Carvalhos e Benfica decidem Taça feminina
O Carvalhos e o Benfica são os finalistas da 26ª edição da Taça de Portugal feminina, depois de vencerem, respectivamente, CACO e Stuart.
O lugar na final foi garantido primeiro pelo Benfica, habitué desde 2014. Mas a Stuart, enquanto houve pilhas, não facilitou a tarefa às tetra-vencedoras do troféu.
Aos três minutos e meio, Tânia Freire inaugurou o marcador para a equipa de Massamá, que este ano chegou às meias-finais da Liga Europeia. Coesas, as jogadoras da Stuart obrigavam as águias à situação pouco comum do desconforto de perseguir o resultado. No entanto, com o passar dos minutos, as iniciativas do Benfica, o peso de toda uma época e o calor que se fazia sentir em Campo de Ourique, desgastaram a equipa orientada por Francisco Janelas.
Aos 10 minutos, Marlene Sousa igualou a contenda, e, quatro minutos volvidos, virava o resultado. Pelo meio, a internacional portuguesa desperdiçara um livre directo por azul a Tânia Freire, e o 1-2, logo depois de ter sido reposta a igualdade numérica em pista, foi um rude golpe nas estóicas jogadoras da Stuart que tinham sobrevivido ao "underplay".
O intervalo foi curto para recuperar forças e, apesar da diferença mínima permitir acalentar esperança na presença na final, os segundos 20 minutos foram fatais para a Stuart. Aos três minutos, Rita Lopes ampliou para 1-3 e o Benfica selaria a passagem aos 10, depois de dois golos - de Marlene Sousa e Rita Lopes - em dois minutos.
Com o resultado em 1-5, Paulo Almeida geriu. Quer de um lado, quer do outro, todas as jogadoras foram utilizadas, e a Stuart não deixou de procurar outro resultado. No entanto, só conseguiria reduzir, por Adriana Costa, a dois minutos e meio do fim, não conseguindo impedir a quinta final consecutiva das encarnadas.
Com o calor a impor-se ainda com mais crueldade, CACO e Carvalhos entraram em pista para decidir quem defrontaria o Benfica na final.
Apesar do favoritismo relativo do Carvalhos, vice-campeão nacional, um CACO apostado num grande feito no seu ano de estreia deu um excelente réplica.
O Carvalhos assumiu o jogo, mas as oportunidades para golo rareavam perante um adversário muito bem organizado. O golo de Catarina Costa, já no derradeiro minuto da primeira parte, foi como uma machadada para a equipa de Hugo Nascimento. E um tónico para a equipa de Rafael Rafael.
Apesar do golo solitário da primeira parte nada definir, terá motivado estados de espírito ao intervalo bem distintos. De regresso para a etapa complementar, os últimos 20 minutos da época para a equipa que saísse derrotada, o Carvalhos tentava impor-se - por ter mais soluções - na rotação de jogadoras, procurando "fintar" o desgaste provocado pelo calor. Aos seis minutos, Maria Sofia Silva fez o 0-2, bisando dois minutos depois para o 0-3.
Os três golos de vantagem permitiram a Rafael Rafael pensar na final e gerir o esforço das suas atletas. Do outro lado, a desvantagem pesava, mas não deixava de se pensar no golo.
A cinco minutos e meio do apito final, Margarida Alves teve uma soberana oportunidade para reduzir, de grande penalidade, mas o golo ficava adiado. E, menos de dois minutos depois, Ana Couto fazia o 0-4 que desfazia qualquer dúvida que pudesse subsistir. O CACO reduziu quase de imediato, por Joana Cruz, e ainda fez o 2-4 por Beatriz Alves, mas, com menos de três minutos para jogar, vingaria a maior experiência do colectivo do Norte.
A final joga-se este domingo em Campo de Ourique, a partir das 17h. O Benfica tem a possibilidade de somar a quinta Taça de Portugal consecutiva, enquanto o Carvalhos procura repetir o feito singular da conquista do já distante ano de 1997, registando outras duas presenças na final, em 1996 e 1999, tendo perdido ambas para o Centro Desportivo Nortecoope.
Domingo, 24 de Junho de 2018, 10h39