Recém-chegado Nuno Paiva promete 'trabalho' na nova Série A1
Arranca este fim-de-semana o campeonato italiano, o último dos três grandes – para além dos de Portugal e de Espanha – a retomar a competição.
Os principais candidatos ao título serão um restruturado Lodi, que liderava na temporada passada, um Forte que defende o título conquistado em 2019, um Trissino reforçado com o técnico Nuno Resende e os também portugueses João Pinto e Caio, e um Bassano que sofreu uma revolução patrocinada – via Roberto Crudeli, novo treinador – pela uBroker.
Entre os portugueses que estavam em Itália, apenas André Centeno continuará a defender o mesmo emblema.
Para além de Resende, João Pinto e Caio, vão a jogo os portugueses Sérgio Silva, como treinador no Follonica, André Centeno na sua terceira temporada no Valdagno e Diogo Neves, a iniciar a sua quinta temporada em Itália, agora no Sandrigo depois de ter representado Bassano e Trissino.
E ainda Nuno Paiva.
Ilustre desconhecido do grande público, Nuno Paiva completou 26 anos em Agosto, depois de uma temporada de relevo na OK Liga Plata, liga secundária de Espanha. Pelo Compañia de Maria, Nuno era – de longe – o mais eficaz, com 29 golos apontados em 16 jogos, mais uma dezena de tentos que os segundos mais certeiros, Adrián Candamio (Vilaranca) e Alex Cantero (Mataró).
Esta temporada, o atacante português vestirá a camisola do Montebello. “Quero ajudar a equipa com o meu trabalho, sendo que para isso pretendo estar ao mais alto nível. Quero fazer um ano melhor que o anterior e isso só funciona com trabalho”, aponta.
O Montebello chegou à Série A1 em 2019. “Os objectivos da equipa passam por manter-se na Série A1 e tentaremos atingir os playoffs, meta que no fim da primeira volta nos pode dar entrada na Coppa Italia”, almeja.
Para já, tudo tem corrido – e a redundância é intencional - sobre rodas. “A minha adaptação está a ser bastante rápida e muito por culpa das pessoas que estão em torno do clube, que me fazem sentir em casa. Sejam eles directores, treinadores ou jogadores. Todos eles me ajudam a sentir em casa”, conta-nos.
Nuno Paiva chega a Itália com 29 golos apontados em 16 jogos da última edição da OK Liga Plata. O Montebello conta com ele – e os seus golos, a juntar aos do veterano Massimo Tataranni – para cumprir o primordial objectivo da manutenção.
O novo normal implica uma mudança de hábitos. “As coisas estão a ir pelo caminho certo, embora aqui tenham feito algumas alterações na vida quotidiana como, por exemplo, o uso obrigatório da máscara sempre que se vai pela rua, sempre que se entra em shoppings, cafés e outros”, explica.
Mas, com as necessárias precauções, e ao contrário do que acontece em Portugal, poderão ouvir-se aplausos nos pavilhões. “O campeonato começará este sábado com público nas bancadas, ainda que com a lotação reduzida”, vinca, ansioso por uma estreia… adiada. “Para nós e para o Valdagno, o campeonato só começa no dia 14. Deve-se a um acordo com uma estação televisiva e, devido a incompatibilidades de transmissão do jogo no sábado, foi adiado”, esclarece.
Sob o signo da pandemia
Na “primeira vaga”, a pandemia da CoViD-19 atacou Itália como nenhum outro país, levando ao confinamento e à suspensão de todos os eventos desportivos. A decisão de cancelamento do campeonato – que ainda estava na primeira fase - seria uma questão de tempo e o impacto negativo no futuro inevitável.
Para a Liga Europeia só se apresentou o Bassano, e à secundária Taça WSE só irão Follonica e Sarzana, argumentando os restantes que a saúde está primeiro. O foco para a maioria é apenas intramuros.
O modelo de decisão em playoff mantém-se. A fase regular arranca este sábado e prolonga-se até 18 de Abril. A primeira volta termina a 5 de Janeiro, apurando os oito primeiros para a Coppa Italia, que terá lugar 26 a 28 de Fevereiro.
Na ascensão de novas potências, nas últimas seis épocas, o Forte conquistou os seus quatro campeonatos e o Lodi dois dos três da sua história. Longe, muito longe, dos 32 do Novara, que triunfou pela última vez em 2002.
Finda a fase final, 10 vão ao playoff do título – sendo que do 7º ao 10º jogam uma pré-eliminatória a duas mãos por dois lugares nos quartos-de-final - e quatro jogam no minicampeonato de seis jornadas, começando com metade dos pontos amealhados na fase regular. Os dois últimos são despromovidos.
É a normalidade possível, numa Série A1 a 14 que foi planeada a 16, com os dois primeiros da Série A2 a juntarem-se aos 14 primodivisionários de 2019/20. Mas o Viareggio abdicou e o Grosseto preferiu não subir...
Série A1 2020/21 - 1ª jornada
Sábado, 10 de Outubro
• Bassano vs. Breganze • 20h45
• Grosseto vs. Follonica • 20h45
• Sarzana vs. Forte • 20h45
• Sandrigo vs. Lodi • 20h45
Domingo, 11 de Outubro
• Trissino vs. Monza • 18h
• Correggio vs. Scandiano • 18h
Quarta-feira, 14 de Outubro
• Montebello vs. Valdagno • 20h45
Sábado, 10 de Outubro de 2020, 0h11