«Estamos focados no sonho que é a Liga Europeia»
O Reus é o segundo clube mais titulado da Liga Europeia, com sete conquistas, mas procura na Final Four de Lleida apenas o segundo título depois de 1972.
O clube rojinegro da região de Tarragona investiu forte para esta época, mantendo Salvat, Marin e Platero e juntando-lhes a inegável qualidade de Marc Torra, Albert Casanovas, Aleix Rodriguez e... Pedro Henriques.
O guarda-redes português tem sido um dos esteios de uma equipa a que vai faltando uma conquista. E, na semana antes da Final Four, no empate em casa com o Barcelona, o Reus entregou definitivamente o título ao Barcelona. Mas tal não desmoralizará as "tropas" às ordens de Enrico Mariotti, garante o "portero" ao HóqueiPT no lançamente de uma Final Four em que terá pela frente o Benfica nas meias-finais.
"Não penso que afecte em nada", assegura Pedro. "A OK Liga há uma semana atrás já era um objectivo quase impossível. Mesmo que ganhássemos ao Barça, sabíamos que eles tinham de perder os três jogos restantes", explica. "Estamos focados na Liga Europeia. É o sonho", afirma.
Depois de ter vencido a então Taça dos Campeões de forma sucessiva entre 1967 e 1972, o Reus só chegou ao sétimo triunfo - último à data - em 2009, na Final Eight em Bassano (Itália).
O Reus defronta o Benfica a partir das 19h30 locais, com transmissão televisiva em directo para Portugal pela RTP2.
"Acredito que seja o sonho mais apetecível por parte de todos os atletas e, portanto, é o foco principal", refere determinado. "É a oportunidade de podermos levantar um troféu este ano. Realizámos um percurso de excelência na Liga Europeia até aqui, estamos em segundo na OK Liga que disputámos quase até final, e há que lembrar que o Reus esteve presente em duas finais, apesar de não ter ganho", sublinha, aludindo às derrotas na Supercopa com o Liceo (2-1) e na Copa del Rey com o Barcelona (3-4).
A última conquista do Reus consumou-se numa final com o Vic, decidida no desempate por grandes penalidades. Pedro Henriques têm-se destacado neste tipo de decisões e nas Final Four de 2013 e 2016, ao serviço do Benfica, "afastou" assim o Barcelona nas meias-finais. Tal como este ano já foi fundamental no apuramento para a final da Copa del Rey (frente ao Vic) e para esta Final Four (frente ao Porto).
Com um percurso longo ao serviço do Benfica - que inclui a conquista de duas Ligas Europeias -, Pedro conhece todos os potenciais marcadores de grandes penalidades dos encarnados, incluindo o reforço João Sardo ou o recurso Gonçalo Pinto, chamado para o lugar do lesionado Tiago Rafael. Mas, antes de pensar nesse eventual duelo, o guarda-redes internacional que está cedido pelos encarnados relativiza o conhecimento que ele (e Marc Torra) têm do adversário.
"Conhecemos os jogadores, conhecemos a forma de jogar, mas eles também devem conhecer de igual forma o Reus", observa. "O facto de no Reus estarem este ano dois jogadores que no ano passado foram campeões da Europa pelo Benfica significa que não se tratará de uma equipa completamente desconhecida. E hoje em dia - com as transmissões que há dos jogos - não haverá vantagem para qualquer um dos lados", vinca.
Polémica nos bilhetes
O preço dos bilhetes tem marcado os dias antes da Final Four. A organização impôs um valor único de 30 euros - que dará acesso aos dois jogos das meias-finais e ao jogo da final - o que segundo Pedro Henriques demoverá alguns dos adeptos do Reus, fundamentais na eliminatória dos quartos-de-final com o FC Porto.
"O que vivemos no jogo contra o Porto já não se via há muitos anos, com a lotação completamente esgotada e a culminar no acesso à Final Four", recorda. "Sabemos que, com outras condições a nível de preços, poderíamos contar com o apoio de muita, muita, muita gente", enfatiza, lamentando, mas esperando apoio nas bancadas. "Toda a gente não irá, mas muitos marcarão presença", garante.
Sexta-feira, 12 de Maio de 2017, 16h51