Óquei de Barcelos repete conquista da CERS
Em defesa do título conquistado em 2016, o Óquei de Barcelos entrou melhor, pressionante. Mas seria o Viareggio a adiantar-se no marcador, com um golo de grande penalidade de Xavi Costa - a procurar a conquista da CERS pela terceira equipa diferente - aos cinco minutos. Logo no lance seguinte, Montigel viu o azul, mas Alvarinho, chamado do banco para fazer a sua "magia", não conseguiu iludir Leo Barozzi.
Os italianos sobreviveram aos dois minutos de "underplay" e procuraram baixar o ritmo de jogo. O Barcelos não conseguia contrariar a estratégia adversária, mas um azul a Gavioli valeria uma oportunidade soberana. Reinaldo Ventura atirou mal, ao lado, mas não perdeu o foco, e assistiu João Guimarães ("Joca") - que tinha "arrancado" o azul e o livre directo - para o empate.
Os pupilos de Paulo Pereira arriscaram no ataque, em busca da vantagem, mas foi o Viareggio que criou mais perigo, em ataques rápidos. Ricardo Silva seria preponderante para que a partida chegasse empatada ao descanso.
Ricardo Silva venceu a sua terceira Taça CERS. Antes da conquista de 2016 pelo Barcelos, tinha vencido em 2011 pelo Benfica.
O Viareggio entrou na segunda parte com nove faltas e com apenas minuto e meio cumprido, Alvarinho teve nova oportunidade perante Leo Barozzi. E ainda outra, porque o livre directo foi mandado repetir. Mas o guarda-redes italiano levou sempre a melhor.
Com a partida mais aberta, o Barcelos chegaria ao segundo aos quatro minutos, por Hugo Costa. Os italianos ainda reclamaram que a bola teria sido introduzida com a perna e não com o stick, mas em vão. O Barcelos assumia, merecidamente, a liderança do marcador.
Desde que há Final Four (2008), só por uma vez o anfitrião perdeu o jogo decisivo. Foi em 2011, em Vilanova, na conquista de Ricardo Silva pelo Benfica.
E os barcelenses poderiam ter dilatado a vantagem. A 16 minutos do final, Montigel viu o segundo azul na partida, numa grande penalidade sobre Hugo Costa, mas Luís Querido também não aproveitou, no que já era um poker de bolas paradas desperdiçadas pelos jogadores do Barcelos... Logo de seguida, a pressionar em superioridade numérica, o Barcelos chegou à 10ª falta. Voltou a valer Ricardo Silva, negando o golo de livre directo a Samuele Muglia.
O Óquei não aproveitou o powerplay e, pouco depois de estar reposta a igualdade em rinque, a vantagem mudava para o lado do Viareggio, na sequência de um azul - com o jogo parado - a Reinaldo Ventura. Mas, mais uma vez, não houve golos.
O treinador Paulo Pereira soma a conquista da CERS pelo Barcelos a um Campeonato Nacional e uma Supertaça pelo Valongo.
O Viareggio procurava o empate, com um crescente desequilibro táctico, e acabou por sofrer o terceiro. Barozzi foi infeliz após um remate cruzado de Ruben Sousa, e acabou por introduzir a bola na sua baliza para o 1-3. No entanto, a vantagem de dois golos não durou sequer um minuto... Na 15ª falta da equipa minhota, Mirko Bertolucci foi eficaz e repôs a diferença mínima, com largos - diria o Barcelos, curtos para o Viareggio - oito minutos para o fim.
Sobrou emoção... até ao minuto final. Rubio viu o azul e, chamado à tentativa de conversão, o bicampeão do Mundo de Sub-20, Vieirinha, não tremeu - ainda que num primeiro momento a bola parecesse fugir - e matou o jogo de picadinha, com o 2-4 final.
Embalado até à Final Four por Paulo Freitas, o Óquei de Barcelos conquista assim a Taça CERS pelo segundo ano consecutivo, terceira do seu historial depois da primeira conquista em 1995.
Domingo, 30 de Abril de 2017, 20h39