Benfica acata esclarecimento errado e não protesta erro técnico
Na semana em que viu o seu protesto sobre o jogo frente ao Sporting indeferido, o Porto beneficiou de novo erro técnico. Desta vez, não houve protesto do prejudicado.
No Clássico do Dragão Arena deste domingo entre Porto e Benfica, Carlos Nicolia e Gonçalo Alves viram o azul a 6’55 do intervalo. Pela paridade, os jogadores foram substituídos e o jogo seguiu em cinco para cinco. Cerca de meio minuto depois, Lucas Ordoñez viu também o azul, deixando o Benfica em inferioridade.
O Benfica questionou a mesa sobre quando o jogador poderia regressar e a mesa terá indicado que o período de inferioridade relativo ao azul a Ordoñez só começaria a contar quando terminasse o período de inferioridade por azul a Nicolía. A 2’55 do intervalo.
No entanto, a regra é clara no ponto 5.1 do Artigo 18 das Regras de Jogo: “Quando as duas equipas estão em paridade – ou seja, têm na pista o mesmo número de jogadores – e ocorre, no mesmo momento do jogo, a suspensão (cartão azul) ou a expulsão definitiva do jogo (cartão vermelho) do mesmo número de representantes (jogador e/ou outros) de cada uma das equipas, a sanção disciplinar do ‘período em inferioridade’ não será aplicada”.
Ou seja, o Benfica poderia ter reposto a igualdade em pista dois minutos após o azul a Ordoñez. A 4’16 do intervalo.
Após o azul a Ordoñez, na recta final da primeira parte, igualdade numérica deveria ter sido reposta 1'21 antes.
No período em que as águias terão sido prejudicadas, não surgiu qualquer golo dos dragões, dificilmente podendo ser imputada interferência directa no resultado, mas – tal como no Clássico entre Sporting e Porto – o erro existe.
Se no Clássico do João Rocha, o erro poderá passar porque o Porto não cumpriu todos os formalismos na apresentação do protesto, no Dragão Arena os encarnados acataram o “esclarecimento” da mesa e, apesar do regulamento, nem sequer apresentaram qualquer protesto.
Ainda que sem consequências na homologação do jogo, o erro não deverá passar totalmente em claro, dado que a delegacia (avaliação da prestação dos árbitros) estava a ser assegurada por Ludovino Ferreira, nada menos que o presidente do Conselho de Arbitragem. Que também estava na mesa.
Mais um comunicado
Os comunicados sucessivos têm banalizado os protestos dos clubes. Até porque caem em “saco roto”.
Mas, ainda assim, o Benfica – depois de já se ter pronunciado esta semana – não tardou a emitir um comunicado sobre a arbitragem do Clássico deste domingo – que terminou com o triunfo azul e branco por 4-3 – em que equaciona se “se vale a pena continuar a investir na modalidade e na evolução da mesma quando os seus campeonatos são uma mentira constante".
O comunicado aponta “diversos golos procedidos de irregularidades e uma dualidade de critérios gritante na análise das jogadas”, mas não se refere ao erro técnico em concreto.
Domingo, 24 de Novembro de 2019, 19h55