Reus conquista a Europa pela oitava vez
O Reus Deportiu conquistou a Liga Europeia, ao bater na final a Oliveirense por 4-1.
Ainda não se tinha percebido se a estratégia da equipa de Oliveira de Azeméis passava por um jogo cauteloso como na véspera com o Barcelona, já o Reus vencia por 1-0.
Este foi o oitavo título do Reus, 50 anos volvidos sobre o primeiro.
Raul Marin surpreendeu Xevi Puigbi e inaugurou o marcador com minuto e meio decorrido, determinando outro cariz ao jogo.
A Oliveirense procurou responder, com Jordi Bargalló a assumir em particular a condução do jogo, mas o Reus fechava bem os caminhos para a baliza à guarda de Pedro Henriques. Faltavam soluções numa partida que ia num crescente de intensidade, com parada e resposta, que levava a algumas discussões acaloradas em pista entre os jogadores.
Já nos dois minutos finais da primeira parte, a Oliveirense chegaria ao empate. Pedro Henriques ainda fez mais uma vez prova da sua especialidade na defesa de grandes penalidades - parando o remate de Ricardo Barreiros - mas não conseguiu evitar o golo de Pablo Cancela, de livre directo, após azul ao campeão do Mundo Matías Platero.
Pouco depois de restabelecida a igualdade, os nervos tomaram conta da pista. Para acabar com uma grande confusão, os árbitros Eccelsi e Fronte dividiram o mal pelas aldeias. Jepi Selva e Barreiros viram o azul do lado da Oliveirense, Torra e Casanovas juntaram-se a Platero, sendo precisa mais uma cadeira na zona de suspensões...
Os ânimos acalmaram, mas o intervalo chegou em boa hora.
Na etapa complementar, continuou a Oliveirense a tentar tomar conta do jogo, mas sem encontrar forma de ultrapassar uma sólida barreira formada por Albert Casanovas - ex-Oliveirense - e Matías Platero, nem outra intransponível na figura de Pedro Henriques.
Aos oito minutos, Albert Casanovas fez o 2-1. Capitão do Reus até tentar a aventura portuguesa, Albert pediu calma aos seus colegas. E aí esteve a chave da vitória "reusence".
A Oliveirense começava a tentar com o coração o que não resolvia com a razão, mas sem resultados. E a ineficácia da equipa de Tó Neves acabaria castigada pela extrema eficácia de Marc Torra.
O atacante catalão, que já vencera a Oliveirense na final de 2016, então ao serviço do Benfica, bisou em menos de um minuto e, com cerca de 10 para jogar, deu uma vantagem decisiva à sua equipa.
Tentou a Oliveirense. Mas longe de fazer perigar a conquista do Reus.
No final, Tó Neves e João Souto reconheceram que a Oliveirense esteve aquém do seu potencial, enquanto Raul Marín e Enrico Mariotti não cabiam, naturalmente em si de contentes, com um triunfo repleto de significado histórico.
O percurso
O Reus não teve um percurso fácil para garantir o triunfo final.
Integrado no grupo C, começou por vencer em Itália um Forte dei Marmi em reconstrução por 2-4. Venceu depois um Sporting também com muitas novidades por 3-2 e foi também pela margem mínima que venceu duas vezes os franceses do Quevert, tendo estado a perder em ambas as ocasiões.
A vitória na recepção ao Forte dei Marmi na quinta jornada, com mais uma reviravolta e por 7-5, selou o apuramento - e o primeiro lugar - para os quartos-de-final. No fecho da fase de grupos, chegou a derrota na visita aos leões, mas tal já não teria impacto nas contas finais.
Na antecâmara da Final Four, o Reus arrancou um empate no Dragão Caixa por 7-7 e, perante casa cheia, voltaram a empatar com os dragões em Reus. Nas grandes penalidades, brilhou Pedro Henriques.
E o guarda-redes português voltaria a brilhar nas "meias", desta feita no afastamento do Benfica, após uma igualdade a quatro.
Na final, o Reus defrontou pela sexta vez uma equipa portuguesa, tendo superado as quatro em prova.
Domingo, 14 de Maio de 2017, 17h12