Barcelona volta a reinar em Espanha
Fotos: Luis Velasco HeviaO Barcelona conquistou este fim-de-semana a 20ª Taça do Rei do seu historial. Na reedição da última final, contrariou a tradição dos últimos anos e venceu o Vic por 4-1.
Era uma "tradição" - há quem a apelide de "coincidência" ou, simples e justamente, de "mérito" - que vinha de 2009 quando o Vic venceu a Taça do Rei, voltando a vencer no ano seguinte. Em 2011 o título foi conquistado pelo Barcelona, que o voltaria a conquistar no ano seguinte. E em 2013 venceu o Vendrell. E, pasme-se, venceu no ano seguinte também. Em 2015 o Vic bateu o Barcelona por 2-1 na final e arrebatou a Taça, ganhando legitimas pretensões à Copa deste ano. Mas a história nem sempre se repete.
O Barcelona foi pragmático, seguro e cirúrgico. Condicionado com a ausência de Edu Lamas – lesionado, não joga mais esta época -, o técnico Ricard Muñoz apostou em Sergi Fernandez na baliza (Aitor Egurrola fora titular nos “quartos” e nas “meias”), Gual, Pascual, Panadero e Alvarez, promovendo alterações só perto do final. Entrou Xavi Barroso para refrescar e Lucas Ordoñez para fechar a contagem a dois minutos e meio do derradeiro apito. Antes, a eficácia blaugrana decidiu.
Com a partida controlada, o Barcelona inaugurou o marcador a meio da primeira parte, com Pablo Alvarez a não desperdiçar um livre directo após azul a Ferran Font. O golo valeu a vantagem ao intervalo depois de uma primeira parte de muitas cautelas de parte a parte.
Na segunda parte, Sergi Panadero rematou cruzado aos três minutos e meio para bater Carles Grau, apontado como sucessor de Edo Bosch na baliza do Porto e aos oito “Pablito” voltou a não falhar da marca de livre directo, sentenciando praticamente a eliminatória. O Vic lutou por um golo que reacendesse a esperança mas, com o Barcelona a fechar bem e Fernandez atento, esse golo já chegaria tarde. Christian Rodriguez marcou de grande penalidade (Mia Ordeig já desperdiçara uma depois do mesmo Mia e de Font não terem conseguido marcar de livre directo) já nos últimos cinco minutos e dois minutos e meio volvido entrou Ordoñez para sentenciar…
O caminho para a final
Chegar à final foi bem mais fácil para o Barcelona do que para o Vic. Os blaugrana "despacharam" o Igualada com oito golos sem resposta nos "quartos" e o Noia (que eliminara o estreante Caldes no desempate por grandes penalidades por 7-6) por 6-1.
O Vic teve duas missões hercúleas. A primeira frente ao anfitrião Reus. Com apenas um golo registado na primeira parte – por Romà Bancells para o Vic -, a segunda metade foi pródiga em golos e emoção, acabando por sorrir aos pupilos de Ferran Pujalte com um 6-5 final selado com golo de ouro já na segunda parte do prolongamento. Nas "meias" finais, o Vic encontrou o Liceo, com ambas as equipas a virem de jogos desgastantes, fisica e emocionalmente, mas típicos de Taça do Rei, que prima pela incerteza nos desfechos. Se o Vic se apresentava com um 6-5 sobre o Reus, o Liceo já tinha colocado a fasquia bem alta, com um 7-6 sobre o aguerrido Voltregà, num jogo em que Jordi Bargalló fez um hat-trick mas que foi decidido a pouco mais de um minuto para o fim com um golo do irmão, Pau… segundos depois de Alex Rodriguez fazer o 6-6.
Levaria a melhor o Vic por 4-1, muito por culpa de Ferran Font - a bisar de livre directo frente a Malian -, de Christian Rodriguez, também a bisar, e do guarda-redes Carles Grau, garante de segurança num jogo muito bem conseguido tacticamente, a anular as armas do adversário. Um "veneno" táctico que a equipa de Pujalte viria a provar na final...
Quarta-feira, 2 de Março de 2016, 8h05