«Pagámos caro os erros cometidos»

Por Luis Querido

«Pagámos caro os erros cometidos»

#ABOUTVindos de uma série de resultados que empolgaram os adeptos, os jogadores do Óquei de Barcelos acusaram algum cansaço e cederam um empate em casa frente a’Os Tigres. O capitão Luís Querido apontou, de livre directo, o derradeiro golo da partida.

Em virtude dos resultados obtidos até este jogo, a obrigação de vencer era toda nossa. Sabíamos desde quinta-feira que este jogo iria ser difícil. O mister já nos tinha alertado das qualidades individuais dos jogadores d’Os Tigres e a nossa equipa vem de uma fase desgastante a nível físico (viagens de madrugada, dormir muito pouco antes e depois do jogo em Noia, o esforço físico e intenso para pontuar em Valongo, a lesão do Zé Pedro, …). Tudo isso eram condicionantes que tínhamos que ultrapassar para conseguir vencer Os Tigres.

A maneira como preparámos o jogo, desde o último treino até ao apito inicial, foi toda ela normal, e todos queríamos seguir no grupo da frente!

O jogo começou lento, diria até que muito atabalhoado, mas foram até os primeiros 15 minutos de jogo aqueles em que melhor jogámos. A equipa d'Os Tigres ia defendendo num bloco baixo, aproveitando o contra-ataque e, quando ele não existia, procurava rasgos individuais através do Janeka. E era só assim que ia criando perigo junto da baliza do Ricardo. Os nossos golos vieram dar um pouco de justiça ao marcador. Foram golos bonitos e bem trabalhados.

Continuámos com o nosso trabalho e até beneficiámos de um livre directo que acabaria com o jogo, mas não fomos felizes, mérito do Veludo que foi capaz de parar o livre. Tivemos nova oportunidade de dilatar enquanto Os Tigres defendiam com três mas não soubemos utilizar a vantagem de mais um homem. Passes mal feitos, pouca intensidade… Penso que alguma ansiedade em marcar nos prejudicou e desde que há a entrada do quarto homem d’Os Tigres, eles foram claramente superiores até ao intervalo. Ganharam confiança e começaram a utilizar a meia distância.

O intervalo chegou e estava longe de nós pensarmos que iriamos perder a vantagem que tínhamos.

Puro engano. Entrámos adormecidos na segunda parte e Os Tigres, no primeiro remate à baliza, fazem o 2-1. O jogo tornou-se novamente lento, sem ideias da nossa parte. Fizemos por marcar, por voltar a deixar Os Tigres mais longe da nossa baliza. Mas o tempo ia passando e nós íamos caindo fisicamente.

Numa jogada individual, fizeram o empate. Justo, diga-se. Pouco depois, no livre directo a castigar a 10ª falta, Os Tigres passam para a frente. A partir daí fomos em busca do jogo, tivemos a atitude que deveríamos ter tido desde o começo. Fomos agressivos defensivamente, fomos intensos no ataque e obrigámos Os Tigres a recorrer a faltas, chegando eles também às 10. E foi através desse livre directo que empatámos o jogo. Faltavam ainda jogar três minutos e é pedido um minuto. O mister disse que íamos vencer, que ainda havia tempo suficiente para mais um golo e nós acreditámos sempre que sim. Voltámos á carga, com mais coração do que cabeça, para conseguir o golo da vitória, mas o tempo acabou por ser escasso e o empate final 3-3 acaba por ser justo.

Pagámos caro os erros cometidos. Sabemos quais foram e sabemos também que não voltarão a existir, pois não se tratam de erros técnicos ou tácticos.

Quero deixar um agradecimento por todo o apoio aos Barcelenses, que bem mereciam que os brindássemos com uma vitória.

Obrigado ao HóqueiPT por tudo o que tem feito em prol desta modalidade. É com felicidade que vejo diariamente que existem pessoas, tal como eu, apaixonadas por esta modalidade. Continuação de um excelente trabalho.

AMGRoller Compozito

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