«Não quero problemas com o clube»
Recorte: O JogoSergi Punset anunciou na semana passada, através da sua página pessoal do Facebook, a saída do comando técnico do Candelária.
Chegado no final de Setembro, já em cima do início do Nacional da I Divisão, ao Pico, Punset encontrou uma equipa a acusar a falta de pré-época (ou a acusar uma pré-época de indefinições) e a sua passagem pelo Candelária termina 11 jogos depois.
Contactado pelo HóqueiPT, Sergi Punset foi evasivo mas não conseguiu esconder a sua mágoa. “Arrependimento é uma palavra muito feia mas considero que perdi o meu tempo, tanto a nível pessoal como profissional, nestes quase cinco meses”, contou-nos.
De regresso à Catalunha e a Vilafranca del Penedès, Punset não se quis alongar nos motivos da sua decisão. “Os reais motivos da minha demissão são simplesmente considerar não ter as condições mínimas para poder fazer bem o meu trabalho e poder enfrentar um campeonato tão competitivo como é o português”, resumiu. “Não quero falar mais desse tema. As pessoas que conhecem este trabalho sabem a que me refiro. Não quero problemas com o clube”, afirmou quando instado a detalhar, olhando já para o futuro. “A minha intenção é continuar a treinar. Tenho de esperar que surja uma oportunidade. Veremos como corre”, desabafou.
A saída de Sergi Punset acontece numa altura em que são falados muitos nomes catalães para reforçar as equipas e o principal campeonato luso. O ex-treinador do Candelária recomenda-o. “O Campeonato português é muito interessante para se viver a experiência de competir. Os hábitos de treino são muito parecidos com os que existem no hóquei catalão e o nível de profissionalismo é muito semelhante ao que existe na Catalunha. As equipas que têm dinheiro são muito profissionais e os que não têm não podem ser tanto…”, concluiu.
Punset e o Candelária
Nos 11 jogos disputados sob o comando técnico do catalão que chegou do campeonato francês, o Candelária somou nove derrotas e apenas duas vitórias, que não valem mais do que o penúltimo lugar ao fim da primeira volta, ainda que os picarotos tenham dois jogos em atraso. Nas contas dos golos, a equipa de Sergi Punset marcou por 26 vezes e sofreu 54.
Nos jogos em atraso, o Candelária tem deslocações complicadas a Torres Vedras e a Viana do Castelo.
As duas vitórias registadas pelo Candelária foram conseguidas em casa e frente às outras duas equipas que se situam abaixo da linha de água, Sanjoanense (2-1) e Académico de Cambra (5-2). A vitória frente ao Cambra acabaria mesmo por marcar a despedida de Punset…
O plantel do Candelária, pese “curto”, não padece de falta de figuras. Diogo Rodrigues, Tiago Resende, Pedro Afonso e André Moreira são internacionais portugueses, tal como Alan Fernandes, que actualmente representa o Brasil, e Johe, o melhor marcador da equipa, é o capitão da selecção angolana. Nomes que a maioria dos planteis da I Divisão naõ desdenharia…
Sábado, 30 de Janeiro de 2016, 11h25