Juventude de Viana descola do Turquel
A Juventude de Viana venceu o Turquel por 3-2 num encontro entre duas equipas que somavam os mesmos sete pontos ao cabo das oito primeiras jornadas.
Entrou melhor a Juventude no primeiro jogo depois de comemorar 40 anos. O Turquel pareceu querer oferecer uma prenda e deixou Tó Silva solto para o 1-0 ainda não estava cumprido o primeiro minuto de jogo. Mas ainda não estava cumprido o segundo quando Luís Silva, num excelente remate cruzado, deu como terminadas as festividades com o 1-1.
O jogo voltava ao início.
O equilíbrio na tabela classificativa ficou espelhado em rinque com um excelente jogo de Hóquei em Patins, sempre jogado de forma rápida e com oportunidades junto das duas balizas. Numa primeira parte em que a Juventude de Viana criou mais oportunidades, só em "under-play" é que Marco Barros voltaria a ser batido.
Já depois de Diogo Fernandes não ter conseguido bater Marco Barros (com uma exibição a merecer elogios do seu treinador no final), Luís Silva viu o azul - com Tó Silva também a não conseguir transformar em golo o livre directo - e Renato Garrido lançou Gustavo Lima para tentar desequilibrar. Mas em noite de "Silvas", seria outro - Francisco - a desequilibrar, a escassos cinco segundos do fim do "powerplay" e a 11 do intervalo.
A Juventude de Viana foi para o intervalo a vencer por 2-1 e o Turquel entrou na segunda parte em busca do empate. A maior intensidade dos visitantes acabaria por dar resultados aos oito minutos, com um quarto Silva - João Silva ("Janeka") - a marcar, batendo Edo Bosch num gesto técnico de belo efeito. No minuto que se seguiu, em noite de desacerto de bola parada, Francisco Silva desperdiçou uma grande penalidade e Janeka um livre directo.
Soltou-se depois a Juventude, para um último quarto-de-hora em que as duas equipas procuraram de forma aberta o golo que valeria a vitória e três pontos.
A três minutos e meio do fim, o Turquel chegou à 10ª falta e André Azevedo avançou para a tentativa de conversão. O atacante não manteve o stick parado e o árbitro Domingos Carvalho, numa regra que penaliza os avançados - mas existe -, anulou a marcação do livre. O jogador vianense questionou a decisão, mas encontrou forças na sua revolta para apontar o terceiro e decisivo golo meio minuto depois. Essa mesma revolta explodiu na celebração, vendo o vermelho e respectiva ordem de expulsão.
A jogar com mais um em rinque nos derradeiros três minutos de jogo, o Turquel procurou de todas as formas o empate. A bola ainda foi duas vezes ao ferro da baliza à guarda de Edo Bosch, mas não voltaria a beijar o fundo das redes, ficando os três pontos em Viana do Castelo.
No final do jogo, ambos os treinadores deixaram elogios a um jogo muito bem disputado. Renato Garrido elogiou a postura - a "raça" - da sua equipa na recta final do jogo, a defender o resultado em inferioridade numérica.
João Simões deixou dúvidas sobre os lances de bola parada que a sua equipa sofreu, mas não quis deixar de comentar - e criticar - o lance que, mais tarde, viria a resultar no vermelho a André Azevedo. Numa análise mais geral, apontou a necessidade de maior profissionalização do sector da arbitragem e dos árbitros de forma a que o Nacional da I Divisão fique ainda mais valorizado.
Outros jogos
Os vianenses não só descolaram do Turquel, como saltaram para o sétimo lugar, ultrapassando Tomar (perdeu 6-2 em Barcelos) e Candelária (derrotado em Valongo por 3-1).
Nos outros jogos, Benfica e Oliveirense venceram e colocam pressão sobre Sporting e Porto para o Clássico deste domingo. Em dois dérbis, os encarnados venceram o Paço de Arcos por 9-2, enquanto a equipa de Oliveira de Azeméis teve tarefa bem mais complicada, vencendo a Sanjoanense por 5-4.
Na luta pela manutenção, o Riba d'Ave venceu o Valença por 7-2 e subiu acima da linha de água. Valença, Paço de Arcos e Sanjoanense são as equipas que ocupam agora os lugares menos desejados da classificação.
Domingo, 4 de Dezembro de 2016, 17h30