Saudades da família falaram mais alto
Foto de capa: RSC Darmstadt (Facebook)Hugo Gaidão está de regresso a Portugal.
O treinador português, que no último defeso partiu para a Alemanha para orientar o Darmstadt, regressa definitivamente a Lisboa na próxima quarta-feira.
O técnico recebeu uma proposta de trabalho aliciante – não relacionada com o hóquei em patins – e, com as saudades da família a apertarem, não hesitou.
Hugo Gaidão irá supervisionar uma equipa de 25 comerciais na RE/MAX Vantagem.
Ainda assim, Hugo Gaidão valorizou a experiência em terras alemãs. “Foi positiva claro, mas muito difícil longe da família e com uma língua totalmente diferente”, refere. “É um país com uma mentalidade diferente e regras diferentes”, sublinha.
Desportivamente, o ex-treinador de – entre outros - Sporting e Candelária, regressa com o sentimento de dever cumprido. “Em termos de hóquei tivemos uma bela eliminatória na CERS e na Bundesliga estamos dentro dos objectivos, que passam pelo apuramento para o play-off, conseguido com um lugar entre os oito primeiros”, realça.
Gaidão deixa o Darmstadt no sexto lugar, com 16 pontos, com nove de margem para segurar o lugar nos play-off.
“No final, foi a família que falou mais alto”, afirma Hugo Gaidão. “Não me sentia equilibrado fora de Portugal, longe dos meus filhos e família. Ao receber esta proposta de trabalho em Lisboa, não tinha como recusar”, reforça.
Antes de partir, Hugo Gaidão referiu ao HóqueiPT que este projecto na Alemanha era acima de tudo um projecto de vida. “Continua a haver o projecto de vida... mas junto da família. Esse é o verdadeiro projecto da minha vida”, explica. “Entre o dinheiro e a família, escolhi a família. O importante é ser feliz, e a minha felicidade está junto da minha família”, vinca.
O importante é ser feliz, e a minha felicidade está junto da minha família.
De regresso a Portugal, Gaidão confessa que o hóquei está para já em segundo plano. “Nem pensei nisso. Como referi, vou para um bom projecto onde quero seguir e fazer carreira como chefe de equipa”, planeia, afirmando que qualquer convite desportivo terá de ser muito ponderado. “Se surgir, será muito bem analisado e só voltarei se o projecto em causa me der gozo. Treinar por treinar está fora de questão”, conclui.
Terça-feira, 19 de Janeiro de 2016, 0h58