Portugal autoritário goleia Espanha

Portugal autoritário goleia Espanha

Portugal deu um passo importante rumo à revalidação da Taça Latina ao vencer a Espanha por 5-1, com um hat-trick de Hélder Nunes e um bis de Alvarinho. Caso a França não vença a Itália, Portugal garante já esta sexta-feira o título.

O cenário no fim do grande Clássico entre Portugal e Espanha era promissor para as cores lusas. E confirmar-se-ia com a vitória da Itália sobre a França por 1-4.

Antes, Portugal realizou uma exibição extraordinária frente a uma Espanha que era apontada como favorita pela experiência dos seus jogadores na Ok Liga. E, entre os 10, será necessário frisar que os três do Vic e os três do Liceo marcam presença nos “quartos” da Liga Europeia.

Logo nos primeiros minutos, equilibrados, a Espanha perdeu o seu capitão, lesionado num ombro num choque com a tabela. Pau Bargalló saiu para ser assistido e não voltou ao jogo, neste que é a sua terceira participação na Taça Latina.

Portugal jogava em bloco, a tapar os caminhos para a baliza à guarda de Diogo Alves, controlando uma Espanha que, órfã de Pau, parecia não ter outras soluções.

Aos seis minutos, Cesar Carballeira cometeu grande penalidade e viu também o azul, mas nem Hélder Nunes bateu Marc Grau da marca de castigo máximo, nem Portugal aproveitou a superioridade numérica. No entanto, a sete minutos e meio do intervalo, Álvaro Morais (“Alvarinho”) faria mesmo o primeiro para a Selecção de Luís Sénica.

O segundo golo – ainda antes do intervalo – surgiu do stick do capitão Hélder Nunes. O propalado reforço do Sporting, Ferran Font, viu o azul e levou Hélder para a marca de livre directo. O português convidou Grau para “dançar” e rematou para o fundo das redes.

Esperava-se mais da Espanha na segunda parte, mas acabou por continuar refém da estratégia portuguesa. E uma dúzia de segundos acabou por ser fatal para as aspirações do grupo às ordens de Quim Paüls. Estavam decorridos cinco minutos e meio quando Hélder Nunes ampliou para 3-0 e, antes que os espanhóis pudessem reagir, Pedro Cerqueira e Álvaro Morais combinaram de forma perfeita para o 4-0 por Alvarinho.

Paüls pediu um desconto de tempo para tentar virar os acontecimentos e a Espanha regressou sem a vertente táctica que lhe é (era?) reconhecida. A atacarem com muito coração e pouca cabeça, ainda tiveram um golo anulado que, nos protestos, valeu a David Torres o seu primeiro azul. A Espanha resistiu com menos um mas acumulou faltas e, a pouco mais de seis minutos do fim, fez a 10ª. Hélder Nunes voltou a não perdoar, elevando para um 5-0 a roçar o escândalo.

Portugal defendia concentrado e o melhor que a Espanha conseguiu foi um tento de honra. A minuto e meio do fim, “Dava” Torres – à segunda, depois da grande penalidade ser mandada repetir – rematou rasteiro para o 5-1. O avançado que foi figura na Taça do Rei e Final Four da Liga Europeia em 2015, valendo-lhe uma transferência para o Liceo, foi a imagem do desnorte espanhol. Celebrou como se aquele golo garantisse a vitória, com Diogo Alves a lembrar-lhe o resultado apontando para o marcador, num gesto para o guarda-redes português que foi considerado excessivo. David viu o azul, Quim Paüls também e Alejandro Dominguez – o adjunto – viu o vermelho. Um final de festa desnecessário…

Este sábado, Portugal defronta a França a partir das 17h30 no fecho da sua participação na Taça Latina.

Descompressão

No final do jogo, já a frio mas ainda antes de ser conhecido o desfecho do encontro entre Itália e França, Diogo Neves conduziu uma entrevista bem disposta a Álvaro Morais, passando depois para o outro lado, entrevistado por Diogo Rodrigues.

AMGRoller Compozito

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