Hora de alguém se chegar à frente...
Esta quarta-feira termina o prazo para a entrega de candidaturas à organização da Final Four da Liga Europeia.
Para já, apesar desta prometer ser a Liga Europeia mais mediática de sempre, ainda nenhum dos quatro semifinalistas – que têm prioridade sobre outras propostas – se chegou à frente.
O prazo termina às 23h59 de Portugal continental, quando for perto da 1h em Espanha, e o primeiro critério não podia ser mais claro: quem oferecer mais acima dos 10 mil euros fica com a organização.
Todos os anos há ecos de hipotéticas restrições a que a prova seja organizada consecutivamente pelo mesmo organizador ou numa mesma cidade ou país, mas o critério que se sobrepõe a todos os outros é meramente financeiro. Como tal, não há qualquer impedimento a que, por exemplo, o Porto voltasse a arrebatar a organização, que teve em 2018.
Caso surjam propostas, a decisão do comité europeu sobre a entrega da organização da Final Four deverá ser conhecida na manhã desta quinta-feira.
No entanto, os dragões serão os únicos que já terão colocado completamente de parte a hipótese de candidatura. Sobre uma possível candidatura de Sporting, Benfica ou Barcelona há rumores de interesse, mas ainda nenhuma confirmação. Os rumores são mais fortes sobre um putativo interesse leonino, mas recorde-se que na última edição, quando todos davam como certa a realização no João Rocha, o Porto “roubou” a organização.
Caso surjam propostas, as mesmas serão enviadas para os diferentes membros do comité, que reunirão na manhã desta quinta-feira para tomar e anunciar a decisão.
E se não houver propostas?
Fernando Graça, presidente do comité europeu, está confiante de que as propostas aparecerão, possivelmente muito perto da hora dada como prazo limite. No entanto, o que aconteceria se não chegasse qualquer proposta?
Nesse cenário – inédito – há duas possibilidades previstas. Ou o comité europeu estabelece uma parceria e assume a organização ou, como está inclusivamente definido a nível de regulamento, serão jogadas meias-finais e final a duas mãos. Esta forma de decisão foi a vigente até 1996, na então Taça dos Campeões Europeus, mas tal levantaria graves problemas a nível de calendário. Ao invés de um fim-de-semana – 11 e 12 de Maio – seriam necessárias quatro datas e com um período para descanso e viagens entre elas…
Prémios só após reformulação competitiva
No início da época europeia, quando em Setembro se realizou o sorteio das diferentes competições, foi avançada a novidade de prémios monetários para os finalistas - 10 mil euros para o vencedor e 5 mil para o finalista vencido no caso da Liga Europeia - e o respectivo ajuste no valor mínimo a “licitar”, que passaria para 25 mil euros.
No entanto, em virtude de estarem no horizonte (já para a próxima temporada) alterações no modelo competitivo das várias provas, a questão do prémio foi adiada para esses novos formatos. O que fez com que o valor mínimo permanecesse nuns mais acessíveis 10 mil euros. Ainda que Fernando Graça refira que as propostas vencedoras nos últimos anos têm estado bem acima desse mínimo.
Os novos modelos competitivos – com impacto na Liga Europeia, Liga Europeia Feminina e Taça WSE - deverão ser em breve anunciados pelo comité europeu.
Quarta-feira, 17 de Abril de 2019, 19h54