Há uma constelação albiceleste a ganhar brilho na Luz

Há uma constelação albiceleste a ganhar brilho na Luz

A Argentina trabalha desde dia 12 na Luz em busca do sexto título de Campeão do Mundo, numa preparação bem diferente da que tem sido possível noutros anos.

Os trabalhos prolongam-se até dia 29, partindo a albiceleste rumo à Catalunha no dia 30, com sessões de treinos bidiários numa casa em que Nicolía e Ordoñez são anfitriões e apenas dois dias livres previstos. No primeiro desses dias, demonstrando um imensurável espírito de grupo, apenas Reinaldo Garcia – que justificadamente deu um “salto” até ao Porto para orientar os seus Sub-15 – não esteve na festa de aniversário de Cristiano, filho de Carlos Nicolía, que tem acompanhado a selecção. A outra “folga” será a 22.

Lucas Ordoñez, com Nicolía, são os anfitriões na Luz
Lucas Ordoñez, com Nicolía, são os anfitriões na Luz

Depois de ter sido campeã em 2015, a Argentina caiu – com estrondo – nas meias-finais em 2017. Perdeu 5-0 frente a Portugal e deixou escapar a oportunidade de, pela primeira vez na sua história, vencer o Mundial em duas edições consecutivas.

Dessa selecção de 2017, sai “apenas” Carlos López e regressa David Paez, vencedor dos mundiais de 1999 e 2015. Após a última conquista, “Cachi” afirmaria, em lágrimas, que estava feliz e já se podia retirar. Mas, agora com 43 anos e uma condição física cuidada, regressa para ser uma extensão do irmão José Luis Paez – que substitui Dario Giuliano no banco – em pista.

David Páez, o mais experiente, foge a Mena, o mais novo
David Páez, o mais experiente, foge a Mena, o mais novo

O “rei” David é o único jogador que chega da Argentina, para reforçar uma selecção em que sete jogadores dos jogadores de pista estiveram na Final Four da Liga Europeia, prova máxima de clubes. Dois pelo Barcelona (Alvarez e Pascual), dois por Benfica (Nicolía e Ordoñez), um pelo Porto (Reinaldo Garcia) e dois pelo Sporting (Platero e Romero).

Para liderar uma autêntica constelação, há um astro maior da modalidade. O seleccionador “Negro”, tal como “Cachi”, é uma das referências maiores da história do Hóquei em Patins. Esteve na conquista olímpica de 1992 e nas dos Mundiais de 1995 e 1999. Na Catalunha, onde triunfou pela selecção em 92 e 99, jogou 18 anos, entre 1994 e 2012. Foram 13 épocas pelo Barcelona e cinco pelo Reus.

Aos 50 anos, o desafio catalão de Negro é no banco. “Mais difícil do que estar lá dentro”, confessa-nos.

No Campeonato do Mundo, a Argentina integra o Grupo B, defrontando na primeira fase – em Vilanova i la Geltrù – as selecções de Chile (7 de Julho), Portugal (8) e Colômbia (9).

Do grupo de trabalho de 12 jogadores que evolui na Luz, oito disputaram o campeonato português. Em princípio, ainda com muitos anos para brilharem de albiceleste, ficarão de fora Mena e “Tato” Ferruccio, jogadores que esta época se destacaram no Oeiras e que na próxima temporada vestirão a camisola do Óquei de Barcelos. Mas estão de prevenção para qualquer indesejável lesão.

Negro Paez
Negro Paez

Argentina – WRG 2019 (pré-convocatória)

Guarda-redes

Constantino Acevedo (Braga) e Valentin Grimalt (Lodi)

Jogadores de pista

Carlos Nicolia e Lucas Ordoñez (Benfica), David Paez (Concepción), Ezequiel Mena e Franco Ferruccio (Oeiras), Gonzalo Romero e Matías Platero (Sporting), Matías Pascual e Pablo Alvarez (Barcelona) e Reinaldo Garcia (Porto)

Seleccionador

José Luis “Negro” Paez

AMGRoller Compozito

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