Águias vencem no Dragão e lideram

Águias vencem no Dragão e lideram

O Benfica venceu o Porto no Dragão Caixa por 3-7 e saltou para a liderança isolado do Nacional da I Divisão.

Em dia de acerto de calendário da 11ª jornada, o Clássico do Dragão Caixa era incontornável. Líderes do campeonato com nove vitórias e um empate, Porto e Benfica mostraram nos dias que antecederam o confronto desta quarta-feira muito respeito pelo adversário e certeza no equilíbrio entre as duas equipas e da decisão em pormenores.

E, nos primeiros quinze minutos, o nulo teimou em dominar o marcador, com um Porto a controlar mais a bola e um Benfica a sair rápido para tentar surpreender. A dez minutos do intervalo, veio o primeiro pormenor decisivo. O Porto tinha acabado de rodar todos os jogadores de pista com a entrada de Reinaldo Ventura e, num livre à entrada da área encarnada, o remate de Hélder Nunes acabou por dar um contra-ataque para Nicolía abrir o livro com um excelente pormenor técnico a colocar a bola sob Nelson Filipe que, apesar do regresso de Edo Bosch, continuou a merecer a confiança de Tó Neves.

Nicolía fez um poker no Dragão
Nicolía fez um poker no Dragão

O Porto procurava o empate e cometia algumas falhas defensivas quando perdia a bola. Num desses lances, Diogo Rafael entrou pela esquerda e surpreendeu Nelson Filipe com um remate ao primeiro poste para o 0-2. Tó Neves pediu então um desconto de tempo e o efeito não tardou. Vítor Hugo reduziu para 1-2 e o Porto intensificou a pressão ofensiva. No entanto, enquanto Trabal se mostrava muito seguro, Nicolía, no seu melhor jogo desde que chegou ao Benfica, fez o 1-3 com que se chegou ao intervalo.

O golo foi um balde de água fria na reacção azul-e-branca que na primeira parte ainda dispôs de um livre directo a castigar a 10ª falta encarnada. Mas, também nesse particular, Trabal esteve irrepreensível, e negou o golo a Rafa. Foi o primeiro de um total de três livres directos e três grandes penalidades defendidas pelo guardião catalão do Benfica.

Se Nicolía foi determinante na frente, Trabal foi praticamente intransponível atrás
Se Nicolía foi determinante na frente, Trabal foi praticamente intransponível atrás

No arranque da segunda parte, a eficácia encarnada voltou a ditar leis. Em dois minutos, Lopez e Nicolía (este de livre directo), ampliaram a vantagem para 1-5 e decidiam praticamente a questão do vencedor da partida. O Porto – já com Edo Bosch na baliza - ainda reduziu para 3-5 com golos de Hélder Nunes e Rafa mas as bolas paradas falhadas pesavam no marcador. O terceiro dos dragões foi conseguido com cerca de seis minutos para jogar mas, mesmo com um incansável apoio do público presente (que se manteve para além do apito final), a desejada recuperação não surgiu. E o Benfica aproveitou para ampliar nos dois derradeiros minutos, primeiro por Diogo Rafael – a concluir uma jogada de entendimento com João Rodrigues – e finalmente por Nicolía, a “fechar” o livro com um daqueles momentos que lhe granjeou fama, uma picadinha na conversão de um livre directo.

Esta foi a primeira vitória no campeonato para os encarnados no Dragão Caixa. A última vez que os encarnados tinham vencido como visitantes o rival da Invicta, remontava a Março de 2005, na altura no Municipal de Fânzeres e por 4-5.

O resultado final de 3-7 deixa a equipa de Pedro Nunes isolada na frente com 31 pontos, mais três que o Porto. Entretanto, o campeão nacional Valongo recebeu e venceu a Juventude de Viana por 6-4, tendo oportunidade no próximo sábado de encurtar a diferença para o líder, deslocando-se à Luz.

AMGRoller Compozito

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