Carimbar o lugar numa Final Four preparando outra
Era o último grande teste para o Benfica de Alejandro Dominguez antes da Liga Europeia e, mais do que isso, a possibilidade de continuar na luta por um título depois de matematicamente perdidas (desportivamente já estavam perdidas há muito) as hipóteses no Campeonato.
O Benfica entrou forte e não demorou a marcar. Miguel Vieira, novamente no cinco titular, inaugurou o marcador ainda não estavam cumpridos cinco minutos, com um toque subtil sobre Bruno Guia, para um golo de belo efeito que valeu, por exemplo, aplauso de pé do gaulês Rémi Herman.
Mas a Juventude de Viana, que já no jogo de estreia de Alejandro Dominguez pelos encarnados vendera cara a derrota, não tardou a responder. Um minuto volvido, num contra-ataque a explorar o balanceamento ofensivo do Benfica, Francisco Silva serviu Gonçalo Suissas para a igualdade a um.
E, depois de Adroher dar nova vantagem ao Benfica, num remate de meia distância, os vianenses voltariam a empatar, por Luís Viana, de grande penalidade.
O jogo estava aberto e, num jogo aberto, é difícil bater a intensidade das equipas de Dominguez. Meio minuto depois da igualdade a dois, o Benfica, por Nicolia, também marcaria de grande penalidade, depois de uma falta de Xaus sobre Ordoñez. E, aos 13 minutos, logo após um desconto de tempo para as águias, Jordi Adroher bisava num remate cruzado para uma vantagem que o Benfica já não deixaria escapar.
Ainda na primeira parte, Jordi Adroher, numa temporada aquém das últimas na Luz, faria o 5-2 que permitia aos encarnados recolherem aos balneários com uma vantagem confortável.
Logo após o reatamento, Tó Silva, que - tal como Luís Viana - já representou o Benfica, reduzia num remate forte, mas Diogo Rafael, num remate colocado, faria logo de seguida, a fechar o primeiro minuto da etapa complementar, o 6-3.
Era um início de segunda parte em que se lançavam os dados para o resto da partida. Francisco Silva, aos quatro minutos, voltou a reduzir para dois golos de diferença, mas o Benfica soube estancar uma possível reacção, abdicando do seu jogo com clara tracção à frente.
Ainda assim, a espaços, os encarnados foram traídos pela vontade de correr e rematar que Dominguez preconiza, valendo Pedro Henriques. Aos 15 minutos, o guardião encarnado negaria mesmo o golo de grande penalidade ao ex-companheiro [venceram juntos a Liga Europeia em 2013] Luís Viana, festejando efusivamente o segurar da vantagem de dois golos.
A cerca de sete minutos do fim, num lance em que um árbitro apitou para um lado e outro para o outro, Diogo Rafael foi advertido e – em acto contínuo de palavras… - veria o azul e o vermelho. E a falta até foi a favor do Benfica, a 10ª dos vianenses…
Ordoñez não conseguiu bater Bruno Guia e o Benfica via-se em inferioridade numérica durante seis minutos, dois pelo azul e quatro pelo vermelho. Mas souberam gerir. E, mesmo em inferioridade, relembrando porque um dia alguém lhe colocou o epíteto de “el mago”, Adroher fechou as contas com uma picadinha de belo efeito, contribuindo com um poker para o 7-4 final.
Para já, para o Benfica, antes do desafio da Final Four da Taça de Portugal – a 1 e 2 de Junho -, há o desafio da Final Four da Liga Europeia. O adversário é o mesmo nas duas meias-finais, o eterno rival Sporting. Esta época já houve dois dérbis, ambos para o Campeonato, com o Benfica a empatar no João Rocha, a três, na jornada inaugural, e o Sporting a vencer na Luz, na abertura da segunda volta, por 1-4.
Terça-feira, 7 de Maio de 2019, 13h35