Ausências notaram-se, mas teste foi bom para Benfica e Lodi
O Benfica apresentou-se esta quarta-feira aos seus adeptos com uma vitória por 5-4 sobre o bicampeão italiano Lodi.
O treinador Pedro Nunes sublinhou os tempos diferentes de preparação das duas equipas, com o Lodi a já ter estado na discussão - a duas mãos - da Supercoppa e a iniciar o campeonato este sábado, uma semana antes do Benfica iniciar o seu.
Pedro Nunes descreveu “um bom jogo, frente a um bom adversário”, com uns primeiros minutos em que o Benfica não se encontrou, mas em que, depois, a exibição foi em crescendo.
Tal como na Elite Cup, os encarnados voltaram a actuar sem Lucas Ordoñez e Carlos Nicolía, numa ausência que já se prolonga há duas semanas. O técnico encarnado reconheceu que, em jogo, perde-se criatividade ofensiva, mas, para lá disso, se perde tempo na aquisição de rotinas.
No entanto, Pedro Nunes vincou estar agradado com a boa resposta dos restantes jogadores, ainda que obrigados a um tipo de jogo diferente, mas a mostrarem crescimento nos momentos defensivo e ofensivo das partidas.
O jogo entre Benfica e Lodi, numa quarta-feira, às 21h30, teve pouco público, mas Pedro Nunes, sem esconder que gostava de ter tido mais público, não se mostrou desiludido, até porque à mesma hora, num jogo já a valer, o Benfica defrontava o Sporting em andebol. E não deixou de fazer um apelo aos adeptos, para que o longo caminho que se inicia a 14 de Outubro – com a deslocação ao João Rocha para mais um Dérbi Eterno – seja feito em conjunto.
Vitória em jogo bem disputado
No seu jogo de apresentação, que pecou pelo pouco público presente, o Benfica começou sem reforços no cinco inicial, alinhando com Pedro Henriques, Valter Neves, Diogo Rafael, Miguel Vieira e Jordi Adroher. E sem Nicolía e Ordoñez, que nem equiparam para o jogo, sendo chamado à equipa o sub-20 João Maló.
O Lodi, vindo da conquista da Supercoppa, entrou melhor, marcando aos três minutos e meio, com Alessandro Verona a isolar Andrea Malagoli.
Mesmo sem Luís Querido, o Lodi mostrava o seu mais adiantado de preparação, e controlou a primeira fase da partida. No entanto, aos oito minutos, Jordi Adroher empatou e o Benfica cresceu – inicialmente com permissão do Lodi – em pista, de forma ainda mais vincada com as entradas de Miguel Rocha e dos reforços Albert Casanovas e Xavi Cardoso.
O campeão italiano e o vice-campeão português polvilhavam a partida com alguns bons momentos, mas mais golos só se veriam na recta final da primeira parte. Acelerando o jogo à entrada dos derradeiros três minutos antes do descanso, o Lodi chegou ao 1-2 com uma bonita jogada de entendimento, com “Checco” Compagno a finalizar. Mas Miguel Rocha, o mais vertical dos encarnados, sempre apontado à baliza de Grimalt, viraria antes do intervalo.
O atacante que é filho de António Rocha, que foi figura no Amatori Lodi de outros tempos, restabeleceu a igualdade num remate forte e, depois de pressão alta com Diogo Rafael, virou o resultado num remate praticamente sem ângulo.
A segunda parte começou praticamente com o quarto dos encarnados, com Adroher a rematar fraco, mas Grimalt a ficar mal na foto. “Vingou-se” do seu guarda-redes o capitão Domenico Illuzzi, reduzindo num remate fortíssimo de meio campo aos quatro minutos.
A partida seguia agradável de seguir, apesar de escassearem as oportunidades de golo. A 14 minutos do final, Diogo Rafael – possivelmente o melhor da noite a par de Miguel Rocha – regressou à pista para fazer o 5-3, num golo à meia-volta na área transalpina. Um minuto depois, o reforço Juan Fariza, num remate forte, reduziu para o 5-4, que seria final.
Notas adicionais apenas para a entrada de Marco Barros (“Tuga”) após o quarto tento italiano, a levar o jogo até final sem sofrer golos, e para a derradeira oportunidade da partida, com Miguel Rocha a falhar o hat-trick de livre directo (10ª falta) a pouco mais de um minuto do término do encontro.
Sábado, 6 de Outubro de 2018, 11h23