O porto seguro de Martin Barros
Para a maioria dos que já viajaram até à ilha do Pico, dificilmente a viagem será sinónimo de acalmia. Mas foi onde o guarda-redes galego Martin Barros encontrou um porto seguro, depois de uma pré-época atribulada.
Os picarotos ficaram privados do experiente João Miguel logo no arranque do campeonato e não tardaram a procurar substituto. O eleito foi Martin Barros, de 25 anos, com a história mais rocambolesca da pré-temporada.
Com toda uma carreira na Galiza, Neto, como também é conhecido, teve este Setembro a oportunidade de rumar ao hóquei italiano. Mas a aventura no Giovinazzo foi curta, acabando dispensado pelo treinador Massimo Giudice. “Foram quatro dias que não quero recordar”, confessa ao HóqueiPT.
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Agora passa dias mais felizes no Candelária e a adaptação tem corrido bem. “Vou melhorando a cada dia, trabalhando”, conta. Mas o hóquei português é um desafio. “Tenho de adaptar-me aos jogadores deste campeonato, porque muitos não os conhecia. Estou a ver como marcam os livres, as grandes penalidades… É trabalhar e melhorar a cada dia”, reitera. No balneário, está praticamente em casa. “Os meus companheiros estão a tratar-me de forma excepcional”, sublinha.
A última partida em Valongo (empate a sete) deu boas indicações. “Foi um pouco dizer 'estamos aqui'”, declara. “Vínhamos de duas derrotas muito duras. Contra o Viana penso que o resultado não foi justo. Estava 1-1 ao intervalo e, nos cinco primeiros minutos da segunda parte, a partida fugiu-nos. Com o Benfica, eles foram superiores mas não creio que essa seja a nossa imagem. Penso que é mais a de Valongo, de lutar até ao fim”, analisa. “Temos de ir a todas as pistas tentar ganhar pontos e trabalhar em cada partida para no final ver onde ficamos na classificação”, conclui Martin Barros.
Sábado, 22 de Novembro de 2014, 8h49