Pablito, 'blaugrana' até 2021
O campeonato português de Hóquei em Patins está recheado de craques, mas, quando se olha além-fronteira, ainda há nomes que fazem crescer água na boca dos adeptos portugueses.
Um desses nomes é, sem dúvida, Pablo Álvarez, atacante do Barcelona, que terminava contrato no final desta época. Mas, apesar de ainda estar prevista mais uma época de opção, o Barcelona tratou de "matar" o sonho de alguns e anunciou esta terça-feira a renovação do argentino até 2021, num contrato que a ser cumprido culminará em 10 temporadas a defender as cores blaugrana.
Pablito, agora com 30 anos, chegou ao Barcelona em 2011, depois de três épocas ao serviço do Liceo, onde "aterrara" com apenas 21 anos. Na primeira temporada ao serviço do conjunto "liceal" teve o português José Querido como treinador, mas foi na temporada seguinte, já nas mãos de Carlos Gil, que saltou definitivamente para o estrelato. Nessa época foi eleito melhor jogador da OK Liga e, ao lado de nomes como Llaverola, Barreiros, Bargalló ou Gual, conquistou a Taça CERS em Torres Novas. Na temporada seguinte conquistou a sua primeira Liga Europeia, numa final em Andorra.
Nesse defeso, tornou-se em mais um dos "dissidentes" do Liceo para o gigante Barcelona (depois de, por exemplo, Carlos López, Reinaldo Garcia e Marc Gual). Ao serviço dos catalães venceu a OK Liga pela primeira vez, mas não conseguiu repetir a conquista da Liga Europeia. Perdeu na final, para os seus ex-companheiros, na mão do mago Carlos Gil e liderados em pista por Ricardo Barreiros e Jordi Bargalló.
A glória europeia ao serviço do Barcelona chegaria em 2014, sendo repetida em 2015. A temporada de 2013/14, coroada então com o triunfo na Liga Europeia (em pleno Palau, numa final com o Porto), foi extraordinária para Pablito, que ao título na OK Liga juntou o recorde de golos numa edição da prova: 56.
De resto, Pablito vai somando golos e perseguindo o topo da tabela de golos apontados em todas as edições da competição máxima espanhola, no formato "OK Liga" desde 2002. O natural de San Juan - que só começou a contabilizar golos em Espanha em 2008 - tem ao dia de hoje 372 (23 esta época), tantos como Raul Marin e a 17 de distância de Jordi Bargalló, que ainda lidera apesar de ter rumado à Oliveirense no último defeso.
Com quatro OK Ligas, duas Taças do Rei, uma Taça CERS e três Ligas Europeias, a pecha no currículo de Pablo Álvarez é, para já, o título Mundial pela Argentina. Em 2015, a albiceleste até conseguiu "roubar" o ceptro à "la roja", mas Pablito falhou a competição em La Vendée por lesão.
Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017, 23h26