Vai faltando 'um bocadinho assim...'
Esta quarta-feira, a Oliveirense recebe o Porto no Salvador Machado e tenta contrariar sucessivas “traições” nas rectas finais das partidas, que custam pontos. A Oliveirense tem mostrado bom Hóquei, mas tem pecado na hora de “matar” os jogos.
Em sexto ao cabo de cinco jornadas, mas a apenas dois pontos do líder Porto, a Oliveirense de Renato Garrido deve apenas a si própria outra classificação e outro estado anímico, depois da derrota para a Liga Europeia na pista (emprestada) do Follonica.
Jogo entre Oliveirense e Porto é às 21h, com arbitragem de José Pinto e Rui Torres, e tem transmissão em directo no Porto Canal.
Tem sido um arranque de temporada de “quases”.
Ainda a fechar a pré-temporada, a Oliveirense chegou, pela primeira vez, à final da Elite Cup. Na meia-final chegou a estar a vencer o Benfica por 1-5, mas deixou-se empatar. Ainda passaria para a frente com um golo do reforço Marc Torra, mas o seu ex-jogador Albert Casanovas restabeleceria a igualdade, forçando o apuramento apenas nas grandes penalidades. Foi um final feliz de jogo, mas, ficando o “susto”, não ficaria a “lição”.
Na final com o Sporting, chegou a uma vantagem de 3-1 e, novamente, deixou-se empatar. Emanuel deu vantagem, mas, nos derradeiros dois minutos, Raul Marin deu a volta ao marcador, “roubando” o troféu.
Começado o Campeonato, o primeiro grande teste surgiu à terceira jornada, com a recepção ao Benfica. Num jogo em que os guarda-redes estiveram em destaque, Jorge Silva deu vantagem a dois minutos do intervalo. Mas os três pontos – ou mesmo um - voltariam a escapar… O Benfica empatou a seis minutos do apito final e concretizou a reviravolta no último minuto.
Duas jornadas volvidas foi a vez da deslocação ao João Rocha. A Oliveirense voltou a adiantar-se com golo de Jorge Silva, registando-se um empate a uma bola ao intervalo. No reatamento, dois golos de Jordi Bargalló valiam uma vantagem de 1-3 a 18 minutos do final, mas – mais uma vez – a vantagem escapou. A equipa recuou (demasiado) e os campeões nacionais reduziram com cinco minutos e meio para jogar. E chegaram ao empate já dentro dos derradeiros três minutos.
No último fim-de-semana, a malapata da recta final das partidas estendeu-se à Liga Europeia. Frente ao Follonica, em jogo da segunda jornada do grupo A, a Oliveirense reagiu bem ao golo de Marco Pagnini a quatro minutos do intervalo. Ricardo Barreiros empatou ainda na primeira parte e consumou a reviravolta no início da segunda.
David Gelmà fez o 2-2 ainda com largos 14 minutos para disputar e, quando um ponto além-fronteiras já parecia positivo, David Banine deu a vitória á equipa de Enrico Mariotti. Faltavam jogar 38 segundos…
Repetir 2010/11
Para tentar contrariar a malapata, a Oliveirense não podia ter pior adversário pela frente. O Porto é líder, isolado, e não perde com a equipa de Oliveira de Azeméis para o Campeonato Nacional desde Janeiro de 2011, garantindo sempre os dragões – no Salvador Machado ou no Dragão Caixa - a vitória desde esse jogo, à excepção de um empate, a seis bolas, na temporada de 2016/17, em Oliveira de Azeméis.
Nesse jogo, também disputado numa quarta-feira, Nuno Araújo (bisou), Tiago Losna e Nuno Resende, hoje treinador do Lodi, marcaram para a equipa então orientada por Tó Neves, enquanto Reinaldo Ventura (também a bisar) e Gonçalo Suissas marcaram para os azuis-e-brancos. O Porto, então sob o comando de Franklim Pais, ia, apesar da derrota, a caminho do mais um título – o último – do histórico “deca”.
Pelo meio, a Oliveirense venceu para a Taça de Portugal (2014/15) e para a Liga Europeia (2015/16), mas não mais para a prova máxima do calendário nacional.
Quarta-feira, 21 de Novembro de 2018, 8h27