Continência a uns emotivos quartos-de-final

Continência a uns emotivos quartos-de-final

Benfica, Oliveirense, Riba d’Ave e Sporting estão na Final Four da Taça de Portugal, que terá lugar a 1 e 2 de Junho.

Foi uma tarde de Hóquei em Patins emocionante. Das quatro partidas que ditariam o apuramento para as meias-finais, apenas uma não teve prolongamento e uma teve inclusivamente de ir à lotaria das grandes penalidades.

Por ordem de acontecimentos…

Só o Benfica ‘resolveu’ em 50 minutos

Na Luz, o Benfica venceu a Juventude de Viana por 7-4, com Jordi Adroher a apontar quatro dos golos encarnados. Marcou primeiro Miguel Vieira, mas a Juventude de Viana restabeleceria a igualdade por Gonçalo Suissas, voltando a igualar, por Luís Viana, depois de Adroher ter feito o seu primeiro no jogo.

Depois o Benfica disparou no marcador. Nicolía e, por duas vezes, Adroher deram uma vantagem confortável de três golos ao intervalo, mas, tal como para o campeonato, os vianenses não baixariam os braços.

Adroher assinou um poker
Adroher assinou um poker

A segunda parte começou com o 5-3 por Tó Silva, Diogo Rafael repôs a vantagem encarnada e Francisco Silva voltou a reduzir. Tudo isto em quatro minutos. No entanto, a “torneira” dos golos fechou.

Os vianenses não lograram reduzir, nem depois de Diogo Rafael ser expulso por palavras a sete minutos do final, ficando a equipa de André Azevedo com seis minutos de powerplay (antes do vermelho, Diogo vira um azul). Pelo contrário, seria mesmo o Benfica, com menos um, a matar o jogo. Adroher surgiu solto frente a Bruno Guia e fez o 7-4 final.

Oliveirense passa, mas só nas grandes penalidades

Em São João da Madeira, o dérbi só foi decidido nas grandes penalidades.

A primodivisionária Oliveirense adiantou-se com um golo de Marc Torra… de penalti. Seria talvez premonitório, mas ainda havia muito por jogar. Jorge Silva ampliou, mas a “secundária” Sanjoanense, única equipa da II Divisão nestes “quartos”, colocaria tudo como no início com um bis de Xavi Cardoso, ainda faltavam mais de 12 minutos na primeira parte.

Sem mais golos nos primeiros 25 minutos, a etapa complementar começou com o consumar da reviravolta sanjoanense. Alex Mount fez o 3-2 e Xavi Cardoso o 4-2, selando um hat-trick. Ao quarto tento alvinegro, a Oliveirense respondeu quase de imediato por Torra, restabelecendo a igualdade quatro minutos depois, a 10 e meio do final, por Xavi Barroso.

Com o tempo a escassear – menos de dois minutos para jogar –, o internacional inglês Alex Mount fez um 5-4 que alimentou os sonhos no “caldeirão”, mas perto do derradeiro apito (que acabaria por não ser derradeiro), Torra fez o seu terceiro no jogo e levou a partida para prolongamento.

Na primeira parte do prolongamento, Pedro Cerqueira voltou a dar vantagem a uma Sanjoanense que mostrou ser de primeira, mas Jorge Silva anularia, com o 6-6, a três minutos do fim. E era hora da lotaria…

Xavi Cardoso, Pedro Cerqueira e Tiago Almeida marcaram para os da casa, mas não seria suficiente. Pedro Moreira, Pablo Cancela, Marc Torra e Jordi Bargalló colocaram a Oliveirense nas meias-finais.

Treinador deu o exemplo em Riba d’Ave

No Minho, o jogo da Taça foi bem diferente daquele que Riba d’Ave e Paço de Arcos protagonizaram para o Campeonato, em que os anfitriões chegaram ao intervalo a vencer por 5-0.

Desta feita, a equipa da Linha entrou melhor e chegou a uma vantagem de dois golos, por “Rafa” Lourenço e Tomás Moreira, não conseguindo a equipa de Hugo Azevedo melhor do que reduzir para 1-2 por Diogo Casanova - um dos campeões de Sub-20 às ordens de Luís Duarte - antes do descanso.

Na segunda parte, Rafa Lourenço voltou a abrir as “hostilidades”, aos cinco minutos e meio, mas um minuto volvido, Tomás Pereira – outro campeão do Mundo de Sub-20 com o treinador adversário neste jogo – reduzia.

Hugo Azevedo fez o 3-3 a oito minutos do “fim” e, quando Diogo Casanova, colocou pela primeira vez na frente o Riba d’Ave, a minuto e meio dos 50, muitos pensaram que a questão estava arrumada. Mas Rafa Lourenço, em tarde inspirada, obrigaria a prolongamento com o terceiro da sua conta pessoal.

No tempo extra, sem Filipe Fernandes (lesionado), nem Diogo Silva (castigado), o Paço de Arcos foi “curto”. O treinador-goleador Hugo Azevedo apontou mais dois golos, com o pupilo Diogo Casanova, com mais um, a igualar o hat-trick do seu técnico. Tomás Moreira reduziria para o 7-5 que seria final.

Bastou ao leão estar uma vez na frente

Para fechar o dia dos quartos-de-final estava guardado um Clássico entre Sporting e Porto. Na temporada passada, leões e dragões tinham-se encontrado nos “oitavos” e o jogo foi a grandes penalidades. E este ano, parecia que lá terminaria.

Foi um jogo taco-a-taco, com um Porto mais frio e mais cerebral e um Sporting mais emotivo, empurrado por mais de 2000 pessoas.

Os dragões estiveram melhor nos primeiros 12 minutos, até que Paulo Freitas pediu um desconto de tempo. O Sporting regressou para tomar conta da pista, mas seria o Porto a marcar, por Telmo Pinto e Hélder Nunes. O capitão azul-e-branco fazia o primeiro de cinco golos…

Hélder Nunes marcou por cinco vezes… e não chegou
Hélder Nunes marcou por cinco vezes… e não chegou

Antes do intervalo, o Sporting reduziu por Raul Marin, que parece “rebentar” na altura ideal da temporada… Faria quatro golos.

A etapa complementar seguiu sem que o Sporting conseguisse passar para a frente. De livre directo, Hélder Nunes fez mais dois golos, com Font a responder também de livre directo pelo meio. Ficavam as contas em 2-4 com 10 minutos por jogar, e com os leões a terem de pressionar. E o efeito foi quase imediato, com Marin e Platero a anularem a vantagem dos dragões em pouco mais de um minuto. Mas o Porto voltaria à dianteira.

Toni Perez e Marin (este com um poker na partida) marcaram no prolongamento
Toni Perez e Marin (este com um poker na partida) marcaram no prolongamento

Gonçalo Alves assinou o 4-5 e, quando Hélder Nunes fez o 4-6, a diferença de dois golos, com cinco minutos para jogar, parecia imensa… mas não num João Rocha em que, em quase dois anos, apenas o Paço de Arcos ganhou nos 50 minutos regulamentares. Toni Pérez reduziu e o endiabrado Marin fez o 6-6 que levou o jogo para o prolongamento.

Já no tempo extra, Hélder Nunes fez o seu quinto tento, com Platero a responder ainda nos primeiros cinco minutos, já sem o capitão portista, que saíra lesionado. E também sem Reinaldo Garcia, azulado, o Porto veria o Sporting passar para a frente nos primeiros instantes da segunda parte do prolongamento, com o quarto de Marin, e já não houve forças para evitar que o 8-7 fosse final.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia