Barcelos sexto, em trabalho de reconstrução
Perdidos alguns pilares da (dupla) conquista da Taça CERS, o Óquei de Barcelos terminou em sexto na Elite Cup antes de embarcar rumo a Viareggio com o sonho da Taça Continental nas bagagens.
Não há muitas equipas que desdenhariam ter um cinco inicial com Luís Querido, Vieirinha, Reinaldo Ventura e Alvarinho. E foram esses jogadores - para além do guarda-redes Ginho - que Paulo Pereira perdeu para a nova temporada do Óquei de Barcelos.
A tarefa de reconstrução não se adivinha fácil. Chegaram João Almeida (ex-Valongo), Juanjo López (ex-Cremona) e Marinho (ex-Follonica), sendo promovidos os jovens Afonso Lima e Pedro Silva.
No jogo de estreia na Elite Cup, o Barcelos repetiu nos "quartos" o duelo com o Sporting. Paulo Pereira desesperava desde cedo com os erros da equipa e não hesitou em pedir um desconto de tempo aos três minutos, imediatamente após o Sporting ter inaugurado o marcador. Aos sete, os leões ampliaram para 2-0 e aos 15 chegavam ao terceiro que, cedo, arrumava a questão do vencedor.
Nos ainda largos 10 minutos que sobravam na primeira parte e nos 25 de toda a segunda, nada de golos. Nem para os barcelenses, que assim acabaram a zero apesar de oportunidades de livre directo (Marinho) e de grande penalidade (Joca), nem para o Sporting, com Ricardo Silva a evitar o quarto leonino numa grande penalidade que Vítor Hugo tentou converter,
Frente ao Valença, o Barcelos conseguiria a única vitória no torneio. No primeiro dos seus dois dérbis minhotos [ndr: o Barcelos jogaria depois com a Juventude de Viana], a equipa de Paulo Pereira tardou em quebrar o enguiço dos golos.
O Valença adiantou-se aos seis minutos, com um golo de Zé Braga (que já representou os "galos"), e só a sete minutos do intervalo é que o Óquei festejou um golo nesta Elite Cup. E a festa foi logo a dobrar. Em dois minutos, e em dois livres directos, João Almeida bateu Rodolfo Sobral e virou o resultado antes das equipas recolherem ao balneário.
Foram felizes os derradeiros sete minutos da primeira parte, e também o seriam os primeiros sete da segunda. Zé Pedro elevou para 1-3 e João Almeida, a selar um hat-trick, fez o 2-4 depois de Zé Braga ter reduzido.
O Barcelos controlava a partida e defendia bem à frente de um seguro André Almeida (jogou toda a partida), espreitando ataques rápidos que prometem ser arma para a nova temporada. Outra arma apontada à nova temporada será Marinho, melhor marcador do último campeonato italiano, que fechou as contas em 2-5 a seis minutos do apito final.
Ainda assim, com um azul mostrado a Marinho pouco depois do seu golo, seria o guarda-redes André Almeida o garante da vitória. O irmão de João Almeida (que brilhara no ataque), brilhou no duelo com dois especialistas, não só defendendo o livre directo de José Braga, como negando o golo de grande penalidade a Luís Viana.
Quinto nos dois últimos campeonatos e quinto na primeira edição da Elite Cup, o Óquei de Barcelos voltava a estar na disputa por esse primeiro lugar atrás do poderio - também económico - de Porto, Benfica, Oliveirense e Sporting.
No embate com a Juventude de Viana, dificilmente as coisas poderiam ter começado melhor, com João Almeida a marcar ainda não estava jogado meio minuto, naquele que foi o seu quarto golo nos seis conseguidos pelo Barcelos nesta Elite Cup. Mas o Óquei não voltaria a marcar...
A Juventude de Viana virou o resultado ainda na primeira parte e, na segunda, consolidaria a vitória num livre directo - depois de azul a Juanjo López -, com o 1-3 que seria final. Nesta etapa complementar, o Barcelos viveu duas fases distintas.
Primeiro ficou a dever a si próprio o empate, desperdiçando livres directos por João Almeida e Zé Pedro. Depois evitou o avolumar do resultado, com Ricardo Silva - entrou ao intervalo - a evitar "males maiores" nas claras oportunidades de André Azevedo (livre directo e grande penalidade) e Emanuel Garcia (livre directo).
O sexto lugar em que o Barcelos terminou a Elite Cup serviu principalmente aos barcelense para prepararem a participação na Taça Continental. Num novo formato, a
equipa orientada por Paulo Pereira caiu nas nas meias-finais, mas - apesar da derrota - ficaram boas indicações. Frente à vice-campeão europeia, o Barcelos só caiu no prolongamento (2-4) depois de ter liderado o marcador até meio minuto do fim do tempo regulamentar.
No próximo dia 21, o Óquei de Barcelos recebe no Municipal o Turquel para o arranque do Campeonato Nacional da I Divisão.
Quinta-feira, 19 de Outubro de 2017, 7h55