Em busca de uma página na História

Em busca de uma página na História

Na pretérita temporada, a equipa feminina da Stuart Hóquei Clube de Massamá chegou às meias-finais da Liga Europeia. Repetir o feito é uma missão quase impossível. Ainda que seja com “quase impossíveis” que começam os contos de fadas.

A sorte foi madrasta e ditou que a adversária da Stuart fosse nada menos que o Voltregà, vencedor da prova máxima feminina a nível europeu em cinco das 12 edições realizadas, e em duas das últimas três.

Tânia Freire, com oito golos, é a melhor marcadora da Stuart no Nacional
Tânia Freire, com oito golos, é a melhor marcadora da Stuart no Nacional

Na deslocação à Catalunha, na primeira mão, a Stuart chegou ao intervalo a perder por “apenas” 3-2 – chegou a estar a vencer 1-2 -, mas claudicaria por um 8-3 final, muito por culpa de Judit Burgaya, autora de cinco dos golos das catalãs. A campeã do Mundo Berta Tarrida bisou e Maria Anglada assinou o outro golo, penalizador para a exibição da equipa portuguesa, que lograria marcar por Sofia Moncóvio, Tânia Freire e Sofia Contreiras.

Sofia Moncóvio
Sofia Moncóvio

O Voltregà viaja para Portugal sem a maestro Adriana Gutierrez, que está com a selecção argentina, mas a missão da equipa que conta com Sofia Moncóvio e Ana Catarina Ferreira – presentes no último Campeonato da Europa por Portugal – não se avizinha nada fácil. A reviravolta garantir-lhes-ia um lugar na História.

Jogo entre a Stuart e o Voltregà, no pavilhão João Campelo, é às 16h deste sábado.

A Liga Europeia feminina começou a ser disputada em 2006/07, assumindo o formato actual de eliminatórias consecutivas em 2008/09. Nas 10 edições a eliminar, apenas em cinco eliminatórias é que houve reviravoltas depois de uma derrota na primeira mão.

Ana Catarina Ferreira
Ana Catarina Ferreira

Em três dessas ocasiões, a diferença anulada era mínima (um golo). Em 2014, o Bassano anulou uma diferença de dois golos frente ao Diessbach e o maior feito – até agora – no capítulo das reviravoltas é das francesas do Noisy Le Grand, nos quartos-de-final da edição 2012/13, quando anularam uma desvantagem de três golos perante o Igualada.

Há, no entanto, registo de uma equipa que logrou recuperar de uma desvantagem de cinco golos… caindo no tempo extra pelo agora “banido” golo de ouro. Essa equipa foi precisamente o Voltregà. Derrotadas por 8-3 na Luz, as catalãs venceram na segunda mão por 6-1, mas não evitariam que as encarnadas seguissem para a Final Four, acabando mesmo por conquistar o título.

Em 2015, o Voltregà recuperou na segunda mão dos quartos-de-final de uma desvantagem de cinco golos… mas seria afastado em golo de ouro
Em 2015, o Voltregà recuperou na segunda mão dos quartos-de-final de uma desvantagem de cinco golos… mas seria afastado em golo de ouro

Agora, na página da História que a Stuart tenta escrever, já não estará a treinadora Andreia Barata, numa saída anunciada de forma lacónica na página do clube no Facebook no passado dia 22 de Novembro. A saída, por iniciativa da treinadora que conduziu a equipa à Final Four na pretérita temporada, aconteceu depois da derrota com o Benfica, o único desaire na Zona Sul da primeira fase do Nacional feminino, em que a Stuart ocupa o terceiro lugar, atrás de Benfica e CACO.

Andreia Barata é baixa no comando técnico
Andreia Barata é baixa no comando técnico

Nos quartos-de-final, o vencedor da eliminatória entre Stuart e Voltregà terá pela frente o mais forte entre Benfica e Coutras. As encarnadas venceram na primeira mão, em França, por 1-4, e partem claramente favoritas para o jogo perante o seu público, este sábado, a partir das 20h30.

AMGRoller Compozito

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