Benfica não destoa nos seis primeiros

Benfica não destoa nos seis primeiros

No fecho da 18ª jornada, o Benfica venceu em Turquel por 4-6, não destoando nos seis primeiros. Oliveirense, Porto, Sporting, Barcelos e Juventude de Viana já tinham vencido no sábado e, assim, fica tudo na mesma na frente.

Já conhecendo os resultados dos adversários directos na classificação, o Benfica chegou cedo à vantagem, com João Rodrigues a marcar de grande penalidade ainda não estavam cumpridos dois minutos de jogo. Perante um pavilhão repleto, os encarnados procuravam evitar o sobressalto do jogo da semana antes, para a Taça [ndr: 3-3 no tempo regulamentar] e o segundo golo, aos seis minutos, num contra-ataque de Diogo Rafael, dava outra tranquilidade. Dominador, o Benfica pressionava, criava oportunidades, mas pecava na concretização.

João Rodrigues inaugurou de grande penalidade, num remate rasteiro
João Rodrigues inaugurou de grande penalidade, num remate rasteiro

Aos 13 minutos, João Simões pediu um desconto de tempo para procurar a tendência da partida e os efeitos foram praticamente imediatos. Segundos após o jogo ser retomado, Luís Silva subiu pela esquerda e surpreendeu Guillem Trabal, de regresso após dois jogos de castigo, com um remate colocado ao primeiro poste.

A desvantagem mínima no marcador deu outro alento ao Turquel, mais atrevido a atacar, mas, a sete minutos do intervalo, André Pimenta viu azul por falta sobre Miguel Rocha e, de livre directo, Adroher reviveu o golo de ouro do jogo da Taça, voltando a não desperdiçar a bola parada. A equipa da casa teve oportunidade de reduzir logo de seguida, mas faltou-lhe a eficácia dos encarnados. No livre directo da 10ª falta das águias, Luís Silva tentou - sem sucesso - o remate directo.

Luís Silva apontou o primeiro do Turquel, no regresso de Trabal
Luís Silva apontou o primeiro do Turquel, no regresso de Trabal

A equipa da Aldeia do Hóquei pressionava mais alto na tentativa de reduzir a diferença no marcador e acabou surpreendida. A quatro minutos do intervalo, numa triangulação rápida, Nicolía serviu Miguel Rocha, que encontrou Valter Neves solto no coração da área para o 1-4 com que se chegaria ao intervalo.

Para a segunda parte, Diogo Almeida entrou para a baliza encarnada, para segurar defensivamente um quarteto de alta rotação atacante. Diogo Rafael, Miguel Rocha, Adroher e João Rodrigues desgastaram os adversários e chegaram mesmo ao golo, no entanto anulado a João Rodrigues. A valer foi o de Vasco Luís, de livre directo após azul a Miguel Rocha, que assim reduzia contra a corrente do jogo. Insurgiu-se um "filho da terra"...

Diogo Rafael remata para o segundo dos seus três golos
Diogo Rafael remata para o segundo dos seus três golos

Na resposta ao golo de Vasco Luís, Diogo Rafael encheu a pista daquela que foi a sua casa até 2004, quando o Benfica o chamou ainda com idade juvenil. Pressionou, roubou bolas, desequilibrou a defesa adversária. E, no que costuma ser a sua pecha, marcou. Aproveitou as facilidades da defesa contrária para, no seguimento de uma falta que o próprio tinha sofrido, fazer o 2-5 e, um minuto volvido, selou um hat-trick depois de pressionar na tabela de fundo atrás da baliza à guarda de Marco Barros. A mais de 16 minutos do final, a questão do vencedor parecia arrumada e João Simões pedia um minuto para focar a sua equipa e evitar o dilatar do marcador.

Samuel Santos negou um livre directo, uma grande penalidade e segurou dois minutos de
Samuel Santos negou um livre directo, uma grande penalidade e segurou dois minutos de "underplay"

O Benfica aliviou um pouco a pressão e, ainda sem Tiago Rafael, Pedro Nunes lançou João Sardo na rotação da equipa. No Turquel, Vasco Luís teria nova oportunidade da marca de livre directo, mas desta feita a bola foi com estrondo à barra e Diogo Almeida negou-lhe o golo na recarga. Na resposta, com azul a Pedro Vaz, Jordi Adroher e Samuel Santos entraram do banco para um duelo em versão livre directo e o guarda-redes levou a melhor, conseguindo inclusivamente manter a sua baliza inviolada nos dois minutos de "powerplay" que se seguiriam.

Para quebrar a toada de pressão, ainda que inconsequente, do Benfica, João Simões apostou em Tiago Mateus - um dos melhores marcadores do Nacional de Sub-20 - mas seria a irreverência de João Silva ("Janeka") a dar frutos.

Janeka bisou e trouxe alguma emoção aos minutos finais
Janeka bisou e trouxe alguma emoção aos minutos finais

O turquelense que também passou pela formação do Benfica, reduziu para 4-6 em dois lances de inspiração separados de apenas minuto e meio, primeiro a colocar ao segundo poste quase sem ângulo e depois a colocar sob Diogo Almeida no "cara-a-cara" com o guarda-redes encarnado, e deu alguma emoção aos minutos finais, até porque Samuel Santos regressara entre os dois golos para negar o tento de João Rodrigues de grande penalidade. Todavia, e apesar de entre os dois golos de Janeka, o Benfica controlou o que faltava jogar (quatro minutos e meio) e garantiu os três pontos.

No topo da classificação, o Benfica soma 47 pontos, menos um que Oliveirense e mais um do que FC Porto.

No final da partida, Pedro Nunes apontou a diferença de "apenas" dois golos como escassa, referindo ainda assim maior eficácia do que no jogo da Taça. Para João Simões, os momentos do 1-3 e do 2-5 foram preponderantes no desenrolar do jogo, dando os parabéns ao Benfica pela vitória, mas também ao público que marcou presença em peso apesar da posição na tabela classificativa não ser a melhor. A rectificar, agora que os jogos com Oliveirense, Porto e Benfica ficaram para trás.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia