Vitória expressiva leva Portugal às 'meias'
Portugal está nas meias-finais depois de uma vitória folgada frente a Inglaterra por 2-14.
A vitória na véspera - sobre a França e no grupo A - permitiu a Portugal encarar a partida dos quartos-de-final, como quarto do grupo B, com tranquilidade. Mas seriedade e foco.
Sem repetir os erros do jogo frente aos gauleses, o seleccionado português foi assertivo e, aos seis minutos, adiantou-se, num remate forte de Hélder Nunes. A Inglaterra ainda logrou um empate que desorientou um pouco a equipa portuguesa, com o inevitável Alex Mount a bater Pedro Henriques. Mount criou, quase a solo, um punhado de ocasiões para novo golo, mostrando-se o jogador da Sanjoanense num patamar claramente acima dos restantes. Mas não voltaria a marcar. E, aos dez minutos, Jack Tucker viu um azul que comprometeria a boa reacção inglesa.
Chamado ao livre directo, Rafa [surgiu no cinco inicial no lugar do condicionado Gonçalo Alves] alinhou pela malapata da selecção e não conseguiu bater Allander, mas, num "powerplay" atacado com tranquilidade, Diogo Rafael faria o segundo das contas portuguesas. Um minuto volvido, Rafa, num excelente movimento em rotação, fez o 1-3 e não mais Portugal sairia da frente do marcador.
Luís Sénica já pensava noutro objectivo, o de gerir o esforço da sua equipa para uma meia-final em que já sabia que defrontaria a Itália. E contou com um Vítor Hugo letal para poder mexer nas peças como entendesse.
O atacante, agora com 33 anos, só estivera num Europeu, em 2006, tendo conseguido sete golos em cinco partidas. E, depois de um golo a Andorra e dois à Áustria, igualou o registou. Apontou dois golos na recta final da primeira parte, ambos a passe de Henrique Magalhães, seu companheiro no Sporting (e com o treinador Paulo Freitas a ver na bancada), e outros dois após o reatamento, nos primeiros quatro minutos. Entre os quatro tentos de Vítor Hugo, destaque para o 1-6, que abriu a segunda parte, conseguido de livre directo, algo que, entre muitas oportunidades, só Hélder Nunes conseguira... no jogo inaugural.
Portugal enfrentava agora Oakes na baliza, o que é muito diferente de enfrentar "Tommy" Allander. Principalmente se a defensiva já não cooperar como na primeira parte. Ainda nos primeiros cinco minutos, Daniel Oliveira ("Poka"), faria o 1-8, num remate cruzado, e a vantagem foi aumentando. Gonçalo Alves apontou o nono e Poka fez o décimo, antes da Inglaterra voltar a marcar, a 15 minutos do final, por Jack Tucker.
A selecção orientada por José Carlos Amaral teve nova oportunidade a meio da segunda parte, depois de um azul (incompreensível) a Gonçalo Alves, claramente o jogador com a sorte avessa na selecção nacional. Mount não aproveitou o livre directo e Gonçalo regressou à pista depois de um "underplay" bem gerido, mas teria de sair após nova pancada no joelho, no local onde sofrera na véspera.
A partida caminhava para o final, mas ainda faltava nos números o contributo de João Rodrigues, cada vez mais destacado na lista de melhores marcadores. À entrada dos cinco minutos finais, João marcou três golos em dois minutos e chegou aos 21 golos na prova, liderando entre os goleadores com mais sete tentos - e até menos um jogo - que Raul Marin. Poka fechou as contas da partida, completando um hat-trick.
Na meia-final, Portugal defronta então Itália, que venceu Andorra por 2-6, com dois golos de Illuzzi, aparentemente recuperado da pubalgia que o afastou dos primeiros jogos. O jogo será uma reedição da final de Oliveira de Azeméis, que culminou no 21º título português, e está marcado para as 22h locais, com transmissão em directo na RTP1.
Sábado, 21 de Julho de 2018, 7h14