Portugal fecha também a vencer
Portugal fechou da melhor maneira a sua participação na Taça Latina ao vencer a França por 5-1.
Garantido o título na bancada, enquanto em rinque a Itália vencia esta França, Luís Sénica não teve missão fácil para motivar os jogadores para um jogo que já alterava as contas finais – Portugal seria sempre primeiro e a França sempre quarta – e com uma segunda mão de eliminatória da Liga Europeia a uma semana de distância. Mas Álvaro Morais e, em particular, Hélder Nunes não “levantaram o pé”.
Anthony Da Costa não foi opção para Fabien Savreux depois de ter visto o vermelho na véspera, frente a Itália.
Portugal entrou em rinque com Diogo Rodrigues na baliza e Alexandre Marques (“Xanoca”) na frente, num ritmo baixo, já em descompressão. Ainda assim, suficiente. Aos nove minutos, Xanoca abriu o marcador à boca da baliza à guarda do luso-francês Keven Correia depois de um remate de Diogo Neves e, volvidos apenas dois minutos, Hélder Nunes ampliou de grande penalidade.
Os franceses procuravam reagir e a dois minutos do intervalo conseguiram o desejado prémio. A defesa portuguesa abriu uma avenida e Roberto Di Benedetto, de meia-distância, reduziu para a margem mínima com que se chegaria ao intervalo.
Portugal entrou na etapa complementar mais concentrado. Frente a uma França que a cada competição dá provas do bom trabalho que se realiza no Hóquei em Patins gaulês, os portugueses só de livre directo voltaram a marcar. A castigar a 10ª falta contrária, Hélder Nunes não perdoou e bisou.
Figura maior desta Taça Latina, Hélder Nunes sublinhou as suas exibições nestes três dias com mais dois grandes momentos antes do apito final. A cinco minutos do fim, serviu Xavier Cardoso para o desvio na cara de Correia para o 4-1 e, com menos de 40 segundos para jogar, finalizou um contra-ataque a passe de João Almeida, fixando o 5-1 com que terminaria o jogo para se passar aos festejos – em pista – dos portugueses.
Esta é a 14ª Taça Latina conquistada em 28 edições, a quarta conquistada além-fronteira. Portugal já vencera em Itália (Bolonha, 1957), em França (Nantes, 1960) e em Espanha (Barcelona, 1961) mas há 55 anos que não sabia o que era celebrar a Latina no estrangeiro.
Itália em terceiro
No jogo que encerrou o torneio, a anfitriã Itália venceu a Espanha por 2-1. Sem contar com o capitão Pau Bargalló, que regressou a Espanha lesionado num ombro e possivelmente a necessitar de intervenção cirúrgica, a Espanha voltou a dar uma pálida imagem.
Depois de uma vitória conseguida a um minuto do fim sobre a França (3-2) e de uma derrota por 5-1 frente a Portugal, a Espanha até se adiantou no marcador mas Giulio Cocco empatou antes do intervalo. Na segunda parte, Alessandro Verona, de “costa-a-costa”, fez o 2-1, não conseguindo a Espanha melhor do que o 2-2 por Ignacio Alabart.
A Itália, com um conjunto muito jovem mas que só cedeu pela margem mínima frente a Portugal, termina assim em segundo e a Espanha termina em terceiro. O terceiro lugar espanhol não sucedia desde 1990…
Sábado, 26 de Março de 2016, 21h27