Embalados nos tentáculos de Egurrola
No quinto duelo esta temporada, o Barcelona levou a melhor sobre o Reus pela quarta-vez, a terceira numa meia-final. Depois das vitórias nas "meias" da Supertaça e da Taça do Rei, os "blaugrana" venceram agora por 2-4.
Um pouco à imagem da época do Porto que Barcelona e Reus já sabiam que esperava o vencedor na final, os "blaugrana" entraram fortes e aos dois minutos já venciam, num remate cruzado de Pau Bargalló, rasteiro e com pouca força, mas a trair Ballart. O Barcelona manteve a pressão alta, mas Marin não demorou a empatar a contenda - depois de um passe falhado de Alvarez de que o mesmo se penitenciaria em conferência de imprensa -, voltando tudo ao início, mas com 1-1 no marcador, aos três minutos e meio.
Em partida arbitrada pelos portugueses Paulo Rainha e Joaquim Pinto, continuou a assumir mais o jogo o Barcelona, reforçando-se essa tendência quando Edu Castro e Jordi Garcia começaram a procurar alternativas no banco.
Com mais e melhores soluções - apesar da ausência, por castigo, de Gual - o Barcelona chegaria à vantagem de grande penalidade, a seis minutos e meio do intervalo. À atenção dos adeptos da Oliveirense, Xavi Barroso não deu perdoou. E, minuto e meio volvido, à atenção dos adeptos do Benfica, Lucas Ordoñez saiu em contra-ataque e colocou - bonito - sobre Ballart para o 1-3.
Eram os minutos decisivos do jogo. Um minuto após o golo de Ordoñez, menos de três depois do de Barroso, Pablo Alvarez "arrancou" uma picadinha para o 1-4 que tornava a tarefa do Reus hercúlea.
No entanto, o detentor da Liga Europeia não baixou os braços. Candid Ballart disse presente ao negar, de livre directo, novo golo a "Pablito" e o Reus assumiu o jogo, a que deu um cariz de "bola cá, bola lá" muito pouco ao gosto do metódico Barcelona. E os "blaugrana" até deixaram Sergi Fernandez, imperial na primeira parte, no banco (a fazer gelo no braço direito). Só que o substituto - um rapaz jovem, como lhe apelidaria Edu Castro no final - por alguma razão tem mais Ligas Europeias que qualquer outra equipa, se se exceptuar o Barcelona.
Aitor Egurrola, o "Polvo", o jogador mais galardoado do Hóquei em Patins, negou o golo de livre directo a Marin aos três minutos da segunda parte. E outro aos sete. E negaria um a Alex Rodriguez aos 14. E ainda outro a Marin, já a cinco minutos do fim... O Reus marcaria, em superioridade numérica depois de azul a Pau Bargalló, ainda com mais de 16 minutos para jogar, mas a exibição de Egurrola não permitiu que fossem mais além.
Nos derradeiros dois minutos, Jordi Garcia apostou as "fichas" todas, jogando sem guarda-redes. Mas, apesar de conseguir vários remates sem perder a posse de bola, o Reus não lograria criar real perigo perante um Barcelona com as suas fileiras bem cerradas.
O Barcelona avança assim para mais uma final, onde não estava desde 2015. Fosse outra equipa e não seria "dramático", mas este Barcelona, com 21 títulos já conquistados, não costuma estar muitas edições a ver outros levantar o troféu... O duelo para a 22ª conquista e para encerrar uma temporada perfeita é com o Porto e tem início agendado para as 12h30.
Domingo, 13 de Maio de 2018, 10h33