«Quero o mesmo grau de exigência do meu tempo, que era ganhar, ganhar, ganhar»
Nuno Lopes regressou esta segunda-feira às instalações da Rádio Movimento, no Clube Atlético de Campo de Ourique, para retomar a conversa que fechara 2019. No quarto episódio do “Vamos Falar de Hóquei em Patins”, o agora treinador do Tomar – que lidera a Zona Sul da II Divisão depois de uma vitória no sábado, precisamente em Campo de Ourique – analisou as incidências de um dérbi em que viu um Sporting melhor na primeira parte, mas perdulário.
Preconizando mais ambição a um Sporting que liderou durante duas épocas e meio, Nuno Lopes foi crítico do actual momento – mas nunca do seu clube de coração – apontando à diferença de exigência para o seu tempo, quando os leões eram liderados por Bruno de Carvalho.
O plantel com 10 jogadores de campo muito fortes de agora em contraponto com a convulsão após a Final Four da Taça CERS de 2016, que redundou na dispensa imediata de quatro atletas, as influência e fugas de informação num fórum do clube e a mal justificada saída do capitão João Pinto, foram outros temas que Nuno Lopes não deixou de abordar, questionando o porquê de dirigentes se perpetuarem quando treinadores e atletas são reféns dos resultados. Até porque "ser director do Sporting é fácil".
O treinador de um “Sportinguinho” – de ambições e investimento bem diferente da realidade actual – não escondeu o arrependimento de não ter ido “roubar” Nicolía (de quem é confesso admirador) ao rival da Segunda Circular e a sua mágoa com o desinvestimento nos escalões de formação, reportando desde logo à recente derrota dos Sub-19 na decisão do Regional do escalão, e à falta de critério na permissão de utilização de jogadores “emprestados”.
Com críticas à actuação de Miguel Albuquerque na comunicação para o exterior, Nuno Lopes revelou o convite para a Comissão de Honra do actual presidente, Frederico Varandas, de quem – pelas críticas à conjectura, espelhadas no futebol – não será o maior apoiante…
Viajando até ao presente, as saídas de Diogo Alves e João Sardo serão já um capítulo encerrado, mas Nuno Lopes diz-se à espera de um telefonema dos atletas, a quem reconhece valor e a quem adivinha um futuro risonho se acatarem o “alerta” que foi a sua dispensa do Tomar.
Na próxima segunda-feira, “Vamos Falar de Hóquei em Patins”. Outra vez, com novo convidado.
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2020, 8h26