Portugal - Espanha na decisão Mundial, 28 anos depois

Portugal - Espanha na decisão Mundial, 28 anos depois
Foto de capa: Federação de Patinagem de Portugal

Portugal regressa à final do Campeonato do Mundo 14 anos depois, e defrontará a Espanha, num decisivo duelo que não acontece desde 1989.

O jogo das meias-finais que colocou frente a frente Portugal e Argentina foi totalmente diferente daquele em que, na abertura do Mundial, os vigentes (agora, cessantes) campeões do Mundo bateram a selecção das quinas por 5-2.

Final joga-se às 18h30 locais (11h30 em Portugal continental) e tem transmissão em directo na RTP1.

Nesta meia-final, Portugal teve o jogo quase sempre controlado, apesar da selecção de Dario Giuliani ter mais posse de bola. Ao intervalo ainda não tinha havido golos e, logo no primeiro minuto da segunda parte, surgia um forte sinal da "mudança do vento". Gonçalo Alves viu o azul por falta sobre Nicolía, que o próprio jogador do Benfica - e capitão da Argentina - tentou transformar. Mas Ângelo Girão ganhou o duelo na bola parada, aspecto que fora decisivo no primeiro jogo entre os dois gigantes do Hóquei em Patins.

Portugal tinha sido afastado pela Argentina nas meias-finais nos últimos três Mundiais.

Nesse jogo, Portugal falhara quatro oportunidades soberanas. Mas não neste. Aos cinco minutos, uma falta de Matías Platero sobre João Rodrigues longe da bola valeu uma grande penalidade e Reinaldo Ventura - perante Pablo Gomez, que entrou para tentar a defesa - não falhou, como não falhara no decisivo jogo do fecho da fase de grupos com a França, e deu vantagem a Portugal.

Os argentinos dispuseram de três livres directos e uma grande penalidade, mas ficaram em branco.

Com um jogo mais expectante, a liderança no marcador caía que "nem ginjas" à equipa portuguesa, que poderia logo ter dilatado. Menos de um minuto volvido sobre o golo, Platero - herói argentino no prolongamento dos quartos-de-final - voltou a ser vilão, vendo o azul. Reinaldo Ventura assumiu a responsabilidade, mas de livre directo não teve a mesma eficácia. Foi, no entanto, a excepção.

A Argentina perseguia o golo, mas sem sucesso, com Ângelo Girão inultrapassável. E, à entrada dos últimos 12 minutos, Hélder Nunes assinou o 2-0.

Poderia a Argentina ter reduzido de imediato, com a décima falta portuguesa. Só que Girão - e nesta ocasião, o poste - não permitiram o golo a Lucas Ordoñez.

Os argentinos tinham de pressionar cada vez mais e a cinco minutos do fim, Reinaldo Garcia viu o azul quando Diogo Rafael saía em contra-ataque, oferecendo o livre directo a Portugal. Talvez não fosse nada que preocupasse Dario Giuliani no primeiro jogo, mas neste... Hélder Nunes fez o 3-0.

A Argentina soma cinco títulos mundiais, e nunca conseguiu defender o título com sucesso.

A albiceleste procurava o golo de todas as maneiras, sempre com Girão a escrever o desfecho à sua maneira. Sobrou espaço na meia pista argentina e Reinaldo Ventura surgiu solto na área e, num belo gesto técnico, assinou o 4-0. E Hélder Nunes repetiu a dose já sobre o apito, com o 5-0 depois de Nicolia (de grande penalidade) e Lucas Ordoñez (de livre directo) interpretarem o seu tango como o habitual fado português, não conseguindo concretizar.

Discretamente, pasito a pasito, Espanha na final

Não sendo tão veementemente apontada como candidata - surgindo abaixo de Argentina e Portugal - a Espanha selou a sua sétima presença consecutiva na final.

Na reedição da meia-final do Europeu de 2016, a Espanha teve cautelas para não deixar a Itália adiantar-se no marcador.

Meia-final entre Espanha e Itália foi arbitrada pelos portugueses Luís Peixoto e Miguel Guilherme.

Na altura, a equipa de Massimo Mariotti venceu com um golo solitário e madrugador do agora ausente Federico Ambrosio. Agora, a Espanha - pragmática e segura - adiantou-se no marcador aos 13 minutos, com um golo de Jordi Adroher, o único tento da primeira parte.

A Itália procurava o empate, mas sem conseguir assumir o jogo e sem a Espanha dar azo aos contra-ataques, tão do agrado da selecção transalpina.

A Espanha está na final pela sétima vez consecutiva. Nenhuma das anteriores seis foi frente a Portugal.

Na etapa complementar, logo aos dois minutos e meio, Albert Casanovas agravou a necessidade italiana de marcar. Mas, numa partida dividida, a estratégia de Alejandro Dominguez funcionou em pleno, com a Espanha a controlar todos os momentos. E contou com a ineficácia azzurra de bola parada.

Giulio Cocco desperdiçou o livre directo da décima falta espanhola e, já depois de Raul Marin ter feito o 3-0 - "encostando" após grande assistência de Pau Bargalló -, Malagoli desperdiçou uma grande penalidade.

Selando a vitória (e a qualificação) espanhola, logo depois de Malagoli não ter conseguido transformar o castigo máximo, Casanovas mostrou do outro lado como se faz, e bateu Gnata para o 4-0.

Angola e Colômbia disputarão quinto lugar

Entretanto, carregando o desânimo do não apuramento para as meias-finais, disputa-se o quinto lugar deste Mundial. E esse, já é certo, será histórico, com Angola e Colômbia a poderem alcançar a sua melhor classificação de sempre.

Angola venceu Moçambique por 3-6. Aos oito minutos, em lances consecutivos, Moçambique disparou para uma vantagem de dois golos, mas, com bis de João Pinto e de Payero (este ainda marcaria mais um), a equipa de Fernando Fallé já tinha virado para 2-4 antes do intervalo.

Em Sub-20, a Colômbia de André Torres já vencera o Chile de José Luis Paez por 4-3, mas perdera na atribuição do quinto lugar (1-6).

A Colômbia também teve de virar o resultado. O Chile esteve a vencer por 2-0 já na segunda parte, mas a Colômbia - a protagonizar às ordens de André Torres um tremendo campeonato - fez o empate e levou o jogo para prolongamento. E venceu.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia