Tiro de ouro de Barreiros coloca Oliveirense na final
A Oliveirense venceu o Barcelona por 0-1, com um golo de ouro de Ricardo Barreiros, já na segunda parte do prolongamento, apurando-se para a final da Liga Europeia pelo segundo ano consecutivo.
É uma nova oportunidade para a Oliveirense fazer história. Depois da final perdida em Lisboa em 2016, a equipa de Oliveira de Azeméis tenta novamente em Lleida conquistar pela primeira vez no seu historial a mais importante competição de clubes. Falta um passo...
A meia-final com o Barcelona, recém-coroado tetracampeão espanhol, foi de cautelas de parte a parte. Respeito pelo adversário. Receio pelo piso. Num jogo de poucas faltas - nenhuma equipa chegou às 10 apesar dos mais de 55 minutos jogados -, esteve mais perto do golo a Oliveirense numa primeira fase do encontro, mas o Barcelona seria mais perigoso na etapa complementar.
Puigbi e Sergi Fernandez foram sempre melhores que os adversários. Seguraram o atípico nulo no marcador até ao intervalo e depois até ao final do tempo regulamentar. No prolongamento de uma partida em que a forma como as equipas encaixaram fazia inveja ao parquet do piso, tudo parecia apontar para as grandes penalidades. Sem casos, sem azuis, sem bolas paradas...
Mas o capitão da Oliveirense fartou-se de tanta cerimónia. Se não tivesse havido avião, certamente o triatleta Ricardo Barreiros teria corrido, nadado e pedalado até Lleida. E se mais ninguém "queria" marcar, assumiu, tinha a segunda parte do prolongamento começado há 40 segundos, um remate para o golo de ouro a surpreender Sergi Fernandez, que terminaria em lágrimas já na bancada.
Festejou a Charanga - talvez uma centena, incansáveis no apoio à Oliveirense -, lamentaram os Sang Culé.
Na final deste domingo, a Oliveirense irá defrontar o Reus de Albert Casanovas, que há um ano jogou a final de Lisboa pela equipa orientada por Tó Neves. Albert chegou à Oliveirense em 2014, com o guarda-redes Xevi Puigbi no dealbar de uma nova era de forte investimento. O ano passado Tó Neves para assumir o comando técnico, e com ele chegaram Pedro Moreira e Ricardo Barreiros do Porto, bem como o internacional português João Souto. E este ano vieram outras estrelas: Nuno Araújo, Pablo Cancela, Jepi Selva e, quiçá a maior de todas, Jordi Bargalló.
Bargalló reencontrou Barreiros, depois de três anos juntos no Liceo, entre 2009 e 2012, onde a "coincidência" de, juntos, vencerem sempre uma competição europeia redundou numa Taça CERS e duas Ligas Europeias. E essa "coincidência" está agora apontada a uma quarta vez...
A tradição já não é o que era?
Sábado, 13 de Maio de 2017, 18h54