Barcelos eficaz no regresso às vitórias
O Barcelos regressou este sábado às vitórias e aproveitou a derrota da Oliveirense para se consolidar no terceiro lugar da classificação da I Divisão.
Depois do desaire em Turquel, os barcelenses voltaram ao Sul para defrontar desta feita o Paço de Arcos, vindo de uma derrota em casa com o Sporting.
Numa primeira parte pautada pelo equilíbrio, o Óquei de Barcelos entrou mais forte, mas o Paço de Arcos reagiu bem e criou boas situações de golo, apesar de muito penalizado por faltas.
O nulo ao intervalo aceitava-se e no arranque da segunda parte parecia estar pendente do assinalar da iminente 10ª falta dos visitados. Mas, aos quatro minutos e meio, inesperadamente, Luís Querido rematou de muito longe e surpreendeu o guarda-redes Diogo Alves.
Estava feito o primeiro e a oportunidade de ampliar - no tal livre directo a castigar a 10ª falta - não tardou. Mas num duelo de campeões do Mundo, o de 2003 - Reinaldo Ventura - não conseguiu bater o de Sub-20, dez anos volvidos, Diogo Alves.
Em rinque estiveram dois campeões do Mundo em Oliveira de Azeméis (Reinaldo Ventura e Ricardo Pereira) e um campeão do Mundo de Sub-20 em 2013, na Colômbia (Diogo Alves). Vieirinha, campeão do Mundo Sub-20 em 2013 e 2015 continua ausente por lesão.
A acusar o golo sofrido, o Paço de Arcos demorou uns minutos a reentrar na partida. Aos 10 minutos, de grande penalidade, Luís Querido não conseguiu bater Hugo Garcia. Mas bisaria no seguimento do lance.
O segundo golo dos visitantes surgiu como que um "toque a reunir" para o Paço de Arcos, que assumiu a partida. A equipa de Paulo Garrido atacava e procurava entrar na discussão do resultado, mas não era feliz na finalização. E a ineficácia da equipa da Linha, bem como o seu balanceamento ofensivo a dar espaços na rectaguarda, seria penalizada – duplamente – por Hugo Costa, a elevar a vantagem barcelense para quatro golos, faltavam jogar pouco mais de seis minutos.
Sem nunca baixar os braços, o Paço de Arcos chegaria enfim aos golos. E logo dois. Guilherme Silva, num remate forte de meia-distância, e Ricardo Pereira ainda alimentaram a esperança da reviravolta. Mas já era tarde. Pedro Mendes daria a machadada final nas aspirações da equipa da Linha fazendo o 2-5 a dois minutos do final, após grande lance de Hugo Costa.
Ricardo Pereira ainda voltaria a aninhar a bola no fundo das redes da baliza à guarda de Ricardo Silva, mas, segundo a dupla de arbitragem, terá sido já para lá do apito final.
No final da partida, Paulo Freitas estava satisfeito pelo regresso às vitórias, reconhecendo que estas deslocações – a Paço de Arcos e Turquel – seriam muito complicadas. Neste jogo, o técnico barcelense congratulou-se com uma equipa que foi “tacticamente rigorosa e paciente” para garantir os três pontos.
Paulo Garrido recusou a ideia de um Barcelos mais forte que o Paço de Arcos, deixando no entanto elogios à temporada dos barcelenses. Lamentou ainda alguns momentos decisivos do jogo, realçando o critério dos árbitros numa arbitragem que apelidou de “inteligente”. O técnico deixou ainda no ar um pedido para melhor julgamento das situações de bola parada em que os guarda-redes são sempre penalizados pelas simulações – ilegais – dos atacantes.
Ainda com o jogo entre Física e Valongo por cumprir nesta primeira jornada da segunda volta, o Óquei de Barcelos é terceiro com 32 pontos, menos um que o segundo Porto e menos oito que o líder Benfica. Atrás, vem a Oliveirense, que ficou mais longe – a cinco dos barcelenses - com a derrota em Viana do Castelo.
O Paço de Arcos manteve a oitava posição mas vê agora o Turquel a apenas um ponto. A equipa da Aldeia do Hóquei, depois da vitória sobre o Barcelos no fecho da primeira volta, venceu no Pico por 1-5.
Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2016, 7h47