Portugal e restantes favoritos seguem para as 'meias'
Foto de capa: Federação de Patinagem de PortugalPortugal garantiu o apuramento para as meias-finais com uma vitória sobre Moçambique por 2-6.
Numa primeira parte que foi a antitese da falta de eficácia de Portugal neste Mundial, João Rodrigues abriu as contas aos cinco minutos, na recarga depois de jogada de entendimento com Diogo Rafael, contrariando o bom inicio de jogo de Moçambique, a alinhar com cinco jogadores com experiência de I Divisão portuguesa.
Depois, a entrada de Gonçalo Alves foi determinante no desequilibrar do resultado. Aos 13 minutos e meio converteu uma grande penalidade (um dos pecados lusos neste evento) e serviu Ricardo Barreiros para o terceiro e Rafa para o quarto golo português.
Filipe Vaz (neste Mundial por Moçambique) e João Rodrigues alinharam por Portugal no Europeu de Sub-17 em 2006, em Sesimbra, às ordens do seleccionador Luís Sénica.
A vantagem conquistada pela equipa orientada por Luís Sénica dava uma tranquilidade que Portugal ainda não sentira neste Mundial. Mas a grande penalidade falhada aos cinco minutos por Gonçalo Alves e o golo de Marinho, aos sete, terá feito os portugueses pensar na reacção angolana no jogo com a Argentina, recuperando três golos de desvantagem. Dúvidas que terão sido dissipadas com o 1-5, por Reinaldo Ventura, a bater Carlos Silva numa meia distância fortíssima, a 14 minutos do final.
Nas 'meias', Portugal reencontra a Argentina. Às 11h30 de Portugal continental.
Portugal voltou a marcar de grande penalidade, a dez minutos do final, por Diogo Rafael, que veria o azul no lance seguinte. Marinho, melhor marcador da última edição da LegaHockey, principal campeonato italiano, bateu - na recarga - Nelson Filipe, que menos de dois minutos antes substituíra Ângelo Girão para o que faltava jogar.
Fixado o 2-6, não mais o marcador mexeu e Portugal reencontra a Argentina, agora no "mata-mata" das meias-finais, depois de uma derrota por 5-2 no jogo de estreia das duas equipas neste Campeonato do Mundo.
Espanha vs Colômbia
William Aristizabal colocou a Colômbia na frente com minuto e meio de jogo, na sequência de uma grande penalidade madrugadora, mas a vantagem não duraria. A mais-valia da Espanha prevaleceu e, cinco minutos depois, Adroher empatava, para Alabart (de regresso ao Barcelona após empréstimo ao Voltregà) e Burgaya (que reforçará a Oliveirense) fixarem o 3-1 que se registava ao intervalo.
Colômbia, orientada por André Torres, perdeu mas tem garantido o melhor lugar de sempre, entre os oito primeiros.
Na segunda parte, houve festival... de bolas paradas desperdiçadas. Nenhum dos três livres directos para a Espanha ou dois para a Colômbia deram golo. Foi excepção uma grande penalidade, executada com a habitual eficácia por Albert Casanovas. Antes do 5-1 final, Pau Bargalló apontara o quarto tento espanhol.
Argentina à beira do pesadelo
A Argentina "recebia" no Campeonato do Mundo uma selecção Angola vinda de um passeio pela Taça FIRS na primeira fase. E o favoritismo dos argentinos vingou na primeira parte: três golos marcados (dois de Nicolía, um de Ordoñez) e nenhum sofrido, dois azuis já mostrados ao angolano Humberto Mendes ("Big") e André Centeno a não conseguir marcar de grande penalidade na recta final da primeira parte.
Payero esteve nos Mundiais de 2013 e 2015 por Angola. E nos de 2003 e 2005 pela Argentina.
A maré estava claramente a favor da Argentina. Mas há mais marés que marinheiros...
Johe reduziu cedo, estavam decorridos pouco mais de dois minutos na etapa complementar. Desta feita, o azul saiu à albiceleste - a Reinaldo Garcia - e, apesar de Johe não conseguir converter o livre directo, André Centeno fez o 2-3 na sequência do lance e fixava a margem mínima com mais de 19 minutos para jogar.
A selecção de Dario Giuliani não encontrava maneira de voltar a bater Francisco Veludo... nem de grande penalidade, com Nicolía a tentar transformar. E Angola chegou mesmo ao empate.
Matías Platero é reforço do Sporting para a temporada que se avizinha. O golo que assinou afastou da disputa do título Mundial o seu futuro capitão, João Pinto.
A dois minutos do apito final, o argentino naturalizado angolano Martin Payero fez o 3-3 que levaria o jogo para prolongamento, e com nove faltas para cada lado.
Um possível livre directo já não valeria um "golo de ouro" (foi abolido), mas a décima falta não surgiria para nenhum dos lados nos 10 minutos de prorroga. Surgiria no entanto o golo da vitória argentina, com Matías Platero a marcar o 3-4 a três minutos do derradeiro apito a fazer suspirar de alívio toda uma nação.
A lotaria saiu aos italianos
A Itália eliminou o Chile e segue para as meias-finais, mas com maiores dificuldades do que se esperaria.
Os italianos marcaram cedo, por Domenico Illuzzi, mas o Chile de "Negro" Paez impediu sempre a "fuga" da Itália de Massimo Mariotti. Angel Vera igualou a um, e Nicolas Carmona a dois, depois de Illuzzi ter bisado.
A Itália terminou em quinto nos três últimos Mundiais.
Na segunda parte, os golos chegaram já nos últimos seis minutos. Giulio Cocco adiantou os italianos de livre directo, mas a resposta foi imediata, com Felipe Castro a marcar na recarga a uma grande penalidade.
Desde 2007 que a Itália não chegava às "meias" do Mundial. Na altura, em Montreux, perderia 6-0 com a Espanha.
E com a igualdade a três, seguiu-se para um prolongamento sem golos e depois para as grandes penalidades. Só com golos italianos. Cocco, Illuzzi e Malagoli marcaram e colocaram a Itália numa meia-final, 10 anos depois.
Meias-finais
As meias-finais têm lugar esta sexta-feira, estando definidos os seguintes encontros:
#FACTO Itália vs Espanha
#FACTO Argentina vs Portugal
Nesta sexta-feira serão disputados também os jogos relativos à segunda metade - do quinto ao oitavo lugar - do quadro principal.
#FACTO Chile vs Colômbia
#FACTO Angola vs Moçambique
Quinta-feira, 7 de Setembro de 2017, 14h05