«Estaremos lá, para discutir o apuramento»
O Campeonato Africano das Nações realiza-se, depois de muita indefinição, entre os próximos dias 8 e 10 de Março, no Pavilhão Multiusos do Kilamba, em Luanda.
Qualificativo para o Campeonato do Mundo, nos World Roller Games de Barcelona, em Julho próximo, esta prova africana definirá quem ocupará a última vaga no principal evento, juntando-se a Espanha, Portugal, Itália, França, Argentina, Chile e Colômbia. Na corrida estão o Egipto, Angola e Moçambique.
Quarto lugar de Moçambique em 2011 foi o melhor de uma equipa africana num Mundial.
Pedro Nunes regressa ao banco moçambicano. O técnico que em 2011 conduziu aquela selecção africana a um extraordinário quarto lugar, foi substituído por José Querido em 2013, regressaria em 2015 para um sétimo lugar, mas, ainda que estando na preparação da equipa, acompanhou ao longe – pelo compromisso com o Benfica – o Mundial de 2017, na China. Moçambique terminaria em oitavo.
Agora, a presença entre as melhores selecções do Mundo passa por uma fase de apuramento, este Africano das Nações.
Ao HóqueiPT, Pedro Nunes não deixou de reconhecer algum favoritismo angolano. “Acho que a decisão há-de ser no jogo entre Angola e Moçambique e Angola tem todas as vantagens”, reconheceu, detalhando. “Para além de estar a disputar a competição em sua casa, tem uma estrutura de selecção muito mais pensada, mais organizada. Isto para além da qualidade inequívoca dos jogadores que compõem a selecção de Angola”, sublinhou.
Fernando Fallé, seleccionador angolano, tem trabalhado com os jogadores “nacionais”, recebendo esta semana os reforços europeus: João Pinto (Sporting), André Centeno (Valdagno), Martin Payero (Liceo), Humberto Mendes (“Big”, Noia) e o guarda-redes Francisco Veludo (Vercelli).
Para tentar colocar o quinto classificado de Nanjing fora do próximo Campeonato do Mundo, Pedro Nunes aposta também em jogadores do Velho Continente, em particular de Portugal. Ao guarda-redes (e treinador) dos suíços do Diessbach Carlos Silva, juntam-se Filipe Nabais (Sesimbra), Filipe Vaz (Marinhense), Bruno Pinto (“Serôdio”, Riba d'Ave) e Mário Rodrigues (“Marinho”, Alenquer e Benfica). Também falados para acompanharem a selecção moçambicana, Nuno Araújo (Valongo) e Pedro Martins (Tomar) ficaram “presos” aos trabalhos nos seus clubes.
“Vamos no sentido de contrariar o favoritismo de Angola, mas vamos com algumas limitações. Há a ausência do Nuno Araújo e do Pedro Martins, que era para ir também, e que não podem dar o contributo, e de mais alguns jogadores que jogam em Moçambique que não podem estar presentes nesta altura por motivos profissionais”, lamenta. Mas sem baixar os braços. “De qualquer das formas, também temos os nossos argumentos e, dentro de uma estrutura organizada e com grande consciência estratégica, estaremos lá, para discutir o apuramento”, concluiu.
A completar o grupo às ordens de Pedro Nunes estarão jovens jogadores, entre os 17 e 20 anos: Keven Pimentel, Pedro Pimentel Júnior, Rafael Elias, Michel Machaul, Maifred Calanje e o guarda-redes Alfredo Mandlate.
Campeonato Africano de Nações 2019
Sexta-feira, 8 de Março
• Angola vs Egipto • 18h
Sábado, 9 de Março
• Moçambique vs Egipto • 17h
Domingo, 10 de Março
• Angola vs Moçambique • 17h
Quarta-feira, 6 de Março de 2019, 13h11