Benfica vence Sporting e decide Taça com Oliveirense
O Benfica venceu o Sporting por 7-3 e vai defrontar a Oliveirense na final, este domingo a partir das 19h, com arbitragem de Rui Torres e José Pinto.
Em duelo na final da Taça estarão os seleccionadores de Portugal (Renato Garrido) e Espanha (Alejandro Dominguez).
Com duas vitórias – Campeonato e Liga Europeia – sobre o Benfica de Alejandro Dominguez, o Sporting entrou melhor e chegou a uma vantagem de dois golos, com pouco mais de sete minutos jogados, fruto de um golo de Ferran Font (de livre directo) e um golo de Matías Platero, com protestos dos encarnados.
Um minuto volvido, Toni Perez viu o azul, mas Lucas Ordoñez não aproveitou para reduzir. Em powerplay, o Benfica deixava esgotar o tempo de ataque sem rematar e, perante o fantasma do jogo para o Campeonato [largos minutos em superioridade sem golos], um desconto de tempo foi providencial. Carlos Nicolía reduziu, num remate feliz.
A igualdade de peças era reposta, mas o Benfica aproveitava o momento e mantinha a pressão. Aos 12, num grande lance individual, Miguel Vieira empatou.
O Sporting procurava responder, mas sem a intensidade que o caracterizou ao longo da época. A sete minutos do intervalo, Marin viu um azul e, em protestos continuados, outro. Do primeiro, Jordi Adroher fez o 3-2 de livre directo. No castigo do segundo, os encarnados não aproveitaram o powerplay, com os leões a taparem muito bem os caminhos para a sua baliza.
Já novamente com cinco de cada lado, Ordoñez fez o 4-2 a quatro minutos do intervalo, agora com protestos dos leões. A partida, entrava numa fase atabalhoada. Já com mais esclarecimento, no derradeiro minuto antes do descanso, Ferran Font voltou a ser eficaz da marca de livre directo, mas Carlos Nicolia, no livre directo a castigar a 10ª falta leonina, não lhe ficou atrás e, num remate directo, repôs a vantagem de dois golos, no 5-3 com que se chegaria ao intervalo.
A segunda parte começou com o Sporting a assumir mais o jogo, mas sempre sem aquela intensidade que tantas vezes fez a diferença. Aos cinco minutos, Lucas Ordoñez, num remate de meia distância, fazia o 6-3.
Pouco tempo depois, Ferran Font, depois de um roubo de bola a Diogo Rafael, patinou sozinho para a baliza de Pedro Henriques, que segurou o resultado. De resto, o internacional português defenderia tudo nesta segunda parte, sendo fundamental na vitória encarnada. O lance “estoirou” Font – um dos mais inconformados dos leões (e de quem Alejandro Dominguez não abdicará para o Mundial) - fisicamente, que pediria para sair.
O jogo era jogado a uma velocidade anormalmente baixa, sem lances de desequilíbrio, também muito pela forma como o Benfica baixou o seu bloco. Paulo Freitas pediu descontos de tempo aos 15 minutos e novamente aos 17 para tentar inverter o rumo.
Estavam as duas equipas à beira da falta que levaria o adversário para o livre directo. Mas antes, de grande penalidade, a seis minutos e meio do fim, Nicolía fazia o 7-3 – que já não se alteraria – com dedicatória especial “lá para casa”, pelas câmeras da transmissão da TVI24.
Pedro Henriques negaria ainda o golo de livre directo a Font – a tentar estranhamente surpreender no remate directo – e numa grande penalidade (e recarga) a Raul Marin, impedindo que os leões ainda pudessem aspirar a recuperar da desvantagem, já pesada.
No final, Paulo Freitas lamentaria algumas decisões da equipa de arbitragem, ao passo que Alejandro Dominguez vincou a importância do triunfo.
Os encarnados chegam assim a mais uma final da “prova-rainha”, a sua 26ª. Com 26 finais, o Benfica é recordista, batendo as 23 do Porto. Mas, no que realmente conta, as conquistas, os dragões estão à frente: 17 contra 15 das águias.
Com três conquistas em seis finais da prova, a Oliveirense vai reeditar com o Benfica a final de 2012, então em São João da Madeira. Foi a única vez em que as duas equipas se encontraram na partida decisiva, e culminou com um triunfo oliveirense por 3-1, com golos de Vítor Hugo (bisou) e André Azevedo (e Sérgio Silva para o Benfica) e uma monstruosa exibição do guarda-redes Diogo Almeida.
Domingo, 2 de Junho de 2019, 8h37