Candelária acreditou até ao fim
O Candelária agudizou este sábado a crise de resultados do campeão nacional ao conseguir um empate a sete no Municipal de Valongo.
Os picarotos adiantaram-se mesmo no marcador mas a resposta da equipa da casa – sempre empurrada por uma excelente moldura humana – não tardou, com Hugo Azevedo e João Souto a darem a volta ao golo de João Ramalho Guimarães.
No entanto, o Candelária e Hugo Gaidão estavam determinados em ser felizes em casa do campeão nacional. Pedro Afonso e Ruben Sousa protagonizaram a reviravolta para 2-3, chegando no entanto a partida ao intervalo como no início: empatada. Álvaro Morais repôs a igualdade.
Por atraso do fornecedor, o Candelária foi obrigado a actuar com os calções de jogo mas com as camisolas de treino, com os nomes e números estampados de emergência na manhã da partida.
Com tudo em aberto no arranque da segunda parte, Nuno Araújo mostrou a inspiração que ajudou em muito à conquista da Supertaça e transformou dois livres directos para a primeira vantagem de dois golos na partida. Mas, mais uma vez, o Candelária não baixou os braços e Pedro Afonso e o capitão Tiago Resende restabeleceram nova igualdade, agora a cinco.
#IMAGE3682A inspiração de Nuno Araújo nas bolas paradas não foi suficiente
Ainda faltavam muitos minutos – cerca de 14 – e muitos golos. Os adeptos valonguenses voltaram a ser preponderantes, criando um excelente ambiente, e viram João Souto e Nuno Araújo – este na recarga a um livre directo – darem nova vantagem de dois golos ao Valongo.
A quatro minutos do final o 7-5 parecia suficiente para a equipa de Paulo Pereira voltar às vitórias depois de um empate com o Barcelos e uma derrota em Paço de Arcos. Mas o Candelária acreditou, foi com tudo para a frente e acabou premiado com um ponto, garantido com dois golos de Alan Fernandes, o derradeiro a 16 segundos do apito final.
#IMAGE3683Alan Fernandes bisou nos últimos três minutos
No final da partida, Hugo Gaidão sublinhava a injustiça que seria o Candelária não sair com pontos do Municipal de Valongo, apostado agora em subir na classificação depois de um início de campeonato muito complicado contra os primeiros da pretérita temporada, não deixando de criticar o sorteio condicionado.
Do lado do Valongo, o presidente lamentava os pontos perdidos nos derradeiros minutos das últimas três partidas, não deixando no entanto de vincar que mantém a confiança no treinador Paulo Pereira que conduziu o clube ao inédito título nacional.
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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2014, 8h09