Há actividade no Pico

Há actividade no Pico

Nem sempre “haver actividade” numa ilha vulcânica como o Pico será motivo de regozijo. Mas o Candelária, emblema que escreveu as mais brilhantes páginas da sua história na última década e meia, trabalha para regressar ao convívio dos grandes, a um lugar que já foi seu entre 2005 e 2017.

O Candelária estreou-se na I Divisão em 2005 e apostou forte em equipas por onde passaram, por exemplo, os treinadores Paulo Batista, Carlos Dantas, Pedro Nunes ou Vítor Silva, e históricos internacionais portugueses como João Miguel, Sérgio Silva e Pedro Alves.

Em 2007 foi finalista da Taça CERS, perdendo na final – a duas mãos – para o Vilanova. Em 2011 chegou à final da Taça de Portugal, mas mais uma vez não ergueu o troféu, conquistado pela Oliveirense. Nesse mesmo ano, chegou à Final Eight da Liga Europeia, em Andorra, prova máxima de clubes, caindo nas “meias” com o Reus.

Na alta-roda do Hóquei europeu, o Candelária chegou a duas Final Eight consecutivas da Liga Europeia
Na alta-roda do Hóquei europeu, o Candelária chegou a duas Final Eight consecutivas da Liga Europeia

Afirmando-se entre os grandes da Europa, regressaria à fase decisiva da Liga Europeia no ano seguinte, no culminar de uma caminhada em que empatou no Palau Blaugrana (2-2) e venceu o Barcelona no Pico (3-2). Em Lodi, não passaria dos quartos-de-final, derrotado pelo Liceo, que viria a vencer a prova.

Mas o conto de fadas picaroto não duraria muito mais. Assolado por problemas económicos, o Candelária – sediado a cerca de 1600 km de Portugal Continental – desceria à II Divisão em 2017. Evitando uma queda a pique até à III Divisão, lutou pela manutenção em 2017/18, terminando em 10º entre 14 equipas na Zona Sul.

Pedro Afonso foi o melhor marcador dos picarotos na II Divisão, com 25 golos apontados.
Pedro Afonso foi o melhor marcador dos picarotos na II Divisão, com 25 golos apontados.

Esta temporada, o mar esteve mais calmo para os lados do Pico. A morder os calcanhares a quem estava declaradamente na luta pela promoção, o Candelária foi quarto, num registo pautado pelo rigor e pragmatismo. Só quatro equipas tiveram pior ataque do que os 91 golos marcados pelos picarotos, mas só duas sofreram menos que os 78 golos que a equipa orientada por Tiago Resende concedeu.

Após uma derrota estranha em Campo de Ourique, o treinador-jogador do Candelária, radicado no Pico desde 2006, já projectava a próxima temporada, apontando mais alto do que esta, numa evolução paulatina.

Para 2019/20, o Candelária já garantiu o concurso de Anderson Luís (ex-Tigres), de João Paulo Candeias (ex-Tomar) e o regresso de João Ramalho, que representou os picarotos em 2014/15 e que na última temporada esteve na OK Liga, no Alcoy. E continuará a contar com a experiência dos internacionais Igor Alves (Portugal e Moçambique), Alan Fernandes (Portugal e Brasil) e Pedro Afonso e Tiago Resende (Portugal).

O Candelária regressará ao trabalho a 9 de Setembro, no Pavilhão de Desportos da Candelária, tendo já prevista a participação em dois torneios de preparação. Estará no Torneio Cidade de Ponta Delgada, no final de Setembro, e na Golden Cup (Parede) nos dias 4, 5 e 6 de Outubro. O Campeonato Nacional da II Divisão tem início previsto para 12 de Outubro.

Tiago Resende, treinador-jogador do Candelária
Tiago Resende, treinador-jogador do Candelária

Candelária 2019/20

Guarda-redes

André Serpa, Igor Alves e Milton Jorge

Jogadores de pista

Alan Fernandes, Anderson Luís (ex-Os Tigres), Diogo Rosa, Guilherme Garcia (Sub-20), Edgar Pereira, Hugo Castro, João Matos, João Paulo Candeias (ex-Tomar), João Ramalho (ex-Alcoy), Pedro Afonso, Pedro Xavier (Sub-17) e Tiago Resende

Treinador

Tiago Resende

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia