«Sabíamos que tínhamos de dar tudo»
Telmo Pinto esteve no Mundial de 2015, mas falhou a competição na China, em 2017, regressando agora para conquistar o título. Um objectivo a que o sofrimento não seria alheio.
“Sabíamos que, para ganhar o Mundial, teríamos de sofrer. E só com uma capacidade de esforço, de união é que iriamos passar todos os jogos que passámos. Nenhum foi fácil”, recordou.
De regresso à órbitra da Selecção na Taça das Nações, Telmo não seria feliz, obrigado a regressar a casa mais cedo. Neste Mundial, Telmo chegou a estar ausente de uma partida, também condicionado por lesão, mas regressaria para contribuir e erguer o troféu. Um troféu merecido por todo um país.
“Acho que pelo relevo que o país tem dado ao Hóquei em Patins, a esta modalidade linda - não só os ’media’, mas os adeptos, os clubes, os dirigentes, e os jogadores que se dedicam quase como profissionais e a tempo inteiro -, este título é para toda a gente e é para dizer que Portugal está vivo. E ainda hoje mostrou, tanto dentro de campo como nas bancadas, que merecia este título mundial”, afirmou, tecendo rasgados elogios à vontade de conquista da equipa.
“Esta equipa, de 10 jogadores e staff, tornou-se uma família há quatro semanas. Já estávamos a trabalhar desde Montreux e era essa a nossa ideia. Era sofrer para ganhar. Não queríamos ser melhores do que os outros, mas eles também não podiam ser melhores do que nós. No fim, sabíamos que tínhamos de dar tudo, o que tínhamos e o que não tínhamos. Se ganhássemos, muito bem. Se não ganhássemos, era sair de cabeça erguida, para que todos os portugueses nos aplaudissem na mesma”, explicou.
Nos bastidores, há muito que se fala que esta geração pode ser hegemónica nas grandes competições. No entanto, após o triunfo no Campeonato da Europa em 2016, o ouro escapou em 2017 (Mundial) e 2018 (Europeu). Agora, de novo ao peito, pode o ouro reluzir por mais tempo sobre as quinas?
“Na nossa humilde opinião, sim, e queremos que isso aconteça. Mas, tanto como outras gerações, jogamos contra equipas de alto nível, com jogadores de alto gabarito, que jogam nos melhores campeonatos do Mundo, e sabemos que isso nunca vai depender só de nós”, ressalvou, deixando pelo menos a promessa de empenho.
"Que esta geração é uma geração de ouro, acho que sim, e vamos fazer tudo para elevar o nome de Portugal em todas as competições em que entramos”, garantiu.
Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 20h19