Benfica passa Oliveirense
O Benfica venceu este sábado a Oliveirense por 5-3 e apurou-se para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.
No jogo grande dos 16-avos-de-final, o Benfica recebeu a Oliveirense e cedo se adiantou, com Valter Neves a marcar de meia distância ainda não estavam cumpridos três minutos.
A equipa de Oliveira de Azeméis apresentou-se com Martin Montivero e Carlos López condicionados e com Caio a tentar mas a não passar no teste do aquecimento, acabando por não dar o seu contributo à equipa, e aos seis minutos sofreria o segundo golo quando nada saía bem, com muitos passes falhados. Os encarnados aproveitaram a vantagem numérica depois de um azul a Pedro Moreira e Jordi Adroher, redimindo-se do livre directo falhado, ampliou.
O Benfica chegava cedo a dois golos de vantagem, parecendo relegar para mera memória a partida complicada para o campeonato, que terminou com um empate a quatro. Mas a Oliveirense reagiu. Acertou nas marcações e começou a causar mais problemas a Guillem Trabal.
Aos 13 minutos, João Souto – o mais irrequieto e irreverente da equipa visitante – reduziu e Tó Neves lançou Carlos López em busca do empate. Ausente dos rinques há largos jogos por lesão, quis o destino que o argentino campeão do Mundo regressasse numa casa onde foi feliz. E o público reconheceu o que o jogador deu às águias, ovacionando-o quando entrou e, de pé, no final da partida.
E López não precisou de muito tempo para fazer o que fez inúmeras vezes mas com a camisola do Benfica. Entrou a pouco mais de nove minutos para o final e, um minuto volvido, de trás da baliza, ofereceu o golo ao avançado que surgia na área. A “sorte” que culminou no 2-2 sorriu a Montivero.
A partida – um “partidazo” de hóquei em patins - entrou na sua fase menos bonita na recta final da primeira parte. Já no último minuto antes do apito para o descanso, João Souto viu o azul. Nicolía falhou o livre directo mas o Benfica acabaria a primeira parte em vantagem numérica. E começaria também em superioridade, mas novamente sem resultados.
No entanto, a Oliveirense que tão bem defendeu com três jogadores de pista, falhou com quatro. Com a igualdade no número de jogadores reposta, a Oliveirense lançou-se para a frente e Marc Torra primeiro e depois Miguel Rocha surgiram isolados perante Puigbi. O catalão falhou mas o português não, colocando novamente os encarnados na frente, faltavam jogar 21 minutos.
O jogo era disputado de forma intensa e entusiasmante para quem assistia. Mas os guarda-redes, com duas grandes exibições, foram adiando - incluindo um livre directo que João Souto não conseguiu transformar - a festa do golo até aos derradeiros cinco minutos.
Tal como no inicio da partida, foi o capitão encarnado a desbloquear. Valter Neves fez o 4-2 e deu uma vantagem importante de dois golos para o que faltava jogar. A Oliveirense reduziu de grande penalidade por Albert Casanovas e arriscou com cinco jogadores de pista, obrigado Puigbi a correr da baliza para o banco e vice-versa para evitar um golo que mataria o jogo. Esse acabaria por surgir de livre directo, por Marc Torra, a um minuto do fim, fixando o resultado no 5-3 final.
Um grande espectáculo... com desequilibrios
No final da partida ambos os treinadores enalteceram uma grande partida de hóquei em patins. “Para quem gosta de hóquei, foi um jogo muito dividido, bem jogado, a nível táctico muito evoluído”, referiu Tó Neves, com Pedro Nunes a destacar uma grande segunda parte. “Teve um jogo mais aberto, mais vertical, vertiginoso até. Espectacular para os adeptos”, vincou.
No entanto, Tó Neves apontou o dedo à arbitragem. “Houve alguns desequilíbrios nos cartões azuis e nas faltas, e esses desequilíbrios para uma equipa com um poderio menor que o Benfica, com jogadores lesionados, ….”, lamentou. “Foi uma oliveirense muito digna. Não nos conseguiram matar na primeira parte - conseguimos renascer - e na segunda parte já não conseguimos porque houve esses desequilíbrios no jogo”, reiterou. “Em termos de jogo jogado houve equilíbrio, mas houve outros desequilíbrios que não pudemos contrariar, nomeadamente as faltas, os cartões azuis… E depois a concretização”, afirmou.
Pedro Nunes, lamentando o encontro com a Oliveirense tão cedo na prova, mostrou-se ambicioso. “É a passagem aos oitavos-de-final de um troféu que queremos ganhar”, alertou.
Quatro primodivisionários pelo caminho
Nestes 16-avos-de-final, não houve tomba-gigantes, com as equipas da I Divisão que jogaram frente a equipas de escalões inferiores (Valongo, Cambra, Braga, Sanjoanense, Porto e Candelária) a passarem com maior ou menor dificuldade.
No entanto, quatro primodivisionários – por terem defrontado outras equipas da I Divisão - foram já afastados da corrida à conquista da Taça de Portugal. Benfica, Paço de Arcos, Óquei de Barcelos, Sporting afastaram respectivamente Oliveirense, Física, Turquel e Juventude de Viana.
Sem serem tomba-gigantes, três equipas da III Divisão avançam para os “oitavos” como “tomba-maiores”. Marinhense, Parede e Vasco da Gama da III Divisão afastaram Lavra, Sesimbra e CART da II.
Da II Divisão, Valença, “Os Tigres”, Carvalhos – todos a jogarem fora - garantiram também o apuramento para os “oitavos”, cujo sorteio se realiza esta segunda-feira na sede da Federação de Patinagem de Portugal.
Domingo, 13 de Março de 2016, 2h17