Vitória lusa por cinco não chega
Portugal venceu o Chile por 4-9, mas – com a vitória argentina por 7-1 – não conseguiu garantir o primeiro lugar do grupo B. Esta quinta-feira, Portugal defronta a Itália nos quartos-de-final.
Apesar da vantagem conquistada nos livres directos frente à Argentina (depois de um empate a uma bola), a selecção portuguesa sabia que tinha de ganhar por muitos golos – porque seria a diferença entre marcados e sofridos o primeiro critério - para ficar na frente do seu grupo.
E tal pesou.
Ansiosos, os portugueses só marcaram aos 14 minutos, e, ao intervalo, a vantagem de 1-3 era assumidamente “magra”. Na etapa complementar, dois golos madrugadores de Hélder Nunes (que assinaria um poker) a aproveitar a troca de guarda-redes na equipa chilena, fizeram acreditar que o resultado se podia avolumar até números que a Argentina não pudesse alcançar. Mas um primeiro azul a Jorge Silva – e o golo de Nicolàs Fernández no respectivo livre directo – avivou algum nervosismo.
Portugal até chegaria a uma vantagem de seis golos já nos derradeiros seis minutos, mas novo azul mostrado por Matteo Galoppi a Jorge Silva – e depois a Renato Garrido por protestos – quebraram o ascendente luso, com dois golos de bela execução técnica do jovem chileno Felipe Marquez, já com Girão no lugar de um extenuado Nelson Filipe, a reduzirem a margem lusa para cinco golos.
Apesar do saldo positivo de 11 golos (18 marcados e sete sofridos), os portugueses já anteviam que seria difícil segurar o primeiro lugar, jogando a Argentina ao fim do dia.
Num primeiro momento, a própria comunicação da Federação de Patinagem de Portugal entregava desde logo o primeiro lugar à Argentina – “Portugal vence Chile e fica em 2º do grupo” (um lapso apenas no título, que seria rectificado) –, o que viria a concretizar-se mais tarde.
No entanto, Renato Garrido e Hélder Nunes mostravam-se satisfeitos com o trabalho realizado. O técnico lamentaria algumas decisões da arbitragem, alertando para o facto de três cartões azuis na prova implicarem um jogo de suspensão… e Jorge Silva viu dois apenas contra o Chile. Hélder não pouparia elogios à França, carrasca da Itália no outro grupo, e que acabaria por colocar os transalpinos no caminho dos portugueses.
Do lado dos chilenos, Nicolàs Fernandez, que em 2015 marcou a grande penalidade que valeu a Taça CERS ao Sporting, mostrou-se orgulhoso da selecção que capitaneia e do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Nico Carmona e Angel Vera, ambos no Marinhense, serão representantes do Chile em terras lusas na próxima temporada.
A Argentina entrava em pista com um objectivo claro: vencer a Colômbia por cinco golos. E também entrou nervosa… A selecção de Negro Paez marcou apenas aos 12 minutos e meio, e ao intervalo vencia por ainda “insuficientes” 3-0. E, quando, aos três minutos, Camilo Ramirez – jogador “mais” desta Colômbia de André Torres - reduziu para 3-1, fez tremer a albiceleste.
Passes precipitados e remates transviados multiplicavam-se e novo golo tardava. Mas nada que a qualidade individual não acabasse por resolver. A Argentina voltaria a marcar aos 14 minutos por Nicolía e, meio minuto volvido, fazia o 5-1 num slalom de Reinaldo Garcia, que deixava a diferença de golos igual à de Portugal. O público fazia contas ao coeficiente entre marcados e sofridos, que já dava vantagem aos argentinos…
A seis minutos do final, o 6-1, por Pascual, já não deixava dúvidas, e o primeiro lugar no grupo B seria confirmado por Pablo Alvarez com o 7-1 final, para um saldo de 13 golos a superar os 11 de Portugal.
A classificação final dos grupos dita, para os quartos-de-final, um embate entre Argentina e o vencedor da poule entre Angola e Moçambique, ao passo que Portugal irá defrontar a Itália no duelo que, muito provavelmente, é o que mais expectativa gera.
Quarta-feira, 10 de Julho de 2019, 14h38