Benfica triunfa e segue no pelotão da frente
O Benfica recebeu e venceu o Turquel por 4-0 em jogo a contar para a terceira jornada do Nacional da I Divisão.
Os jogos com a equipa da Aldeia do Hóquei são tradicionalmente complicados para os encarnados, e o desta quarta-feira não fugiu à regra. O Turquel, agora sob o comando técnico de Jorge Godinho - que como treinador no Benfica logrou os títulos nacionais de Sub-17, Sub-20 e da III Divisão -, urdiu uma teia defensiva eficaz e contou com um inspiradíssimo Marco Barros na baliza.
Sem golos, os minutos passavam e os visitantes ganhavam confiança. E arriscavam o contra-ataque. A nove minutos do intervalo, André Pimenta surgiu isolado e, meio minuto volvido, seria Luís Silva a protagonizar duelo individual com Pedro Henriques. O guardião encarnado venceu ambos os duelos, nas primeiras intervenções mais complicadas de uma exibição sem mácula.
Teve logo depois o Benfica soberana oportunidade de inaugurar o marcador. No entanto, de grande penalidade e sem muralha defensiva pela frente, Carlos Nicolía não conseguiu derrubar o muro Marco Barros.
A seis minutos e meio do intervalo, o Benfica completava a rotação, enquanto no Turquel só Tiago Mateus ainda não entrara. O jogo entrava numa fase mais mexida, quase anárquica, com mais momentos de emoção. Mas sem golos.
O nulo perdurou até ao sete minutos da etapa complementar. Antes, Daniel Matias vira o azul, deixando o Turquel em inferioridade numérica. Marco Barros voltou a ser "gigante" ao negar o golo de livre directo a Adroher, mas não evitaria depois o tento inaugural por Nicolía.
O Turquel acusou o golo, mas não baixou os braços. Só que Pedro Henriques "fechou a porta" e não permitiu que a reacção turquelense fosse traduzida em golos. À frente, Adroher consolidaria a conquista dos três pontos.
Aos 13 minutos, o atacante campeão do Mundo faria o segundo golo das águias de livre directo e, cinco minutos volvidos, depois de Nicolía recuperar a bola numa tentativa de Marco Barros em lançar o ataque, Adroher respondia com eficácia à assistência do argentino para o 3-0.
O resultado era já pesado para a exibição do Turquel e - já no último minuto - o Benfica ainda chegaria ao quarto tento. Miguel Vieira não conseguiu bater Marco Barros de livre directo, mas foi rápido a reagir e assistiu João Rodrigues para o ponto final no encontro.
No final, Jorge Godinho e Pedro Nunes concordaram que o Turquel não mereceria números tão duros e foram unânimes nos elogios aos dois guarda-redes. O técnico do Turquel perspectivou o embate da próxima jornada - este sábado - com o Porto, estando apostado em pontuar neste ciclo de jogos com os "três grandes" [ndr: na jornada seguinte, o Turquel joga no João Rocha] e confiando no apoio dos seus adeptos para o conseguir.
Quarteto na frente e a primeira "chicotada"
"Partida" por uma ronda de competições europeias, a terceira jornada do Nacional da I Divisão começou no passado dia 1 e só vai ficar concluída no dia 21, com a recepção do Porto à Juventude de Viana.
A jornada abriu com a primeira vitória do Paço de Arcos, por 6-4 frente ao Valença. Num jogo em que os minhotos lamentaram o critério da dupla de arbitragem, Gonçalo Nunes destacou-se com um hat-trick.
Igual resultado, e também para os primeiros três pontos somados, conseguiria o Infante Sagres na recepão ao Grândola, naquele que viria a ser o último jogo do técnico Quim Zé à frente dos alentejanos. Na estreia na I Divisão, o Grândola registou quatro derrotas em quatro jogos (antecipou o jogo da sexta jornada com a Juventude de Viana) e Nelson Mateus é o senhor que se segue.
Saída de Quim Zé, com quatro jogos realizados, é primeira a "chicotada psicológica" da época.
Na frente seguem Sporting, Benfica, Oliveirense e Barcelos só com vitórias, tal como o Porto, mas estes com menos um jogo. Enquanto o Benfica vencia na Luz por quatro golos sem resposta, os leões também logravam manter a sua baliza inviolada, vencendo por 6-0 o Tomar, sendo de sublinhar o hat-trick do capitão João Pinto.
Mais complicadas, e definidas nos derradeiros três minutos, foram as vitórias de Oliveirense e Barcelos. Em Oliveira de Azeméis, o Braga entrou a ganhar e no arranque da segunda parte repunha a igualdade, a dois, depois da reviravolta dos anfitriões. A tranquilidade para a equipa de Tó Neves surgiria apenas a dois minutos e meio do fim, com o 4-2 por João Souto.
Em Barcelos, a três minutos do fim, Óquei e Valongo empatavam a três. Seriam mais fortes os galos, que venceriam por 5-3, não largando o grupo da frente.
A próxima jornada
Quinta-feira, 9 de Novembro de 2017, 7h47