Uma conquista incontestável
O Paço de Arcos emergiu da sétima edição da Eurockey Cup de Sub-15 como novo campeão, mas – mais do que isso – como sério candidato ao título nacional do escalão.
A equipa que teve o guarda-redes José Caldeira e os goleadores Filipe Martins (16 golos apontados) e Diogo Pernas (15) como figuras maiores, vem de dois títulos nacionais de Sub-13 e de um vice-campeonato de Sub-15 em que estiveram na disputa até ao derradeiro instante.
Anteriormente sob a alçada de José Miguel Dantas (actual treinador do Oeiras) e agora sob orientação do ainda jogador Nelson Ribeiro, a equipa da Linha apresentou-se em Vilanova i la Geltrù sob o comando técnico de Pedro Ramos e foi categórica.
Na fase de grupos, a equipa venceu a frágil equipa do Recklinghausen por 24-0, impondo a organização um “tecto” de 10 golos de diferença para o resultado final oficial. Durou menos de três minutos o nervosismo da entrada em competição, partindo a equipa para 13 golos em 12 minutos só na primeira parte…
O segundo jogo foi o mais complicado de todo o torneio. O GEiEG colocou à prova a segurança de José Caldeira e o resultado final de 3-1 só seria definido nos derradeiros dois minutos de jogo, depois da equipa “sobreviver” a dois azuis, respectivos livres directos e momentos de “underplay”.
A fechar a fase de grupos, a vitória sobre os italianos do Viareggio por 0-5 serviu mais para descomprimir antes da fase final.
Nos quartos-de-final, a equipa ultra-defensiva do Thiene teve aplicada a “chapa 5” que o Paço de Arcos estabeleceu como bitola para os adversários italianos, num desfecho definido ao intervalo [a equipa da Linha já vencia por 4-0] que permitia “repousar” para o embate das “meias” com o La Vendéenne.
Os gauleses, uma equipa física, aguerrida e bem organizada, impunham a oito minutos do apito final um empate a uma bola que – não obstante o Paço de Arcos ter arrancado para uma vitória final por 4-1 – constituía vários feitos. Nenhuma outra equipa aguentou tanto tempo sem estar em desvantagem com a equipa de Pedro Ramos, nem nenhuma outra logrou restabelecer a igualdade depois do Paço de Arcos se colocar em vantagem. De resto, a equipa da Linha nunca esteve em desvantagem neste torneio…
Chegado o decisivo momento da final, a resposta foi cabal e convincente. Ao intervalo, com uma vantagem de quatro golos e uma exibição segura do Paço de Arcos, já ninguém acreditava na reviravolta de um Vilanova campeão da Catalunha, campeão de Espanha e a jogar perante o seu público. Para a história fica um resultado final de 6-1 que foi o mais desnivelado de todas as edições da competição
O Paço de Arcos terminou com seis vitórias em outros tantos jogos, 47 golos marcados e apenas três sofridos. No final, Filipe Martins, melhor marcador e incluído no Cinco Ideal do torneio, Diogo Pernas, MVP da final, e o técnico Pedro Ramos fizeram uma breve análise ao evento.
Sexta-feira, 9 de Novembro de 2018, 7h29