Valença oitavo, na estreia na Elite
Em estreia, o Valença não fugiu ao último lugar da classificação final da Elite Cup.
Orlando Graça reconheceu uma preparação complicada e deficiente, sem conseguir reunir todo o grupo para os trabalhos planeados.
Com boas primeiras partes, a falta de preparação e as dificuldades tornavam-se mais evidentes nas segundas, sendo assim em todas as partidas do torneio.
Frente ao campeão nacional Porto, Rodolfo Sobral - muito bem em todo o evento - destacou-se desde cedo, e adiou o golo cerca de 20 minutos, incluindo as defesas a uma grande penalidade de Gonçalo Alves e um livre directo de Hélder Nunes (o guarda-redes conquistou a Taça Latina ao lado de ambos em 2014). Mas, quando o golo apareceu, foi a dobrar...
A cinco minutos do intervalo, e em meio minuto, o Valença ficava a perder 2-0. Nuno Pereira (reforço, ex-Riba d'Ave) reduziu, mas ainda antes do descanso, o Porto apontaria o terceiro.
Não se renderam os estreantes na Elite Cup. Mesmo sem o argentino Guido Pelizzari (chegaria para o segundo jogo) e sem o presidente/capitão Miguel Fernandes (que só chegaria para o terceiro), o Valença voltou a reduzir para a margem mínima logo aos três minutos da etapa complementar, com Zé Braga a marcar de livre directo. No entanto, o Porto não se intimidou...
Nos quatro minutos que se seguiram, Hélder Nunes bisou e elevou para um 5-2 que arrumava a questão do vencedor.
Zé Braga ainda voltou a reduzir - e novamente de livre directo - mas a derrota seria confirmada com duas grandes penalidades que o guarda-redes Carlos Silva (ex-Benfica) não conseguiu travar.
Em dérbi minhoto com o Óquei de Barcelos, Zé Braga (que já representou os "galos"), inaugurou o marcador aos seis minutos e, com mais uma bela primeira parte e uma grande exibição de Rodolfo Sobral, a equipa orientada por Orlando Gaspar esteve largos minutos na frente. Até faltarem sete para o descanso... Em dois livres directos, João Almeida bateu Rodolfo por duas vezes e deu a volta ao resultado.
O Barcelos, motivado pela reviravolta, entrou melhor na segunda parte e, em sete minutos, elevou para 2-4. Zé Braga bisou, mas os barcelenses fugiam no marcador...
Apesar de se notar a quebra na segunda parte, o Valença não deixou de ser uma equipa atrevida, não perdendo o foco. Fechava bem à frente de Rodolfo Sobral (que jogou toda a partida) e espreitava a saída rápida para o ataque. Faltariam os golos.
Já depois do Barcelos fazer o quinto, nem Zé Braga (de livre directo), nem Luís Viana (de grande penalidade) conseguiriam bater Ricardo Silva.
No derradeiro jogo da primeira participação do Valença na Elite Cup notava-se de sobremaneira o desgaste de duas partidas exigentes nos dois dias anteriores.
Ainda assim, apenas num minuto ao longo de todos os 25 da primeira metade da partida é que o Valença claudicou. Mas foi por duas vezes, comprometendo as aspirações a fugir ao último lugar.
Na segunda parte, apesar de tudo, seriam só as bolas paradas a ditar diferenças. Tiago Pereira desperdiçou já depois de o Valongo ter dilatado para quatro golos de vantagem com dois livres directos, e o 0-5 chegou também de bola parada, de grande penalidade.
Na recta final da partida, Luís Viana conseguiu o tento de honra do Valença, que podia não ter ficado só... mas, sobre o apito, Zé Braga não conseguiu repetir o sucesso dos jogos anteriores e desperdiçou um livre directo. O jogo terminaria com uma pesada derrota por 1-7.
O Valença começa este sábado o Campeonato Nacional no Parque das Goladas, em Braga, no regresso dos bracarenses à I Divisão. Com o claro e declarado objectivo da manutenção, os valencianos viverão uma época histórica além-fronteiras, participando na Taça CERS. Nos 16-avos, defrontam os austríacos do Wolfurt, primeiro em Portugal (4 de Novembro) e depois na Áustria (25 de Novembro).
Sexta-feira, 20 de Outubro de 2017, 22h43