Óquei de Barcelos volta a bater dragão

Óquei de Barcelos volta a bater dragão

Em Barcelos, o Municipal de Barcelos engalanou-se com um mar de gente, no que já é um lugar comum quando há Clássico. A equipa orientada por Paulo Freitas recebeu o Porto e repetiu a vitória do ano passado sobre os dragões, agora por 4-3.

O jogo teve um início vertiginoso, mas, com o passar dos minutos, as cautelas impuseram-se e o intervalo chegou com um anormal nulo no marcador. Os golos, esse condimento tão desejado, não tardariam a surgir na etapa complementar.

Paulo Freitas não contou com Alvarinho, por via do acordo de empréstimo com os dragões. Foi chamado o júnior Pedro Silva.

Com escassos segundos decorridos, chegou a 10ª falta do Óquei de Barcelos, e Hélder Nunes não desperdiçou a soberana oportunidade de livre directo para inaugurar o marcador. Volvidos três minutos, respondeu Luís Querido com um tiro praticamente da linha de meio campo, mas o golo do capitão barcelense não tardou a ser relativizado por novo golo do seu homólogo portista. Ricardo Silva não conseguir afastar a bola após defesa e Hélder Nunes colocou de novo os dragões em vantagem.

Golos de Hélder Nunes não evitaram derrota perante um grande Barcelos
Golos de Hélder Nunes não evitaram derrota perante um grande Barcelos

Com três minutos e meio decorridos já havia três golos no marcador, depois de nenhum em toda a primeira parte.

O Barcelos procurava nova igualdade, mas Nelson Filipe fazia a diferença na baliza azul-e-branca. Defendeu o livre directo de Luís Querido (10ª falta do Porto) e, num duelo de campeões da Europa, levou a melhor frente a Reinaldo Ventura numa grande penalidade.

O Porto parecia contente com a vantagem mínima e era pouco agressivo no ataque, acabando por ser castigado na sua apatia. A pouco mais de seis minutos do final, Vieirinha entrou pela direita e serviu Hugo Costa a meia altura no coração da área para o 2-2 e o Óquei de Barcelos, empurrado pelos seus adeptos, ia em busca da vitória, numa recta final que seria condicionada pelas faltas: 14 para cada lado à entrada dos derradeiros quatro minutos e meio.

Óquei intrometeu-se temporariamente entre os quatro assumidos candidatos, mas regressou à quinta posição depois do empate do Sporting em Valença.

Caiu a 15ª para o Porto, a dois minutos e meio do fim, cometida por Hélder Nunes sobre Luís Querido. Entre capitães, o "Rei" [ndr: Reinaldo Ventura] fez de juíz e, da marca de livre directo, não perdoou e fez o 3-2, primeira vantagem dos visitados na partida.

A contenda entrava na fase do "gato e do rato", com o Barcelos a rodar a bola. O Porto precipitou-se e Ventura descobriu Zé Pedro isolado. Com tempo para tudo, bateu um desamparado Nelson Filipe para o 4-2. Pouco depois, quase que Vieirinha aproveitava situação idêntica. O jovem bicampeão do Mundo não marcou e, já nos instantes finais, proporcionou - com a 15ª falta - a Hélder Nunes a oportunidade de reduzir. E o barcelense que capitaneia o Porto não se fez rogado.

Esta época, Benfica, Sporting e Porto já perderam no Municipal de Barcelos.

Benfica foge e Oliveirense sobe a segundo

O jogo de Barcelos que ditou a derrota do Porto - segundo à entrada para esta 14ª jornada - acabou ainda antes de terem início as partidas de Benfica (1º) e Oliveirense (3º), que assim entravam em pista com uma motivação adicional.

Em Valongo, também com o pavilhão lotado, o líder Benfica não tardou a adiantar-se no marcador, e ao intervalo já vencia por 1-5. Na segunda parte, dois golos do melhor marcador do campeonato, João Rodrigues, que assim selou um hat-trick, fecharam as contas dos encarnados, enquanto João Ramalho juntou o seu golo ao de Rúben Pereira, obtido na primeira parte, para o 2-7 final.

João Rodrigues apontou os golos encarnados na segunda parte
João Rodrigues apontou os golos encarnados na segunda parte

Em Riba d'Ave, a Oliveirense sentiu mais dificuldades para garantir os três pontos. A equipa da casa só quebrou nos últimos cinco minutos da primeira parte, quando Pablo Cancela não perdoou no livre directo a castigar a 10ª falta. O jogador galego bisaria sobre o intervalo, depois de Vítor Hugo Moreira não ter conseguido transformar a 10ª falta contrária... quando o Riba d'Ave já somava 14.

Na segunda parte, Cancela fez novo golo para o que parecia ser uma vantagem tranquila, mas a equipa treinada por Hugo Azevedo lograria chegar à diferença mínima, com golos de Nuno Pereira ("Micolli") e Tiago Pimenta, mantendo a incerteza no marcador até ao apito final.

O Benfica passa a somar 39 pontos e fica com cinco de vantagem sobre o Porto. A Oliveirense subiu ao segundo lugar, mantendo-se a três pontos do líder, mas agora com mais dois que os dragões.

Sporting escorrega em Valença

Sem poder contar com Guillem Perez no banco e o capitão João Pinto em pista - ambos a cumprirem castigo - o Sporting não foi além de um empate em Valença. Com Ângelo Girão a brilhar entre os postes, os leões até chegaram ao intervalo a vencer por 0-2, com golos de Pedro Gil e Daniel Oliveira ("Poka"). Mas na segunda metade da partida não voltariam a marcar. Privados também de André Centeno, sendo chamados os jovens Facundo Navarro e João Rodrigo Campelo, o Sporting acusou o banco "curto" e, nos nove minutos finais, viu o argentino Guido Pellizzari bisar, não tremendo a escassos 22 segundos do final quando bateu de livre directo o guarda-redes leonino para o 2-2.

Centeno falhou o reencontro com o Valença e com o ex-seleccionador angolano Orlando Graça, e o Sporting não foi além do empate
Centeno falhou o reencontro com o Valença e com o ex-seleccionador angolano Orlando Graça, e o Sporting não foi além do empate

Este ponto, conquistado perante uma excelente moldura humana, permite ao Valença descolar de Paço de Arcos e Candelária e sair da zona de despromoção. Para o Sporting, o empate é penalizador na classificação. Os leões ficam mais longe da liderança (a 10 pontos), perdem a oportunidade de encurtar (mais) distâncias para o Porto e ficam apenas com um ponto de vantagem sobre o Óquei de Barcelos,

Sanjoanense, Paço de Arcos e Candelária abaixo da linha de água

Em Viana do Castelo, a Juventude teve a partida mais tranquila da jornada. Goleou a lanterna-vermelha, Sanjoanense, por 9-1 e consolidou o seu sexto lugar, o mais isolado da I Divisão. Os vianenses estão a seis pontos da equipa à sua frente (Barcelos) e com cinco sobre a que se segue (Valongo).

A Sanjoanense continua no fundo da tabela, agora um ponto mais longe dos lugares da manutenção por via do empate do Valença.

Abaixo da linha de água estão agora também Paço de Arcos e Candelária.

Hélder Nunes (Porto), João Rodrigues (Benfica), Pablo Cancela (Oliveirense) e Ivo Silva (Tomar) assinaram hat-tricks.

O Paço de Arcos caiu por 6-5 nos minutos finais de um jogo emotivo em Turquel, com a equipa da casa a garantir os três pontos com um golo de Alexandre Marques ("Xanoca") a pouco mais de um minuto do final. A equipa da Linha terminaria com a ficha disciplinar em tons de azul, manchada com cinco cartões.

O Candelária não vence desde Outubro e também não foi em casa do regular Tomar que logrou mudar o rumo dos acontecimentos. A partida ainda esteve empatada a dois, mas o Tomar "fugiria" para o 4-2 final que lhe permite ficar a apenas um ponto do Valongo (7º, 17 pontos). Com a sua vitória, o Turquel passou o Riba d'Ave e é agora 9º com 14 pontos.

Jornada a três tempos

A 15ª jornada começa já a ser jogada na próxima quarta-feira, com o embate entre Porto e Juventude de Viana. A partida é antecipada por via da realização da derradeira jornada da fase de grupos da Liga Europeia no dia 18, que obrigará também ao adiamento dos jogos de Benfica (frente a Riba d'Ave), Oliveirense (Óquei de Barcelos) e Sporting (Valongo) para o dia 22.

O dia 18 fica reservado para a luta pela manutenção. Os três mais aflitos neste momento jogam em casa, com a Sanjoanense a receber o Turquel, o Candelária a defrontar o Valença e o Paço de Arcos a ter pela frente o Tomar.

AMGRoller Compozito

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