta do Porto, mas, desta feita, ganhou Nelson Filipe o duelo com Ferran Font. Faltou eficácia aos leões, como faltaria a nove minutos do final, quando Hélder Nunes viu o azul (sem direito a livre directo, por o jogo já estar parado).

Gonçalo Alves, de grande penalidade, faria o 1-3 que obrigava o Sporting a correr atrás do resultado
Gonçalo Alves, de grande penalidade, faria o 1-3 que obrigava o Sporting a correr atrás do resultado

O passar dos minutos parecia mover o mundo contra o Sporting. Os leões, procurando anular a desvantagem, eram obrigados a pressionar com 19 faltas. A quatro minutos do fim, Raul Marin viu azul – Girão voltou a ganhar o duelo de livre directo, de novo a Hélder Nunes – e a equipa de Paulo Freitas tinha de “encostar” o Porto só com três jogadores.

No momento do jogo, João Pinto ficaria a pedir grande penalidade, enquanto Hélder Nunes selava as contas da partida
No momento do jogo, João Pinto ficaria a pedir grande penalidade, enquanto Hélder Nunes selava as contas da partida

A dois minutos e meio do apito final, o Sporting esteve na iminência de reduzir, mas acabaria com as esperanças destroçadas. João Pinto, isolado frente a Nelson Filipe, reclamou grande penalidade – que parece existir – por um toque por trás e, na sequência do lance, Hélder Nunes fez o 1-4.

O Sporting ainda esboçou reacção, mas já sem discernimento.

Hélder Nunes seria exuberante nos festejos com o seu guarda-redes, Nelson Filipe, seguríssimo ao longo dos 50 minutos
Hélder Nunes seria exuberante nos festejos com o seu guarda-redes, Nelson Filipe, seguríssimo ao longo dos 50 minutos

Já no último minuto, Toni Perez, de grande penalidade, não conseguiu fazer balançar a rede da baliza onde morava um imperturbável Nelson Filipe, e veria um azul pouco depois, por falta feia sobre Reinaldo Garcia. Entretanto, Ângelo Girão vencera mais um duelo com Gonçalo Alves, de livre directo, e venceria ainda outro, a Poka, antes do apito final, no culminar de uma grande exibição, mas em que o esforço acabaria por ser inglório.

Esta foi a 22ª Supertaça - terceira consecutiva - conquistada pelo Porto em 36 edições da prova, tendo os dragões estado na disputa do troféu em 27 ocasiões. O Sporting conta com duas conquistas, numa lista de vencedores em que estão apenas mais Valongo (um triunfo), Óquei de Barcelos (quatro) e Benfica (sete).

AMGRoller

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia