Taça Tricentenário prepara Europeu
Tem lugar no próximo fim-de-semana, em Sant Sadurní d'Anoia (perto de Barcelona), a Taça Tricentenário. O torneio contará com a participação do anfitrião Noia, e das selecções catalã, suíça e francesa.
Para helvéticos e gauleses, o evento serve de preparação para o Europeu, revestindo-se de particular importância para o grupo de Fabien Savreux. Os gauleses mantêm em observação 12 jogadores, sendo que dois jogadores de pista serão preteridos do grupo final que viaja para Alcobendas.
As duas selecções que estarão presentes no Europeu (jogando entre si a 17 de Julho) defrontam-se sábado, na segunda meia-final, pelas 20h30 locais. Antes, Noia e a selecção catalã entram em pista às 18h30 na primeira meia-final deste 5 de Julho. A final está marcada para as 12h30 de domingo, depois da partida de atribuição dos terceiro e quarto lugares (com inicio marcado para as 10h30).
A Taça Tricentenário celebra os 300 anos sobre a queda do Principado da Catalunha no final da Guerra da Sucessão espanhola em 1714, pese a resistência heróica do povo sem apoio militar.
A clara candidata à vitória no torneio é a selecção catalã que, à margem do não reconhecimento oficial, apresenta neste torneio um invejável grupo de jogadores. O seleccionador Jordi Camps convocou os guarda-redes Carles Grau (CP Vic) e David Arellano (CP Calafell) e os jogadores de pista Marc Navarro (CP Vilafranca), Andreu Tomas (CE Lleida), Jepi Selva (Reus Deportiu), Eloi Mitjans e Sergi Miras (CE Vendrell), Oriol Vives (HC Liceo), Enric Torner (Forte dei Marmi) e Albert Casanovas (UD Oliveirense). Destacando-se os nomes de Sergi Miras e Enric Torner, que com alguma surpresa não constam do seleccionado espanhol para o Europeu, o grupo integra um nome bem conhecido dos portugueses e outro que não tardará a ser reconhecido.
David Arellano chegou em 2010 a Portugal para representar o Porto Santo, impressionando desde logo pela sua altura e presença entre os postes. Na época seguinte rumou a Ponte de Lima mas a aventura n'Os Limianos (na II Divisão) só durou meia época, sendo chamado para um lugar entre os primodivisionários na equipa do Valongo.
Acabado de completar 29 anos e a segunda época ao serviço do Calafell, Arellano foi protagonista numa grande época do clube, que garantiu a presença na Taça CERS. "A chamada à Selecção Catalã é um prémio pelo trabalho do Calafell esta época", conta ao HóqueiPT. "Eu fui chamado mas este prémio é dos meus colegas, que fizeram um trabalho incrível mesmo sem as melhores condições económicas", afirma. Humilde e sem esquecer os seus colegas, vê nesta chamada um incentivo. "Para mim é um orgulho poder representar o meu clube e os meus colegas nesta chamada e tal só me dá mais força para o trabalho diário", conclui.
Quem acaba de abraçar um projecto em Portugal mas certamente não tardará a causar impacto, é Albert Casanovas, ex-capitão do Reus e aposta da Oliveirense para 2014/15. "Estou muito feliz pela convocatória. Temos uma selecção muito boa", sublinha com entusiasmoao HóqueiPT. Mais do que a mera componente desportiva, a selecção catalã tem uma carga simbólica importante. "É uma honra defender a Selecção da Catalunha, é um sentimento muito forte", orgulha-se. "Na Catalunha estão os melhores jogadores de Espanha", realça como chamada de atenção.
Quinta-feira, 3 de Julho de 2014, 11h06